quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Da yoga à apostasia. Um testemunho real.





Carta de uma leitora ao site Adelante la Fé



Tradução de Airton Vieira[1]
Senhor Diretor,
Quero pedir desculpas em primeiro lugar ao senhor e a todos os leitores, porque não é meu ofício escrever, mas quero contar-lhes MEU testemunho, que vivi e vivo em primeira pessoa para alertar a todas as pessoas de boa vontade que queiram ler-me.
Tenho 54 anos e me casei com meu marido aos 30. Meu esposo, para situá-los, sempre foi um católico pouco praticante, sem grande formação, mas se considerava católico. Em suas boas épocas, eu o vi confessando, indo a Missa aos domingos e inclusive fazendo leitura espiritual antes de dormir.
Hoje em dia, meu esposo apostatou por completo da fé católica e a responsável se chama YOGA. Sim, a yoga, não estranhem, sei que muitos dos senhores a consideram algo inofensivo, mas não é.
Tudo começou quando há uns anos decidiu praticar esportes em um ginásio municipal, e com poucos dias decidiu experimentar umas aulas de yoga que davam em um salão ao lado, com intenção de fazer “alongamentos” e “relaxar-se”. Eu de fato não dei maior importância, [pois] nesse momento desconhecia por completo o que se escondia detrás disto. Tinha visto, é verdade, algum vídeo alertando e coisas assim, mas jamais olhei a fundo e me pareceram exageros de fanáticos.
Passou um tempo para que notasse algo que me chamou a atenção, e foi que o vi lendo um livro. Sim, não fique surpreso, porque em todos os anos de casados, até que começasse tudo isto, não lembro de tê-lo visto jamais ler um livro. Não lembro bem o título, o que sim parecia era uma espécie de livro desses que chamam de autoajuda, falando sobre a felicidade e coisas assim. Pelo que pude folhear o livro no fundo escondia disfarçadamente uma introdução sibilina à filosofia panteísta do hinduísmo-budismo e uma chamada ao indiferentismo religioso, ou seja uma introdução à new age.
Aqui foi onde comecei a preocupar-me e onde me lembrei desses vídeos que apenas vi alertando sobre a yoga. Os vi por inteiro e compreendi que o que ali denunciavam era exatamente o que começava a ver em meu marido. A yoga não é mais que a cara amável do movimento new age, a porta de entrada a um mundo sectário e afastado do cristianismo.
Meu marido continuou sequencialmente lendo livros sobre essa temática de forma apaixonada, estava verdadeiramente fisgado, a ponto que em pouco tempo me disse que queria preparar-se para ser monitor de yoga. Nesse mundinho todas as amizades que fazia estavam todas relacionadas com a seita new age e todos seus derivados: reiki, esoterismo, xamanismo, energias curativas e todo tipo de idiotices que me custa crer que uma pessoa em seu perfeito juízo dê a mais mínima credibilidade.
E assim seguiu e seguiu em uma espiral que permanece até o dia de hoje, vivendo obcecado pela e para a yoga, o budismo e a new age. Hoje em dia meu marido não se considera cristão, tem um buda em seu escritório, e ali lhe coloca flores e lhe rende estranhos rituais, e inclusive quando trata sobre religião me fala, não sem algum desprezo, de “teu Deus”. Sua cegueira espiritual é absoluta e me faz lembrar aquilo que disse alguém que quando não se crê na Verdade... se crê em qualquer coisa[2]. Como se pode pôr em discussão Jesus Cristo e se crer em todo tipo de tolices desse mundo?
E isso não é tudo, [ele] vai a estranhos “retiros” alguns fins de semana e está todo o dia indo a conferências de todo tipo de personagens desse submundo, absolutamente todos alienados mentais e oportunistas.
Poderia escrever longa e extensamente sobre isto, porque tenho de conviver diariamente com esta situação. Meu marido passou de cristão a autêntico participante de uma seita, e isso única e exclusivamente devido à yoga, que foi sua porta de entrada a todo o movimento new age que o conduziu à apostasia absoluta.
Não se enganem amigos, a yoga não são [exercícios de] alongamentos inocentes, é a fachada dessa seita e a ela está intimamente ligada, é um perigo potencial para qualquer alma cristã. Eu vi como meu marido passou de cristão a adorador de Buda, e isso se deve à Yoga. Que isto sirva de advertência e ninguém caia nessa armadilha. Não deixem por tudo o que é mais sagrado que seus filhos se aproximem desse mundo.
Por favor, rezem por meu marido, eu humanamente não posso fazer muito mais por ele, só Deus poderá ajudá-lo, e por isso a ele rezo todos os dias.
Natalia G.
P.S. Por motivos óbvios não ponho meu sobrenome pois continuo casada com meu marido e não quero que chegue a seus ouvidos, embora tenha fornecido minha identidade para a direção [do blog].


[1] Aos que desejarem, sugiro a (re)leitura de: “O que a Igreja diz sobre o Reiki”, em: http://romadesempre.blogspot.com/2018/08/o-que-igreja-diz-sobre-o-reiki.html. [NdT]
[2] “Quando se deixa de acreditar em Deus, passa-se a acreditar em qualquer coisa” (G. K. Chesterton) [NdT].

Nenhum comentário:

Postar um comentário