quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Quatro sacerdotes que preferiram o martírio à revelar confissão

Cuatro sacerdotes que prefirieron el martirio antes que revelar el secreto de confesión

Tradução de Airton Vieira – Depois que o Arcebispo de Melbourne na Austrália, monsenhor Denis Hart, afirmou que preferia ir ao cárcere antes que romper o segredo de confissão, devido uma possível ingerência do Estado, ACI Prensa relembra 4 sacerdotes que defenderam ao extremo o sigilo sacramental.
Em 14 de agosto a Royal Commission, entidade criada na Austrália para investigar os casos de abusos sexuais, propôs que os sacerdotes da Igreja Católica rompam o segredo de confissão quando saibam de algum caso de abuso sexual.

Não obstante, o Código de Direito Canônico que rege a Igreja Católica assinala que “o sigilo sacramental é inviolável; pelo qual está terminantemente proibido ao confessor descobrir o penitente, por palavra ou qualquer outro modo, e por nenhum motivo”. Aquo os 4 sacerdotes que defenderam até o extremo o segredo de confissão.






1. São João Nepomuceno
São João Nepomuceno foi um exemplo da proteção ao sigilo sacramental, sendo o primeiro mártir que preferiu morrer antes que revelar o segredo de confissão.
 
Nasceu na Checoslováquia entre os anos 1340 e 1350, em Nepomuk. Quando foi Vigário Geral do Arcebispado de Praga, o santo foi confessor de Sofia de Baviera, a esposa do rei Venceslau. O rei, que tinha ataques de cólera e de ciúmes, ordenou ao sacerdote que lhe revelasse os pecados de sua mulher. A negativa do santo enfureceu Wenceslao, que ameaçou a assassiná-lo se não lhe contasse os segredos.
 
Outro conflito entre Venceslau e João Nepomuceno sucedeu quando o monarca quis apoderar-se de um convento para dar suas riquezas a um parente e o santo o proibiu porque esses bens pertenciam à Igreja.


O rei se encheu de cólera e ordenou torturar o santo, cujo corpo foi lançado ao rio Mondalva. Depois os vizinhos recolheram o cadáver e o sepultaram religiosamente.
Era o ano 1393.


2. São Mateus Correia Magalhães

São Mateus Correia Magalhães foi outro mártir do segredo da confissão. Foi fusilado no México durante a Guerra Cristera por negar-se a revelar confissões de prisioneiros rebeldes.
 
Nasceu em Tepechitlán (Zacatecas) em 22 de julho de 1866 e o ordenaram sacerdote em 1893. Foi capelão em diversas fazendas e paróquias. Em 1927 o sacerdote foi levado pelas forças do exército mexicano ao mando do general Eulogio Ortiz. Dias mais tarde, o general mandou o Pe. Correia confessar a um grupo de pessoas que iam ser fuziladas e depois lhe exigiu que lhe revelasse as confissões.
 
Ante sua rotunda negativa ordenou sua execução. Atualmente se veneram seus restos na Catedral de Durango. Foi beatificado em 22 de novembro de 1992 e canonizado por São João Paulo II em 21 de maio de 2000.


3. Pe. Felipe Císcar Puig
O Pe. Felipe Císcar Puig foi um sacerdote valenciano também considerado mártir do sigilo sacramental, devido a que foi martirizado durante a perseguição religiosa da Guerra Civil Espanhola (1936) após guardar o segredo de confissão.
 
A Arquidiocese de Valencia indicou que, segundo a documentação recolhida, o Pe. Císcar foi conducido à prisão de Denia, em Valencia, onde um frei franciscano chamado Andrés Ivars pediu para confessar-se a fins de agosto de 1936, pois intuía que ia a ser fuzilado.
 
“Após a confissão, tentaram arrancar-lhe seu conteúdo e ante sua negativa em revelá-lo, os milicianos lhe ameaçaram com a morte”, ante o que o sacerdote respondeu: “Fazei o que queirais mas eu não revelarei a confissão, antes morrer que isso”, segundo consta na declaração das testemunhas.
 
“Ao ver-lhe tão seguro, lhe levaram a um simulacro de tribunal onde lhe persuadiram para a revelação do sigilo”, e como mesmo assim continuou firme em sua postura, afirmando que preferia morrer, os milicianos lhe condenaram à morte. Entrando em um automóvel, Felipe Císcar e Andrés Ivars foram levados aos confins de Gata de Gorgos e ali foram fuzilados aos 71 e 51 anos de idade, respectivamente, em 8 de setembro de 1936”.
 
Tanto Felipe Císcar como Andrés Ivars forman parte da causa de canonização dos “Servos de Deus Ricardo Pelufo Esteve e 43 companheiros e companheiras mártires”, na que figuram um total de 36 religiosos franciscanos.


 4. Pe. Fernando Olmedo Reguera

Este sacerdote da Ordem dos Irmãos Menores Capuchinhos foi assassinado em 12 de agosto de 1936 y beatificado em Tarragona em 13 de outubro de 2013. Também é reconhecido como defensor do sigilo sacramental.

Nasceu em Santiago de Compostela em 10 de janeiro de 1873 e foi ordenado sacerdote em 31 de julho de 1904. Foi Definidor e Secretário Provincial até 1936, em que por força da perseguição religiosa teve que abandonar o convento.

Ao ser detido foi insultado, vexado, golpeado e lhe exigiram revelar o segredo de confissão. Segundo a tradição foi fuzilado por uma espécie de tribunal popular em torno ao Quartel da Montanha, uma edificação militar de Madri construída durante o século XIX.

Seus restos se encontram na cripta da igreja de Jesus de Medinaceli (Madri).


Fonte Religion en libertad - Cuatro sacerdotes que prefirieron el martirio antes que revelar el secreto de confesión

Nenhum comentário:

Postar um comentário