segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Reflexões sobre o Santo Sudário



Tradução de Airton Vieira – No mundo de hoje, no que a cultura e os meios de comunicação estão a serviço dos interesses das oligarquias, as mentiras são aceitas graças à repetição constante realizada pela imponente máquina de difusão midiática do poder globalizado.
Não raro, o erro é infundido sob a aparência de uma “falsa ciência”.
Os meios de comunicação podem fazer crer nestes momentos o que queiram; dizem, uma após outra, teorias científicas “fantasy”, como as numerosas variantes da teoria evolucionista, produzidas pela criatividade hiperativa de alguns “cientistas” e por sua esperança de grandes êxitos. O entusiasmo dos positivistas ofusca amiúde a necessidade do contraste experimental de suas teorias.

O prêmio Nobel de química Irving Langmuir cunhou a expressão “ciência patológica” para descrever aquelas ideias que para alguns homens de ciência se convertem em autênticas “fixações”, mesmo que depois sejam desmentidas por outros estudos sérios.
Não devemos nos surpreender de que a ciência usada de maneira “imprópria”, amplamente sustentada pelo aparato midiático, tenha retornado recentemente a atacar o “Santo Sudário”, falando de “sobreposições de sangue irrealistas”. De fato, “irrealista” é pensar em reproduzir as condições efetivas das gotas de sangue sobre um corpo de uma pessoa crucificada, usando um manequim e sangue com anticoagulante.
Um intento bem financiado e sustentado pelos diferentes entes de propaganda institucionalizada, como o Comitê Italiano para o Controle das Afirmações sobre as Pseudociências, é pôr em discussão a gama imensa de investigações que se declara a favor da autenticidade do Santo Sudário.
Não é a ciência em si mesma a que é um fator de progresso, mas o uso que se faz dela. E este uso depende inevitavelmente também da “direção” dos movimentos financeiros que sustentam a investigação.


“Basta pagar e as investigações se realizam. E se encontra inclusive quem as publica para você. É inegável que por trás de algumas delas se escondem grupos que querem fazer crer que o Santo Sudário é uma falsificação histórica” (Dr. E. Marinelli a Vatican News: ansa.it 17/07/2018).

