O
MANÍPULO . Era um tecido que os antigos carregavam sobre o braço.
Eles se serviam dele para enxugar o suor de seu rosto e as lágrimas de seus
olhos. Esta destinação primitiva explica porque a Igreja fez dele um símbolo do
trabalho e das lágrimas. Ele recorda que o Salvador, regando com seu suor e
suas lágrimas o caminho por Ele percorrido entre Belém e o Calvário, trouxe
para nós o volvo da
dor.
O discípulo não é
maior que o Mestre. Que o padre espere, então, encontrar sobre seu caminho o
sofrimento.
Ele o pede como
favor, tomando o manipulo: Que eu seja digno, Senhor, de carregar o manípulo
das lágrimas e da dor, afim que na alegria eu receba a recompensa prometida
àquele que trabalha.. Que eu seja digno,
que expressão! Meditemo-la bem.
O manípulo é colocado
no braço esquerdo. Isso simboliza a vida presente com seus sofrimentos.
O Padre o beija,
antes de pegá-lo, com o intuito de testemunhar seu amor pelas penas que Deus o
enviará.
A
ESTOLA . Os primeiros cristãos, quando queriam dirigir suas orações
a Deus, se revestiam de um pano que lhes cobria não somente os ombros, mas
ainda as mãos. O que na antiguidade era sinal de súplica.
S. João faz alusão a
esses tecidos quando, descrevendo os 24 anciões prostrados diante do trono do
Cordeiro, ele lhes dá mantos brancos.
Esta veste, tendo
sido abandonada pelos leigos, foi guardada pelo clero e se tornou um ornamento
sagrado frequentemente chamado de estola.
A estola era ornada
na frente por um bordado, ou por bordados que sobressaíam em torno do pescoço e
se prolongavam até o fim da peça. A estola também era nomeada por orarium,
do verbo orare.
Porque a empregavam na oração pública e na administração dos sacramentos.
Vários liturgistas fazem derivar esse nome da palavra oro
. eu falo, eu prego . porque a Igreja reveste do orarium,
ou da estola, os oradores sagrados, todos
aqueles que anunciam a palavra de Deus.
As duas extremidades
da estola foram alargadas a fim de que se pudesse ali escrever os Evangelhos
pelos quais o povo tinha maior devoção.
A estola, colocada
sobre os ombros e caindo de cada lado, é um jugo, um sinal de servidão. Convém ao
representante do Salvador, diz S. Paulo .que sendo igual a Deus, se aniquile,
revestindo a forma dos escravos e se fazendo obediente até a morte, e a morte
de cruz (Fl 2:8).
O heroísmo desta
obediência até o Calvário é recordado pelas cruzes desenhadas sobre a estola e
pela maneira pelo qual o padre a carrega durante a Missa, ou seja, cruzada
sobre o peito. O jugo do Senhor é suave e pleno de amor, é por isso que o padre
beija a estola antes de colocá-la sobre seu pescoço.
A
CASULA . Antiga, era uma veste que cobria inteiramente o corpo do
sacerdote e descia até os pés. Ela tinha somente uma abertura na cabeça. O uso
de levantá-la sobre a incensação e a elevação é uma lembrança deste período que
exigia a assistência dos ministros do altar para que o sacerdote não tivesse
seus movimentos detidos pela magnitude da veste.
Este hábito
sacerdotal é o símbolo da caridade de Cristo. A cruz com o qual ele é decorado
é um emblema muito expressivo. Ele ilustra a caridade que nos foi prescrita
pelo Senhor, a roupa nupcial que dá direito a entrarmos no banquete do
Cordeiro. As duas partes da casula recordam o duplo preceito da caridade. Amar
a Deus e ao próximo.
As pessoas distintas
carregavam sobre suas vestes tiras púrpuras ou outros tecidos chamados clavus.
Elas foram conservadas na túnica do subdiácono, na dalmática
do diácono e na casula do padre. Somente nesta última foram postas na parte de
trás a figura de uma cruz, e na frente, a forma de uma coluna, alusão à coluna
da flagelação. Na Itália, a cruz se acha sobre os dois lados da casula.
Os outros
significados das vestes sagradas, relativos à paixão, serão dados mais adiante.
