Pode-se
conceber que propagandistas despidos de grandes dotes possam conseguir adeptos
não tanto por suas qualidades quanto pelas ideias que propagam.
Não é a força
do propagandista: é a força da ideia.
A que mundo
se apresentam, e com que programa!
A um mundo em
que o instinto chegara a tal desonra e perversão que, no terreno sexual,
atingira, socialmente falando, o máximo rebaixamento. Sobre toda a satisfação
do instinto, sobre perversões nem sequer imaginadas, sobre o delírio de todas
as inversões, não nos países selvagens, mas em pleno Império que legou ao mundo
o direito, a divinização pública do vício, à divinização do vício com a dedicação de templos públicos
àqueles farrapos humanos já prostituídos em público e que eram proposto como
exemplo, mantendo-se nos templos a eles dedicados ritos iniciatórios em suas
perversões.
A podridão. A
idolatria do vício pervertido não só na afetividade como até na inteligência,
que se esboroa aos pedaços.
A que mundo
se apresentam os Apóstolos!
Ao mundo de
milhões de escravos. O escravo era “res”, coisa. Coisa e não homem, coisa a
disposição do dono, em tudo.
Coisa que nem
dos próprios filhos podiam dispor; eram eles, como seus descendentes, reses de
que o dono dispõe seja para vendê-los com lucro para utilizá-los por prazer,
seja para feri-los ou matá-los por diversão e gosto.
Ao mundo que
tinha o prazer e o gozo como único fim e única sensação.
Ao mundo em
que nem sequer de nome era conhecido o
significado de Caridade.
Ao mundo da
divinização não somente dos vícios, como da inversão dos vícios.