Não é certamente uma novidade que alguns cientistas recrutados na qualidade de “opinion leaders” junto a todo o aparato midiático, estejam na folha de pagamento daqueles poderes que realizam a “subversão” com a mentira e retorcendo toda lógica.
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Análogo intento de desacreditar a autenticidade da tela sudária se realizou nos tempos da datação radiocarbônica de 1988, que datou a tela entre os anos 1260-1390 d. C.
Naquela ocasião houve problemas já na fase de extração das mostras destinadas aos três laboratórios de Oxford, Tucson e Zurique. Se extraiu uma única mostra de tecido, sem possibilidade de contrastação com outros pontos, ademais em uma parte periférica da tela, contaminada pelos agarres. Além disso, o químico Raymond Rogers demostrou que na mostra datada havia um remendo provavelmente devido às irmãs clarissas de Chambéry após o incêndio de 1532 (“Thermochimica Acta”, vol. 425). Não se teve nem sequer em conta o fato de que o incêndio de Chambéry de 1532 determinou um enriquecimento de carbono radioativo, fazendo que o tecido tivesse uma proporção mais “jovem”.
O cardeal Saldarini pediu os dados numéricos para refazer o cálculo, mas os cientistas do radiocarbono se negaram a entregar os dados. O estudo foi publicado imediatamente em “Nature” e o coordenador da investigação recebeu uma conspícuo financiamento para seu laboratório. Aquela manhã de abril de 1988, os cientistas do radiocarbono – que haviam rejeitado a presença de qualquer colaborador experto no Santo Sudário – mandaram também tomar uma mostra da capa de São Luís de Anjou a St. Maxim-du-Var, compatível com a data medieval que foi mais tarde identificada (Baima Bollone ordinário de Medicina Legal da Universidade de Turim: “Os estudiosos ingleses fracassaram” La Stampa, 27 de janeiro de 2008).
Até o dia de hoje, o único exame em evidente contraste com a autenticidade do Santo Sudário é precisamente a datação radiocarbônica de 1988. São demasiados os elementos que fazem pensar que os resultados daquele exame foram fruto de uma voluntária falsificação:
“Foi a patinha da MAÇONARIA que queria custasse o que custasse demonstrar que o Santo Sudário era de época medieval” (Dr. E. Marinelli a Vatican News: ansa.it 17/07/2018).
Os estudos sobre o Santo Sudário, continuaram afortunadamente, incluso depois do veredito da datação radiocarbônica. Os estudiosos se preguntaram como foi possível reproduzir nos mínimos detalhes todas os sinais da Paixão narrada nos Evangelhos sobre uma tela medieval, incluídos os sinais de uma crucifixão romana típica do século I d. C., considerando que alguns aspectos da crucifixão romana, ademais, não eram conhecidos no medievo.
Estudos fiáveis como o [do] Centro de Investigação ENEA de Frascati, publicado em 2012, têm demostrado mais além de toda possível dúvida que NÃO se trata de uma falsificação. O cálculo de probabilidades fala de uma possibilidade entre 225.000.000.000 de que o Santo Sudário seja falso (B. Barberis, “L’uomo da Sindone e il calcolo delle probabilità”).
Não por casualidade se teve de esperar até o século XX para compreender que informações estavam ocultas na tela sudária. O Santo Sudário é o dom que a Providência deixou ao homem moderno neste tempo de crise da “fé” e de falsificação da “verdade”. Enquanto o Pai da Mentira tenta sempre comprar às almas por dos moedas, al contrário, Jesus, para adquirir nossa alma, derramou seu sangue e o Santo Sudário confirma com extraordinária precisão os terríveis sofrimentos suportados por Nosso Senhor.
“Em todas as investigações dos últimos decênios, não há nada que contenha a mais mínima informação que conteste a narração dos Evangelhos” (Prof. John H. Heller, Report on the Shround of Turin, Boston, Houghton, Mifflin, 1983).
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Eis aqui alguns detalhes que emergem das investigações do Centro Interregional de Estudos e Atividades Espaciais da Universidade de Pádua:
·         A tela sudária tem todas as características de uma tela funerária judia do século I d. C. Naqueles tempos, os cadáveres eram sepultados íntegros, com os olhos e a boca cerrados, e com aloe e mirra. As dimensões são expressadas em côvados sírios, dita medida era utilizada no antigo Israel. A torção em “Z” da fiação é típica da área siro-palestina da época de Cristo; ademais, não há traços de fibras de origem animal. Em efeito, em ambiente judeu, o respeito à lei mosaica prescrevia manter separada a lã do linho.
·         Há traços de “natrão”. O “natrão” era usado na Palestina para a desidratação do cadáver.
·         O pólen mais frequente, relativo às mostras extraídas é o de plantas que crescem na Palestina.
·         Na imagem do rosto é evidente a hematohidrose, isto é, a sudoração de sangue.
·         São evidentes diferentes tumefações no rosto e a fratura do septo nasal.
·         São evidentes sobre os ombros escoriações relacionadas com o transporte da parte horizontal da cruz (patibulum). É evidente uma luxação do ombro direito, pela qual o úmero está 3,5 cm por debaixo da articulação.
·         Se podem contar com luz UV as feridas lacero-contusas dispostas de forma radiada de 120 golpes, causados por um flagrum romano, com dos zonas diferentes de proveniência.
·         Há ao menos 50 improntas correspondentes à cabeça causadas por objetos pontiagudos que correspondem aos efeitos de um casco de espinhas.
