sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A palhaçada maçônica

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Um católico não pode ser maçom; quero provar agora que um homem sério; seja ele indiferente, protestante, espírita, ou ateu não pode ser maçom, porque tal seita, se é perversa em seus fins, é sumamente degradante e ridícula em suas iniciações. Nada inventarei; vou reproduzir exatamente os manuais e rituais em uso na maçonaria.


Umas breves informações são necessárias para fazer compreender os mistérios do Triângulo de Hiram.

I. Dignidades e graus maçônicos

É de domínio público que há muitos ritos maçônicos: o egípcio, o escocês, o francês, o de York e os ritos azuis. Cada um destes tem três graus fundamentais: aprendizes, companheiros e mestres.  Quem não é maçom denomina-se profano. Demais, cada rito tem seus graus e mistérios.O rito escocês é o mais utilizado no Brasil, que chamam de antigo e aceito em linguagem maçônica. Este rito é composto de 33 graus que são:

1. Aprendiz
2. Companheiro
3. Mestre
4. Mestre secreto
5. Mestre perfeito
6. Secretário Íntimo
7. Preboste
8. Pretendente
9. Mestre dos nove
10. Eleito dos quinze
11. Cavaleiro eleito
12. Grão Mestre
13. Real arco
14. Grande eleito
15. Cavaleiro do oriente
16. Príncipe de Jerusalém
17. Cavaleiro do ocidente
18. Cavaleiro Rosa-Cruz
19. Grande pontífice
20. Mestre ad vitam
21. Cavaleiro prussiano
22.Príncipe do Líbano
23. Chefe do tabernáculo
24.Príncipe do tabernáculo
25.Cavaleiro da serpente
26. Príncipe de mercê
27. Soberano comendador
28. Cavaleiro do sol
29. Grande escocês
30. Cavaleiro Kadosch
31. Grande inquisidor
32. Soberano príncipe do segredo
33. Soberano grande inspetor

Lendo tais nomes estrambólicos, ridículos, sente-se logo a puerilidade, a senilidade da seita maçônica... Tudo isso não passa de uma peça de teatro, onde certa gente pretende representar uma peça cômica numa cena de palhaçada.



II. Linguagem maçônica


Cada grau tem enigmas e distintivos. Tem o avental, a trolha, o malhete, o compasso, o esquadro, os cordões em arpa com sol de ouro e outros emblemas. Para homens que pretendem professar teorias da igualdade, toda essa hierarquia de ninharias, de vaidades mesquinhas, são uma contradição ridícula.

Os próprios maçons um pouco sérios, reconhecem-na, mas não deixam de respeitá-la.
Mas, vamos adiante; convém conhecer  o vocabulário da seita.

Chamam-se oficinas as diferentes agremiações maçônicas: Loja é a oficina que confere os três primeiros graus, Capítulo é a oficina que confere do grau quarto até o dezoito.

Conselho é a oficina que confere os graus dezenove à trinta. Supremo conselho é a oficina dos grau trinta e um à trinta e três.

Só essas últimas, chamadas grandes oficinas, estão a par dos segredos íntimos da maçonaria.

Os dignatários das lojas são mãos ou menos numerosos: O venerável; o respeitabilíssimo; o irmão sacrificador; o irmão terrível; os vigilantes; o grande esperto; o grande orador; o cobridor; o mestre de cerimônia etc...

São estes os nomes pomposos e grotescos, que diariamente encontramos nos jornais maçônicos e narrações nas sessões das lojas. Haverá mesmo gente que tome isso à sério? É uma palhaçada!

Mas a peça de teatro continua. Os maçons tem uma língua peculiar para exprimir as coisas de modo diferente dos “profanos”.

Por exemplo: O orador maçom, na loja, não pronunciam um discurso: isso é comum demais; - ele compõe uma peça de arquitetura. Num banquete, o maçom não come, mastiga. O copo do maçom chama-se canhão. O prato chama-se telha. A faca vira uma espada. Encher os copos é carregar o canhão. Interromper a sessão é dormirtar. Uma circular maçônica é uma prancha. Um relatório é um traçado. Os aplausos são baterias. Os banquetes são os trabalhos de mesa.


III. Será sério tudo isso?


É sério tudo isso?... e pode um homem sério e sensato sujeitar-se a tal  acrobacia senil, pueril e ridícula? É possível que homens sérios, pais de famílias, negociantes honrados, advogados, magistrados, médicos, homens de letra, de ciência se sujeitem, sem pestanejar, a empregar tais termos, que só podem convir a brincadeiras de crianças ou a jogos de molequinhos?

