Se
muito importa conhecer a glória da sepultura de Jesus Cristo Nosso Senhor (Is
11,10), maior alcance para o povo cristão é saber os brilhantes triunfos que
Ele alcançou com a derrota do demônio, e com a tomada dos infernos.
Após
a morte de Cristo, Sua Alma desceu aos infernos, e lá ficou todo o tempo que
Seu Corpo esteve no sepulcro. Este fato não deve estranhar a ninguém. A Divindade
nunca se apartou da alma nem do corpo, não obstante a separação que houve entre
alma e corpo.
Sentido de “infernos”. Essa expressão designa os ocultos
receptáculos em que são detidas as almas que não conseguiram a bem-aventurança
do céu.
Neste
sentido, ocorre em muitos lugares da Sagrada Escritura. Lê-se, por exemplo,
numa epístola do Apóstolo: “ Ao nome de Jesus, deve se dobrar todo joelho, no
céu, na terra, e nos infernos” (Fl 2,10). E nos Atos dos apóstolos atesta São
Pedro que “Cristo Nosso Senhor ressuscitou, depois de vencer as dores dos
infernos”(At 2,24).