terça-feira, 3 de julho de 2018

O Papa muda de rumo a respeito da intercomunhão: os bispos locais devem decidir





Tentei advertir a todos.

Tradução de Airton Vieira – Quando se trata do papa Francisco, não podemos confiar no que diz. Há cada vez mais e mais evidência a respeito.

E, por suposto, não devemos olvidar A Regra Peronista.

Sobre o tema da intercomunhão, é verdade que firmou a rejeição da CDF do folheto dos bispos alemães.

Os católicos que queriam pensar o melhor se alegraram imediatamente. “Ei, vejam! Ele é ortodoxo nisto!”
Mas agora vemos as coisas como são: como uma prestidigitação. Um drible retórico. Outra fraude papal.
O Papa diz que os bispos locais deveriam fazer o chamamento à intercomunhão” diz um titular de Crux.  O Papa retomou o tema da intercomunhão e o desviou para nova direção. Se desejam saber o que fez, deverão prestar muita atenção em como move o copo. Podem ver onde está a bola quando ele começa (que nesta pequena metáfora nossa representa por suposto a autoridade papal e sua aprovação)? Observem de perto – os negritos são meus:


“Após todo um dia promovendo formas de os cristãos poderem compartilhar uma maior unidade, esse compromisso por unificar-nos não evitou que o papa Francisco respaldasse a doutrina do Vaticano em sua decisão de insistir sobre a cautela ante propostas de intercomunhão com os protestantes.

Na quinta, em um voo de regresso a Roma depois de um dia de peregrinação ecumênica a Genebra, Francisco disse que apoiava o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, o cardeal eleito Luis Ladaria, em requerer que se torne a analisar o esboço de proposta dos bispos alemães para que os não católicos recebam a comunhão segundo certas condições.
[…]
No mês passado, a Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) rejeitou a proposta alemã, que havia sido aprovada em uma reunião prévia durante a primavera, por quase três quartos dos bispos. Em uma carta publicada este mês, Ladaria disse que a proposta ‘não estava suficientemente madura como para ser publicada’. 

Francisco disse que Ladaria não atuou de maneira unilateral, mas com a permissão do Papa…”

Até agora, estamos todos do mesmo lado. Tudo estamos vendo debaixo do copo intitulado “Francisco proíbe a intercomunhão via CDF”. Mas enquanto ele fala sobre a permissão que deu a Ladaria, nos distrai. A gente presta atenção a suas palavras, e quando vê que nossos olhos não estão postos em suas mãos, realiza uma manobra. A bola passa debaixo de outro copo tão rápido que quase ninguém nota a transição. Vamos mais devagar e concentremo-nos na bola:
“…e que sob o Código de Direito Canônico [sic] depende do bispo local, não as conferências episcopais locais, o decidir em que condições se pode administrar a comunhão aos não católicos.

“o Código diz que o bispo da igreja particular, essa palavra é importante, particular, isto é, de uma diocese, deve ocupar-se disso, está em suas mãos.”

Mais. Francisco disse que o problema de que uma conferência episcopal inteira peleje com estas questões é que “porque algo aprovado em uma conferência episcopal, logo se converte em universal.”

Viram como operou a mudança?
O problema com a versão Bergogliana desta ilusão é que não há uma revelação final. O prestidigitador distrai a audiência do que sucede na mesa e em seguida lhes agradece por ter vindo sem sequer levantar os copos para mostrar-lhes onde ficou a bola. Em realidade não quer que saibam que fez prestidigitação, porque seu trabalho era simplesmente distrai-los o suficiente como para que esquecessem que estava realizando um truque.
Os que observavam o espetáculo voltam a suas casas supondo que a bola ficou onde estava.
Mas já não está sob o copo “Francisco proíbe a intercomunhão via CDF”. Agora está sob o copo “Francisco diz que os bispos individuais podem decidir as regras sobre a intercomunhão”.
Alguns já o viram realizar esta versão do truque suficientes vezes como para aprender a notar a mudança. Mas infelizmente, a maioria não. E como creem que a bola segue debaixo do copo onde devesse estar, discutirão com qualquer um que lhes diga que não é certo.
Enquanto isso, é provável que os meios de comunicação católicos nem reportem sobre este prestidigitador inescrupuloso que claramente não está realizando truques inofensivos, e joga com a confiança.
Portanto, o jogo continuará.
Afastando-me de minha deficiente metáfora antes que esta se desarme, quisera voltar por um momento ao que escrevi em abril. Disse que cria que Francisco não estava contente com a bolsa ardente … daqueles… folhetos sobre a intercomunhão que tinham deixado em sua porta. Os alemães se excederam. Fizeram-se por demais melosos. Assim não é como trabalha Francisco, e é “grande parte da razão pela que o documento foi rejeitado. Porque enquanto Francisco se sente mais cômodo trabalhando por meio da insinuação, os alemães tentaram fazer algo mais explícito. Por escrito.”

De alguma maneira ele o confirmou quando disse, em seus comentários antes mencionados, que “algo aprovado em uma conferência episcopal, logo se converte em universal.”
Não podemos aceitar isso. Recordem o que disse a uma mulher luterana quando esta perguntou-lhe se podia receber a comunhão, ali por novembro de 2015:
Eu não ousarei nunca dar permissão para fazer isto porque não é de minha competência. Um Batismo, um Senhor, uma fé. Falai com o Senhor e segui adiante. Não ouso dizer mais.
Nada de governar desde cima. Nenhum decreto oficial. É muito mais fácil chutar para baixo e fomentar o caos. Atomizar e destruir a fé universal, um bispo por vez.
Por fazer barulho, ou algo assim.

Fonte: Adelante la Fé - El Papa cambia de rumbo respecto a la intercommunion: deben decidir obispos locales.

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