As cerimônias, sinais, marchas, contramarchas, honras fúnebres, trabalhos de mesa, baterias, tudo se acha regulado pelos rituais maçônicos, com minuciosidade e exige um verdadeiro estudo por parte do iniciado.

E se fosse ainda um estudo científico, mas é um estudo para perder a gravidade e o sério de um homem educado para  tornar-se um palhaço de circo, que procura termos e expressões para não chamar os objetos e as coisas pelos nomes que lhes são próprios... Não é isso uma palhaçada?

Homens de sociedade e responsabilidade que se ufanam de não acreditarem nem na religião nem na moral, nem na vida futura nem nos sacramentos da  Igreja Católica, são obrigados a passar horas estudando os cadernos de seus graus, as prescrições de seus rituais, o falso misticismo de seus emblemas e toda futilidade que compõe as sessões maçônicas.

É sério isso?... ou é peça de teatro, para divertir uns aos outros?

Estes homens que querem esclarecer o gênero humano, libertá-los do que chamam  superstições, têm pelo seu lado templos, altares, sacrificadores, batismos, sacramentos e mistérios, mil vezes mais complicados que os que rejeitam e reprovam. Esses homens, que não querem vinte séculos de cristianismo e de civilização... que não acreditam nem no Evangelho, nem nos sábios católicos, nem na autoridade da Igreja fundada por Jesus Cristo; estes homens escutam os ditames de homens ímpios, devassos, bolchevistas e outros que presidem e governam a seita maçônica!... Aceitam seus rituais ridículos como voz do céu, e alistam-se no seu registo como se fosse uma honra pertencer a essa instituição execrada.


IV. Os trabalhos da mesa


O trabalho da mesa é o banquete. Conforme o vocabulário já exposto, o leitor fará uma ideia do que deve ser tal banquete maçônico. É impagável de grotesco e ridículo.
Nada direi por mim mesmo; contento-me em copiar do ritual. Eis como descrevem os tais trabalhos da mesa os tripingados Ragon e Clavel, grandes “luzeiros” desta seita. Escutem bem, são eles que vão falar:

“ A sala onde se faz a mastigação deve, como a loja, estar coberta das vistas profanas.
O venerável diz: Irmão Vig... convidai os II.. que suspendam os trabalhos e vamos nos ocupar na mastigação.

I.. 1º e 2º Vig .. Convidai os II .. sob o vosso comando, que se preparem para carregar e a entrar em linha para o primeiro brinde de obrigação.

Durante o banquete há sete brindes obrigatórios. Quando se fazem, cessa a mastigação, os irmãos .. levantam-se, põem-se em ordem e lançam seu estandarte (guardanapo) sobre seu ombro esquerdo.

Ao convite do Ven ..os II .. (leiam venerável tripingado, os irmãos tripingados) carregam os canhões(os copos) e quando tudo está pronto, diz-lhe aquele:

­- Meus irmãos! Mão direita à espada! (é a faca).
- Espada acima!
- Continência de espada!
- Espada na mão esquerda!
Todas as facas se levantam e saúdam-se.
Depois deste movimento brilhante, levam as mãos às armas (são os copos)
- Armas acima!
- À cara!
Os irmãos chegam o copo à boca.
- Fogo!
Bebe-se parte do conteúdo.
- Bom fogo!
Bebe-se o resto,
- O mais vivo e cintilante dos fogos!
Despeja-se o copo.


VI. Os brindes maçônicos


Avante a música!.. . estamos em pleno teatro... cômico... e cada maçom, de gravata e sapato de verniz, é um ator da peça teatral cômica... falta-lhes apenas a vestimenta de palhaços de circo. Assistamos agora à cerimônia  dos brindes maçônicos.
Para anunciar a primeira saúde, o Ven comanda assim o exército:

- Atenção, meus II .. mãos direita às armas!
- Armas acima! À cara!
-Primeiro fogo: à saúde de...
- Segundo fogo: à saúde de...
Esvaziam o copo. O exercício continua:
- Irmãos, descansar armas!
Levam os copos ao ombro direito.
-Armas à frente! Assinalemos nossas armas!
- Um!
Levam os copos ao ombro esquerdo.
- Dois!
Levam-nos ao direito.
- Três!
Levam-nos à frente.
- Um! Dois! Três!

Cada um destes tempos, os maçons descem gradualmente o canhão (copo), para a mesa. Ao terceiro, deixam cair o copo com bulha e simultaneamente, de modo que se ouça uma só pancada. Faz-se a mesma coisa com a espada(faca).

