Tradução de Airton Vieira – No mundo de hoje, no que a cultura e os meios de
comunicação estão a serviço dos interesses das oligarquias, as mentiras são aceitas
graças à repetição constante realizada pela imponente máquina de difusão midiática
do poder globalizado.
Não raro, o erro é infundido sob a aparência
de uma “falsa ciência”.
Os meios de comunicação podem fazer crer nestes
momentos o que queiram; dizem, uma após outra, teorias científicas “fantasy”, como as numerosas variantes da teoria
evolucionista, produzidas pela criatividade hiperativa de alguns “cientistas” e
por sua esperança de grandes êxitos. O entusiasmo dos positivistas ofusca amiúde
a necessidade do contraste experimental de suas teorias.
O prêmio Nobel de química Irving
Langmuir cunhou a expressão “ciência patológica” para descrever aquelas ideias
que para alguns homens de ciência se convertem em autênticas “fixações”, mesmo
que depois sejam desmentidas por outros estudos sérios.
Não devemos nos surpreender de que a ciência
usada de maneira “imprópria”, amplamente sustentada pelo aparato midiático, tenha
retornado recentemente a atacar o “Santo Sudário”, falando de “sobreposições de
sangue irrealistas”. De fato, “irrealista” é pensar em reproduzir as condições efetivas
das gotas de sangue sobre um corpo de uma pessoa crucificada, usando um
manequim e sangue com anticoagulante.
Um intento bem financiado e sustentado
pelos diferentes entes de propaganda institucionalizada, como o Comitê Italiano
para o Controle das Afirmações sobre as Pseudociências, é pôr em discussão a
gama imensa de investigações que se declara a favor da autenticidade do Santo
Sudário.
Não é a ciência em si mesma a que é
um fator de progresso, mas o uso que se faz dela. E este uso depende inevitavelmente
também da “direção” dos movimentos financeiros que sustentam a investigação.