Do livro
publicado aqui por capítulos
500 ANOS DE REFORMA: UM BRINDE!(?) – AIRTON
VIEIRA
EPÍLOGO
Caro
leitor, se você, não sendo católico chegou até aqui, passando por toda a via
crucis deste livro, permita partilhar minha felicidade movida por três razões.
A
primeira, porque independentemente de suas motivações foi preciso travar uma
luta constante ao menos contra a ignorância, a soberba, a malícia e a covardia,
o que não é tarefa fácil. Como de Deus procede o querer e o executar (cf. Fil
II, 13), graças sejam dadas a Nosso Senhor Jesus Cristo por sua perseverança, e
grato por permitir a atuação da Graça.
A
segunda, porque se a intenção que o moveu a esta leitura for reta, não resta
dúvida de que o bom Deus, pelas mãos amorosas de Sua e nossa Mãe, o guiará para
ou de volta à Casa Paterna (cf. Lc XV, 11-24).
A
terceira, porque ainda que a intenção tenha sido a de contestar, isto só poderá
ocorrer pelo estudo sério e desapaixonado, ou simplesmente pelo uso da razão,
acima e além das emoções e dos sentimentos, uma vez que Deus não se importa com
tais coisas: Ele se importa com a nossa salvação.
*
Nosso
Senhor questionou (e questionou-nos) acerca da fé no mundo, indagando se ainda
a encontraria quando retornasse à Terra (cf. Lc XVIII, 7s). Partindo de Deus, a
questão não pode ser minimizada. Faltar a fé no mundo é faltar o ar que dá a
vida, o sol que aquece, ilumina e faz crescer. Faltar a fé, portanto, é
instalar o caos. Caos de fato de algum modo já instalado pela falta ou mau uso
que a humanidade vem fazendo da fé. E por que isto? Porque não se trata de
qualquer tipo de fé ou de crença. Não se trata de “acreditar em algo”, de dizer
que “Deus é um só”, que “todos os caminhos levam a Deus”, pois “... também os
demônios o crêem...” (Tg II, 19); não por isso deixam de ser moralmente maus e
estar eternamente condenados. A fé está ligada a regras, a preceitos e
mandamentos que o Criador estipulou desde antes da Criação do mundo, associados
às leis naturais e destinados às criaturas em geral, para que ninguém utilize
como desculpa o desconhecimento das leis divinas obtidas pela simples
observação da realidade concreta, ou seja, pelo senso comum, que é o bom
senso. Esta realidade ou a aceitamos ou a rejeitamos. Mas cabe
salientar, aqui me dirijo aos de portadores de ignorância vencível.