Eis uns textos copiados do manual do aprendiz. Por maior seriedade que se deseje manter nisto tudo, é difícil deixar de dar uma risada. E quando lembramos de certos maçons conhecidos, que parecem homens sérios, honestos, instruídos, colocando-se nas cenas descritas, entregando-se a verdadeiras pantomimas, não se pode deixar de experimentar um sentimento de compaixão. Que um palhaço de circo faça, pantomimas, caretas e acrobacias, ninguém estranha o fato, é ofício dele.

Que nos manicômios haja loucos, que se imaginam ser imperador, rei, general, ninguém fica admirado: pois é um desequilibrado. Mas que um homem sério, de sociedade, de instrução, de responsabilidade entre num desses antros maçônicos, e represente aí,e represente o papel que lhe impõe o ritual, é o cúmulo da degradação.

As crianças tem suas brincadeiras, são puerices. A velhice tem suas manias, são senilidades. Tudo isso não lhes pode ser imputado  a mal; mas um prefeito de município, um médico, um advogado, um homem de posição, que perde o equilíbrio, ao ponto de meter-se em criancices, em senilidades, ao ponto de fingir guerra na mesa, de apresentar armas com um garfo; de tirar a faca como espada; de preparar fogo de canhão com um copo de cerveja; de apresentar o guardanapo, como bandeira, de fazer fogo esvaziando um copo... é demais: não é simplesmente puerilidade, senilidade, é idiotismo. E estes homens podem olhar uns para os outros, sem cair em gargalhadas, sem sentir o desprezo, a baixeza de tal pagodeira.

Que castigo divino! Não se sujeitam à doutrina da Igreja Católica; não querem obedecer aos ministros de Deus, e obedecem como crianças a um palhaço que lhes impõe as cerimônias mais grotescas que a loucura pode inventar. Penso que nos manicômios a loucura dos desequilibrados não chegou ainda à degradação de tais equilibrados.


VII. O juramento do aprendiz


Para ser maçom é preciso ser um idiota, um bobo, ou um louco. Um idiota, pois entra numa associação que não conhece, e jura guardar segredos que ignora ainda. Um bobo porque executa seriamente palhaçadas e caretas que só podem ser feito por qualquer bufado. Um louco, porque julga ser o que não é, dá-se importância que não tem, faz cerimônias que são baixezas, e julga elevadas ações que são ridículas.

O que tenho exposto dos banquetes prova já plenamente esses títulos.

Para ser maçom, e receber a luz maçônica, é preciso uma iniciação. Como se faz tal iniciação? Consultemos o manual do aprendiz. Será mais um ato da comédia:
Juro não revelar os segredos, sinais, toques, palavras, doutrinas ou usos maçons... quando eu faltar à minha palavra, queimem-me os lábios com ferros em brasas, cortem-me as mãos, arranquem-me a língua, degolem-me e meu cadáver seja dependurado na loja durante a admissão de algum outro irmão, para que assim se imprima o ferrete de minha infidelidade e o terror dos outros; queimem depois meu cadáver, e lancem minhas cinzas ao vento.

Tal juramento é feito por alguém que de nada sabe e ignora o que lhe vai ser revelado.

Se depois o venerável tripingado der ordem ao maçom de matar os próprios pais, de assassinar a esposa, de enforcar os filhinhos, ele tem que obedecer... ou julga ser obrigado por um juramento macabro, ridículo, que só o demônio pode inventar. Tal juramento a nada obriga perante Deus e perante a consciência é certo, pois é uma horrenda blasfêmia, é um juramento canibalesco, de doido, mas o postulante, amedrontado pelas promessas feitas e pelas consequências acarretadas, não tem a coragem de quebrar as algemas em que ele mesmo meteu os punhos, e ei-lo feito criminoso, assassino, ladrão e até parricida sem o querer... pelas ordens da loja maçônica. Seria sumamente grotesco se não fosse horrivelmente macabro. E quem pronuncia tais juramentos, quem assume tais responsabilidades desconhecidas, quem se amarra deste modo as mãos, os pés, a consciência, a língua, a vida... deixa de ser homem livre... é um escravo, um vil escravo, a não ser, como já disse: um idiota, um bobo, ou um louco.


VIII. A iniciação do aprendiz


 O aprendiz está no limiar da maçonaria. Exigi-se-lhe pouco, apenas que lhe cortem o pescoço, antes que revelar os segredos. O pescoço cortado: já é uma coisa! E agora o desgraçado aprendiz passa pelas provas dos quatro elementos: terra, ar, água e fogo. É nova palhaçada grotesca e ao mesmo tempo fúnebre.
Primeiro o aprendiz entra no “quarto de reflexões”, lugar obscuro, alumiado por uma lâmpada sepulcral, os muros forrados de preto, e cheios de emblemas fúnebre.
É o primeiro ato da palhaçada. Já faz arrepiar os cabelos do bobo. Avante; é apenas o primeiro passo. Deve passar depois pelos quatro elementos.