·         A moeda dilepton lituus, apoiada no pálpebra direita foi cunhada sob Pôncio Pilatos em 29-30 d. C.
·         Sobre a sobrancelha esquerda foi apoiada uma segunda moeda, um lepton simpulum, cunhado por Pilatos em 29 d. C.
·         São visíveis os sinais de uma morte por infarto seguido de hemopericárdio.
·         A elevada quantidade de bilirrubina encontrada é indicativa de uma pessoa fortemente traumatizada antes da morte.
·         São evidentes os sinais da chaga do lado (ferida de 45×15 mm), na que se notam coágulos de sangue separado por um halo de soro. A ferida de forma elíptica apresenta margens precisas e lineais, típicas de um golpe inferido depois da morte.
·         A munheca da mão direita foi cravada duas vezes, mui provavelmente não se conseguia cravá-la nos buracos feitos previamente no patíbulo, buracos que eram realizados para evitar que os cravos se torceram ao cravá-los em madeira dura como a castanheira (mui provavelmente foi cravada também duas vezes a munheca direita, que no Santo Sudário não se vê, já que está coberta pela mão esquerda).
·         A crucifixão teve lugar sem apoio para os pés. O apoio de pés foi introduzido nas crucifixões na segunda metade do século I. Do pé esquerdo se vê só o talão porque era cravado sobreposto ao direito. O pie direito foi cravado duas vezes: uma entre o segundo e terceiro metatarso e outra a nível do talão.
·         Mediante a técnica de sobreposição de luz polarizada tem sido identificadas as imagens de 28 flores de Palestina colocadas ao redor da cabeça.
Não obstante isto, os “negacionistas” da autenticidade do Santo Sudário seguem contando que o Santo Sudário é uma falsificação medieval, afirmando teorias “fantasy” como a da pintura. Teoria não sustentável pelo fato de que os exames de fluorescência de raios X, que oferecem uma análise quantitativa das espécies atômicas presentes, não evidenciaram nenhum pigmento. Ademais, 25 diferentes tipos de dissolventes, entre os quais a água, não degradam nem borram a imagem. Inclusive a combustão não é sustentável, já que a imagem corpórea do Santo Sudário não é fluorescente. Ademais, a diferença entre sangue arterial e sangue venoso que se encontra no Santo Sudário foi descoberto após o medievo, em 1594.
É verdadeiramente fastidioso para os “Intelectuais Iluminados”, dispostos sempre a insinuar dúvidas sobre o conteúdo dos Evangelhos, ter que reconhecer a coincidência perfeita entre as narrações dos quatro Evangelhos sobre a Paixão de Cristo e o que se observa no Santo Sudário. É igualmente fastidioso para eles ter que admitir que a imagem corpórea impressa na tela sudária tem características físicas e químicas únicas atualmente não reproduzíveis. Quanto mais convergem os resultados e as provas em direção à autenticidade do Santo Sudário, tanto mais os “negacionistas” trazem à tona o conflito entre “ciência” e “religião”, apelando à costumeira narrativa contra o “obscurantismo da fé cristã”.
A verdade é que a ciência experimental foi criada por homens de fé cristã e reflete plenamente as palavras de Pio XII:
“A verdadeira ciência, contrariamente a aventadas afirmações do passado, quanto mais avança, tanto mais descobre a Deus, como se Ele estivesse vigilando, esperando detrás de cada porta que a ciência abre” (Pio XII, 22 de novembro de 1951).
Estudando as características da imagem impressa no Santo Sudário, se descobrem, em efeito, coisas surpreendentes.
O fato de que a imagem corpórea tem características tridimensionais e de que penetra no sudário com uma profundidade de não mais de umas poucas fibras de linho sobre a coroa dos fios, sugerem a hipótese de radiação como causa da formação da imagem (IV Symposium Scientifique International du CIELT, París, 25-26 abril 2002).
Mas há mais.
Na impressão dorsal do Santo Sudário, os músculos dorsais e deltoides aparecem naturalmente arqueados e não planos, como deveria suceder, em troca, em um corpo tombado sobre uma pedra. Não se encontra nenhum efeito do peso corpóreo. Isto quer dizer que, no momento de incidir a imagem na tela, o corpo flutuava no ar sem tocar a pedra em estado de levitação. Além disso, o contato entre corpo e sudário se interrompeu sem alterar os coágulos de sangue que ficaram extremamente nítidos; é como se o sudário tivesse sido “esvaziado” durante a formação da imagem corpórea, isto é, como se o cadáver tivesse retornado “mecanicamente transparente” com respeito ao sudário (III Congreso Internazionale di Studi sulla Sindone, Torino, 5-7 de junho de 1998).
“Um dos maiores mistérios do Santo Sudário é como o cadáver, despregando-se do tecido, não o tivesse tocado. Foi voando sem alterar minimamente suas fibras, sem arrancá-las e sem modificar as manchas de sangue já existentes. Isto é impossível para um corpo normal, sujeito às leis da natureza. Um cadáver coberto de chagas não poderia ser nunca retirado do sudário sem alterá-lo e sem deixar rastros. Isto é um fato decisivo e não contestado por nenhuma ciência. Se explica unicamente pela “desmaterialização” do corpo, que foi voando do sudário, não estando já sujeito às leis da natureza. Pois bem, precisamente isto é o que os cristãos chamam “Ressurreição” (Prof. Arnaud-Aaron Upinsky, entrevista em Cattolicismo, junho de 1998).

Anonimo Pontino
(Traducido por Marianus el eremita /Adelante la Fe)


Fonte: https://adelantelafe.com/reflexiones-sobre-la-sabana-santa/

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