domingo, 9 de junho de 2019

Renovação Carismática a descoberto (Os pretensos carismas)

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O DOM DA CURA - Ouvindo os pentecostais ou renovação ou espírito carismático ou carismáticos, parece que eles estão andando em um tapete esmaltado por inúmeros milagres, que exibem como prova segura da origem divina do movimento. No entanto, para aceitar autênticas as curas milagrosas, são necessárias três condições:

a) Que todas as causas naturais capazes de cura súbita sejam excluídas, o que não acontece, por exemplo, nas curas milagrosas reais ou verdadeiras do câncer ou na ressurreição dos mortos.

b) Que o suposto milagre seja submetido a um atento exame por médicos, cientistas e teólogos, como acontece, por exemplo, nos milagres de Lourdes ou naqueles atribuídos à Virgem e aos Santos.

c) Que a sentença final é dada pela autoridade competente.
Agora, estas três condições não existem no Movimento Carismático ou Renovação Carismática. Eles acreditam em milagres pelo simples testemunho daqueles que afirmam recebê-los; alguns "milagres" são de natureza trivial, outros de natureza psicológica, outros não duram permanentemente. Também seria necessário examinar as causas de cada milagre particular.

Existem três causas possíveis:


1) Deus: mas neste caso devemos estabelecer que são verdadeiros milagres, e nesse caso não deve haver vestígio de orgulho, ostentação ou auto-satisfação, muito presente no movimento carismático.

2) Processos psicológicos: Por exemplo, uma grande ênfase é colocada no fato de que alguns convertidos abandonaram seu hábito de beber; mas é notório que os membros de Alcoólicos Anônimos alcançam resultados semelhantes através da ciência profana e com tratamentos que incluem técnicas psicológicas, sem qualquer recurso ao "espírito" invocado pelos carismáticos.

3) O demônio: - Pode ele, também, fazer alguns "milagres", especialmente em uma atmosfera carregada de emoção, a atmosfera que é procurada nesses grandes encontros com duração de várias horas e onde testemunhos e histórias são contados, com música de fundo percussivo, sincopado e forte; e o orador aos gritos. Nestas circunstâncias ocorrem fenômenos psicológicos, dos quais até chegam a uma dissociação da consciência tão extrema que os hormônios relaxantes são liberados e entorpecidos, explicando o desaparecimento dos sintomas da dor, mas não reduzem a doença de modo algum.
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O próprio Cristo nos advertiu sobre essa possibilidade, porque ele nos advertiu que chegaria a hora em que os falsos profetas operariam "milagres" ou "prodígios" para enganar, se possível, até mesmo os eleitos. Como o movimento carismático é baseado em falsas premissas doutrinárias, é fácil para o demônio se infiltrar e induzir em erro as almas.

O DOM DE LINGUAS - Embora já tenhamos dito algo desse argumento quando examinamos a primeira carta de São Paulo aos Coríntios, podemos acrescentar algumas considerações, já que os carismáticos - os pentecostais apreciam muito esse "dom".
Até recentemente eles o consideravam como a prova definitiva do derramamento do 

Espírito Santo. Isto implica como consequência que, ao receber os sacramentos, não podemos ter certeza de ter recebido o Espírito Santo, uma vez que não há fenômeno externo; nem mesmo em sacramentos como o Batismo, a Confirmação e a Ordem, que foram instituídos precisamente para conferir uma especial efusão do Espírito Santo. Nos sacramentos, de fato, nossa única garantia é a fé sincera na promessa de Cristo atestada pela autoridade infalível da Igreja, embora essa fé quase nunca seja baseada em sentimentos ou experiências.

Oposto por tais objeções, os pentecostais católicos pararam de considerar esses dons como prova do derramamento do Espírito Santo. Dadas essas contradições, o que devemos pensar? Com que autoridade eles estabelecem os critérios de sua fé? O Espírito Santo primeiro induziu-os a acreditar que o dom de línguas é a prova final, e então que não é? O Espírito Santo pode estar sujeito a tais contradições?

E se considerarmos a natureza do "carisma", nossa perplexidade só pode aumentar, porque as línguas que os pentecostais - carismáticos dizem que falam - não são de fato linguagens humanas. São línguas estranhas, simples tagarelice de sons ininteligíveis (que alguns afirmam ser a "língua ou linguagem dos anjos"), chamada glossolalia. Já observamos que as "línguas estranhas" mencionadas nos Atos dos Apóstolos e na primeira carta aos coríntios eram línguas verdadeiras, embora em grande parte desconhecidas pelos presentes.

Os pentecostais, no entanto, dão uma explicação e falam da possibilidade de rezar "não objetivamente, de maneira pré-conceitual". Esta é a definição dada por Le Renouveau Charismatique (ver Lumen Vitae, Bruxelas, 1974):

"A possibilidade de rezar não objetivamente, de uma maneira pré-conceitual, tem um valor considerável na vida espiritual. Permite expressar com meios pré-conceituais o que não pode ser expresso conceitualmente. A oração em línguas é para a oração normal como a pintura abstrata, não representativa, é para a pintura comum. Orar em línguas requer um tipo de inteligência que até as crianças têm”.

Em primeiro lugar, não há nada semelhante na Tradição da Igreja, no ensinamento dos grandes mestres do espírito e dos grandes místicos da Igreja. E embora Cristo tenha ensinado os Apóstolos e os primeiros discípulos a orar e até mesmo tenha dado uma fórmula para expressar seus próprios pedidos, Ele nunca orou de maneira "pré-conceitual" e "não objetiva", nem ensinou a seus discípulos a fazer algo assim. Este tipo de oração implica que os murmúrios não correspondem à realidade objetiva, uma vez que não são objetivos, e que o Espírito Santo é incapaz de expressar a realidade divina na linguagem racional. Mas tudo isso é falso. Os profetas, Cristo, os apóstolos e depois os santos, ao longo de vinte séculos, inflamados pelo Espírito Santo, puderam expressar a mais alta verdade na linguagem humana. A expressão, logicamente, é inferior à realidade, mas isso não se deve ao uso de uma linguagem "não objetiva" ou "pré-conceitual", mas ao fato de que quando o homem fala da realidade divina, ele necessariamente se expressa de forma analógica.

Para este argumento dos carismáticos, além disso, seria necessário colocar outras questões. Por exemplo; Será que, longe de ser um dom do Espírito Santo, o "falar em línguas" [mussitationes] foi uma fraude ou uma manifestação de processos psíquicos devido a uma explosão emocional? Pode-se acrescentar que existe, pelo menos em alguns casos, outra fonte possível: Satanás, que tenta enganar os homens imitando os milagres do primeiro Pentecostes.

Outro fenômeno que deve ser julgado desfavoravelmente é a multiplicação desse milagre. Um dos chefes do carismatismo francês em 1978 disse que "na França, 80% dos carismáticos pentecostais falam em línguas" (Le Figaro, 18 de fevereiro de 1978).
Então, milagres acontecem com essa frequência?

Adelante la fé - La Renovación Carismática al descubierto



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