sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A veneração das Imagens






Quando vemos a imagem ao lado não precisa uma pessoa nos dizer que naquele ambiente é proibido o uso de celular. O que nos faz chegar a essa conclusão não é uma pessoa  nos orientando verbalmente sobre a proibição do uso do celular e sim, a linguagem simbólica da imagem.

São Tomás de Aquino refuta facilmente os hereges que, de forma fraudulenta, pervertem as mensagens das Escrituras para caluniar os católicos de idolatria pelo uso das Imagens.
Deus diz em Oséias: “ Falarei aos profetas e multiplicarei as visões, e pelos profetas falarei em parábolas”. Ora, apresentar uma verdade mediante imagens é usar metáforas.

Convém à Sagrada Escritura nos transmitir as coisas divinas e espirituais, mediante imagens corporais. Ora, é natural ao homem elevar-se ao inteligível pelo sensível, porque todo o nosso conhecimento se origina a partir dos sentidos, através de uma realidade sensível (imagem) compreendemos uma verdade inteligível (a fé).





Além do mais, a Escritura sendo proposta geralmente a todos, segundo se diz na Carta aos Romanos: “ Sou devedor ... , às pessoas cultas como às ignorantes”,  é-lhe conveniente  apresentar as realidades espirituais mediante imagens corporais, a fim de que, as pessoas simples a compreendam; elas que não estão aptas a apreender por si mesmas as realidades inteligíveis.
Seguem-se as palavras: “ Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma daquilo que há em cima do céu, nem do que existe embaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes prestarás veneração”(Ex 20, 4-5).
Não se vá julgar que este Preceito proíba simplesmente a arte de pintar e esculpir; pois , nas Sagradas Escrituras, lemos que por ordem de Deus foram feitas imagens de dois Querubins (1RS 6, 23-24) que é a representação simbólica dos dois guardiões do Jardim após a expulsão de Adão e Eva (Gn 3,24) e da serpente de bronze com utilidade de salvar a quem a olhasse (Nm 21, 8-9). Proibiram-se as imagens, para que tais representações, sendo adoradas como se fossem deuses, não prejudicassem o verdadeiro culto que se deve a Deus.
A arca da aliança é outro exemplo bem nítido de que é permitido o uso de imagens como demonstração das verdades de fé. Vemos em Josué 3,3 uma procissão seguindo a  imagem da arca.
Ninguém pode ser tão rude para crer que as imagens exprimam a própria natureza da Divindade. O pastor lhes fará ver como elas apenas simbolizam propriedades e operações, que a Deus são atribuídas.
Os anjos também são representados com feições humanas e com asas, para que os fiéis compreendam quanto eles são obsequiosos para com o gênero humano, e como estão sempre alerta para cumprir as órdens de Nosso Senhor. “ Todos eles são espíritos servidores, em benefícios daqueles que devem herdar a salvação “ (Hb 1,14).
Como, porém, Cristo Nosso Senhor, Sua Santíssima e puríssima Mãe, e todos os outros Santos, tinham uma fisionomia humana, revestido que eram da natureza humana: a representação e a veneração de suas imagens, além de não serem proibidas por este Preceito, foram sempre tidas  como um indício sagrado e seguro de um coração reconhecido.
É lícito ter imagens dentro da igreja, e prestar-lhe culto e veneração. Dirá também que as honras a elas feitas se reportam aos seus representados. Mais ainda. Aos mais ignorantes, que ainda não conhecem a finalidade das imagens, mostrará que são feitas para ilustrar a História de ambos os Testamentos, para renovar continuamente a lembrança, a fim de que a consideração dos mistérios divinos nos incuta maior fervor em adorar e amar o próprio Deus.
 A transgressão da Idolatria. Quando se presta culto divino a ídolos e imagens; quando se acredita existir nelas uma divindade ou força extraordinária, que as torne dignas de adoração, e às quais se deva fazer alguma súplica; quando se põe toda a confiança em tais representações, como faziam os pagãos. Estas são práticas que os Sagrados Livros censuram com muita insistência e que as seitas  heréticas distorcem o sentido para atacar católicos.
Essas transgressões, aparecem bem nítida no culto ao bezerro de ouro, onde o povo abandona o verdadeiro Deus e elege a imagem como divindade (Ex 32, 1-10).
Outro culto idolátrico que mostra também esse exemplo é o que está no livro de Daniel no capítulo 14, onde os babilônios cultuavam como divindade a estátua de um dragão.
As explicações acima não deixam dúvida da má fé de uns e ignorância de outros, usadas pelos protestantes para denegrir a Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Texto adaptado do Catecismo Romano e Suma Teológica Vol 1 - Questão 1; art 9.


 

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