terça-feira, 1 de setembro de 2015

A contra-igreja, corpo místico de satanás

 




O Papa Pio XII ensinou: “o corpo místico de Cristo e a Igreja Católica Romana são uma e a mesma coisa”.

A carta encíclica Mystici Corporis Christi do mesmo Papa, imprimiu uma “nova consciência na Igreja e produziu em sua época um fervor e um estudo crescente da eclesiologia” é “ um documento de proporções verdadeiramente histórica”; no entanto, terminado o Concílio Vaticano II, a eclesiologia sofreu um processo de protestantização e politização, uma redefinição de Igreja, uma recreação (Boff), um processo de “nova eclesiologia” processo na qual a Teologia da Libertação vai ter um papel de destaque definindo a Igreja = “comunidade revolucionária”.

“A Igreja deve ser a comunidade revolucionária e quebrar as leis que destroem as pessoas”
(Teología negra de la liberación, James Cone, pág. 162).Do Corpo Místico de Cristo, digamos que, uma vez anulada pela Teologia da Libertação,toda dualidade de natureza e graça, uma vez absorvida a graça na história "total", da humanidade, esse Corpo (a Igreja) já não tem razão de ser: é cósmico e abrangente todos (Igreja, Carisma e Poder, Leonardo Boff, p 241.), a “recriada” igreja,  corpo político dos pobres”, significa uma  Igreja tomada de classe, que tem tomado consciência da necessidade da luta revolucionária como etapa em direção à libertação, e, que celebra esta libertação em sua liturgia "(Instrução sobre alguns aspectos da" Teologia da Libertação” (Instrucción sobre algunos aspectos de la «Teología de la liberación», X, 10) , X, 10).

Talvez eram essas “recriações eclesiais” a que se refere o Venerável Fulton Sheen: “Ele (Satanás) irá formar uma contra-igreja que será o macaco da Igreja, porque o diabo é o macaco de Deus. Tem todas as características da Igreja, mas em sentido inverso e esvaziado do seu conteúdo divino. É o corpo místico do Anticristo, de modo semelhante, externamente, ao Corpo Místico de Cristo. Em seguida, verifica-se um paradoxo: as mesmas objeções com que os homens do último século rejeitaram a Igreja, serão as razões pelas quais eles aceitaram a Contra-Igreja.

Aquino diz que “os homens e os anjos são ordenados para um fim, que é a glória da bem-aventurança divina. Como o corpo místico da Igreja não é composto apenas por homens, mas também de anjos”. Logicamente os anjos caídos, isto é, demônios, assim como réprobros ou condenados já condenados na eternidade do inferno, excluídos para sempre, não fazem parte desse Corpo, triunfante, purgante e militante. A Comunhão dos Santos atinge todos os batizados.

Analogamente, há também o Corpo místico do diabo.

A Igreja primitiva viveu intensamente a certeza de vencer ao forte em nome do mais forte que era Cristo: até os demônios se submetem a esse nome. São João diz que a principal tarefa de Cristo é fazer-se manifesto para destruir as obras do diabo.

“Pode haver convivência entre a luz e as trevas? ou haver harmonia entre Cristo e Belial?” (2 Coríntios 6: 15). Jesus se referia a este chefe malvado e a seus seguidores, quando afirmava a alguns dos escribas e dos homens de leis de Israel: “ Vós sois filhos do diabo, porque praticam as obras do diabo que são os pecados” (Jo 8, 44).

O drama é enorme pela proliferação de seitas, bruxos, de falsos profetas, claramente influenciados por Satanás. Os católicos simples não estão prontos para as investidas desses lobos vestidos em pele de cordeiro, e aqueles encomendados por Cristo para defender suas ovelhas pouco se importam que lhes arrebatam, pois, muitos são mercenários ao invés de pastores.

Tendo sido um Lúcifer um dos anjos com mais atributos, se impressionou tanto consigo mesmo que, decidiu não reconhecer Deus e foi expulso da presença do Criador. É o caráter irrevogável de sua escolha e não um defeito da infinita misericórdia divina que faz o pecado dos anjos caídos não poder ser perdoado.

O orgulho é uma abominação para Deus, é um hábito cego, porque não considera nada mais que a si mesmo, despoja a atenção que Deus merece e a focar em si mesmo. A complacência do pecado do orgulho é tal que leva a ignorar a Deus e viver como se Ele não existisse, o orgulhoso olham os outros como seus inferiores.

“O ódio e a inveja –todos opostos ao amor cristão - são satânicos, pois, Satanás é a personificação do ódio e da inveja, é o próprio ódio, é a própria inveja, assim como a mentira e a soberba”

Devido ao orgulho o diabo não tem a capacidade de se ajoelhar diante de Deus, assim como muitos de nossos contemporâneos perderam a capacidade de adoração. Jesus instituiu a Eucaristia para que a humanidade recordar-se do seu sacrifício. O pecado do homem é o esquecimento. O diabo não é capaz de se ajoelhar diante de Deus, mas nós sim, e frequentemente não queremos nos ajoelhar para adorar o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

A expressão “ser do diabo”, ou “filho do diabo” significa todos os que vivem sob a influência maligna de Satanás e se deixaram extraviar por ele: quem comete pecado pertence ao diabo, niste se conhece os filhos de Deus e os filhos do Diabo: quem não trabalha a justiça não é de Deus, nem o que não ama a seu irmão, não como Caim que, era do Maligno e matou seu hermano.

Muitas mentes estão em possessão diabólica. É o demônio que fornece material para arruinar a não poucos, como testemunho vital de São Cipriano, que denuncia assim:

Satanás oferece à nossa vista, figuras atraentes e prazeres fáceis de conseguir destruir, por meio das vistas, a virtude da castidade. Tenta nossos ouvidos com melodias doces, para encantar e amenizar o vigor cristão através dos ouvidos plácidos,excita a língua com injúrias, instiga as mãos para machucar, empurra para os homicídios, para ser fraudador oferece quaisquer lucros injustos para cativar a alma com o dinheiro, ele sugere a ideia de poupanças perniciosas. Promessas terrenas para privar o homem dos tesouros celestiais, ilumina o falso para esconder o verdadeiro, e quando não pode enganar oculta  e insensivelmente, ameaça as almas intentando excitar o terror das tribulações para assim pervertem os servos de Deus, inquieto sempre e inimigo durante a paz, é violento em sua prerseguição”.

Como os dardos que disfarçadamente nos atira são os mais comuns, e seu modo de ataque é escondido, consegue passar despercebido e nos ferir grave e frequentemente, forçando-nos a vigiar, para sabermos resistir às suas investidas.

Quantas pessoas sentem essas tentações, essas inclinações, estes apetites e esses desejos e não querem se dar contar de que são obra do demônio?

Aí está o segredo de cada um em sua escolha totalmente voluntária, ninguém se condena sem ter desejado, claro que no fundo não deseja, mas, tão pouco evita essa condenação enquanto pretende gozar torpemente a vida, e, quando se percebe o perigo, talvez seja definitivamente tarde e aí está o principal perigo das ações de Satanás, em que faz com que a vítima não perceba que é ele quem está agindo e assim, não se dá importância alguma às suas insinuações malévolas.


Fonte: Adelante la fé -  la contra iglesia cuerpo mistico de satanas

 

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