Deve passar pela terra, em cujo seio supõe-se encontrar-se... Uma esqueleto jaz ao seu lado em um caixão aberto. Não havendo esqueleto, deverá colocar uma caveira sobre as mesa (Ritual Ragon).É-lhes fácil ter qualquer caveira das vítimas que mandaram assassinar. O aprendiz permanece aí algum tempo. Deve responder por escrito a três questões, fazendo depois o seu testamento. Vendam-lhe os olhos, e assim deve apresentar-se na loja. Da cinta para cima em camisa, o braço e lado esquerdo descoberto, o joelho nu, o sapato esquerdo alcanhado (Manual do Aprendiz).

É o segundo ato da palhaçada; a viagem pela terra.

O aprendiz  deve fazer depois outras viagens simuladas pelo ar, pela água e pelo fogo.Tais viagens não passam de grotescas imaginações, com o fim de aterrorizar o aprendiz e de fechar-lhe a boca, para não revelar os crimes e baixezas que poderia presenciar.
Para a primeira viagem simulam dificuldades e obstáculos, (que não existem). O venerável grita: Salte, para atravessar um fosso que só existe na sua mioleira.

- Levante o pé direito para subir um alto. Abaixe-se outra vez. – Suba a escada. – Passe sobre a redouça. E durante esse tempo os maçons assistentes devem produzir o rumor de numerosos assistentes (que não estão) e imitar o ruído de saraiva e o trovão, exatemente como uma garrafa de Leide. (Mand do Aprendiz Ragon).

Aqui está a purificação pelo ar. É o terceiro ato da palhaçada!

 Na segunda viagem faz-se a purificação pela água; durante esta viagem o candidato só ouve um rumor surdo, e o estrépito de espadas (facas).

O esperto mergulha três vezes o punho esquerdo do candidato em um vaso com água.
A terceira viagem é a prova pelo fogo e faz-se rapidamente e em silêncio. O candidato é seguido, envolvendo-o por três vezes e com cautela, nas chamas até que chega ao seu lugar.

A presentam então a bebida amarga e o venerável lhe diz com gravidade: “O profano é recebido maçom, deixa de dispor de si; não pertence mais a si próprio.”
É o quarto ato da palhaçada.


IX. A admissão na maçonaria


É a nova palhaçada. O candidato deve prestar juramento. Até agora o candidato tinha os olhos vendados; tiram-lhe a venda. É conduzido ao altar ; colocam-lhe na mão esquerda um compasso aberto, mete a mão direita sobre a espada (faca), a perna esquerda em esquadria e assim presta o juramento já citado.

O venerável dá-lhe o avental de pele de bode e ensina-lhes as palavras, sinais e toques.
A palavra posse é T... filho de Lamé.

A palavra ordem é: faremos tudo em esquadria. A ordem consiste em ficar em pé, a mão direita estendida debaixo da garganta, os quatro dedos unidos o polegar desviado em ângulo reto com os outros.

O sinal gutural  é retirar a mão horizontalmente e deixa-la cair perpendicularmente.
O toque faz-se, tomando simultaneamente os quatro dedos da mão direita; assentando o dedo polegar sobre a falange do índice, e por um movimento invisível, bater       três pancadas no aprendiz.

Eis como os maçons recebem a luz. É o quinto ato da palhaçada.

O profano torna-se iniciado; o candidato é maçom, livre pedreiro, ou pedreiro-livre, pouco importa. É um outro homem... o homem de luz... mas de luz infernal!!


X. Conclusão


Terminemos repetindo apenas a pergunta: Pode um homem sério entrar na maçonaria???
Parece-me impossível. Submeter-se a cenas tão burlescas, tão grotesca, senis ou pueris... Consentir em tantas mímicas e caretas charlatanescas, não é de homem sério. Estes homens, que se dizem condutores de homens, vão sujeitar-se a atos de comediantes, de saltimbancos, de boêmios que fazem rir e chorar de compaixão e de vergonha?!
Há teatros cômicos... há circos de palhaços... para divertir-se... vão assistir a estes atos... mas que homens de sociedade, homens sérios, desçam ao trono de sua educação para rebaixar-se e fazer –se palhaços... a pronunciar juramentos para perder sua dignidade de homens livres, para tornar-se miseráveis escravos de desconhecidos, isso ultrapassa o bom senso.

Pobres maçons, iludidos, levantai-vos e sacudi as algemas da escravidão, para readquirir a dignidade e a liberdade! E vós, homens de bom-senso, fugi da seita vergonhosa e degradante que é a maçonaria.


O anjo das trevas – Pe Júlio Maria

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