As vestes do padre
são também o livro dos fiéis. Elas lhes ensinam as virtudes do qual eles devem
revestir sua alma para assistir ao Sacrifício divino. Enquanto o padre toma na
sacristia os hábitos sacerdotais, o fiel pede a Deus para colocar sobre seus
olhos o véu da modéstia, a fim de que eles estejam constantemente fixados sobre
o altar ou sobre o livro de oração.
Que ele se aproxime
do Senhor com a alva e o cíngulo da pureza. Pureza do coração e pureza do
corpo. Que ele se apresente a Deus em espírito de submissão e de sacrifício. As
lágrimas derramadas, as afrontas recebidas, os sofrimentos suportados. Tudo
visto no glorioso manípulo, que atira sobre aqueles que o carregam as maiores
bênçãos. Que sua estola seja a prática da obediência para com Deus e com os homens.
Deus, então, ouvirá
sua oração.
Mas, sobretudo, que
ele não esqueça o manto da caridade, santa casula do qual ele deve envolver seu
coração. Que ele trema ao escutar durante os santos mistérios essa reprovação
do Senhor: .Meu amigo, como entraste aqui sem ter a veste nupcial (Mt 22:12).
Que ele seja revestido da caridade durante a Missa; caridade em suas relações com o
próximo. Que as ocasiões de praticá-la se ofereçam a ele. Caridade em suas
orações para os pecadores, para seus inimigos.
CORES E ORNAMENTOS
As cores que a Igreja
geralmente adotou são cinco: o branco, o vermelho, o verde, o roxo e o preto.
O
BRANCO é emblema da inocência, da alegria que ela procura, e da
glória que é sua herança.
Eis as festas no qual
ele é empregado:
Do
Natal à Epifania. Cristo, que nos é dado, é livre do
pecado original. Além disso, o Verbo é o esplendor de seu Pai. Salvador do
mundo, Ele é o sol da justiça. Além do mais, em seu nascimento, o Filho de Deus
celebrou o casamento místico com sua natureza humana, e a virgindade de Maria
lhe foi a cama nupcial.
Na
quinta-feira santa. É
o dia em que se consagra o santo crisma, pelo qual as unções purificam as
almas.
Na tarde deste dia,
Nosso Senhor, para purificar seus Apóstolos, lava-lhes os pés. Baronius78
diz
que a veste que Cristo utilizou na Cena era da cor branca.
No
sábado santo. Pois o anjo que anuncia a
ressurreição estava vestido de branco tão deslumbrante quanto a neve.
No
dia da Santíssima Trindade. Deus é luz e Nele não há trevas. Que
ser há de mais puro? As três pessoas divinas, em suas manifestações feitas ao
homem, tomaram a cor branca. O Pai, em Daniel, é representado com uma veste
branca como a neve, e seus cabelos brilhantes como a lã mais pura (Dn 7:9). A
lã, a neve e o sol emprestam sua brancura e sua luz às vestes do Filho na visão
de S. João. Foi sob a forma de uma pomba branca que o Espírito Santo se mostrou
no nosso meio no batismo do Salvador.
Corpus
Christi. Tudo é branco no que tange ao augusto Sacramento. Os
ornamentos sacerdotais têm de ser nesse dia da cor branca. Além do mais, essa
festa não é mais do que a solene instituição da Eucaristia estabelecida na
quinta-feira santa. E como Jesus tinha se vestido de branco nesse dia, convém
que esta circunstância seja lembrada pelo padre que utiliza a mesma cor.
Transfiguração.
Em memória das vestes de Jesus que se tornaram brancas como
a neve, e da nuvem brilhante que envolve os Apóstolos sobre o Tabor.
Festas
da Virgem. Após Deus, não há nada mais puro que
Maria. No livro dos Cânticos, o Espírito Santo a compara aos lírios radiantes
de brancura, à pomba imaculada, ao leito de flores apoiado sobre colunas de
prata, à torre de marfim, à fonte límpida.
As
festas dos Anjos. Deus falava de sua luz, quando Ele
dizia a Jó: Onde estavas quando os astros da manhã publicavam meus louvores?
(Jó 38:7) Eles aparecem sempre revestidos de branco.
A
festa de S. João Batista. Em sinal de alegria, pois o anjo
havia dito a Zacarias que .muitos se alegrariam em seu nascimento.. Em sinal de
seu ministério, porque ele foi um anjo testemunhando Nosso Senhor. Em sinal de
sua santidade e de sua santificação desde o seio de sua mãe.
A
festa de S. João Evangelista. Ele foi virgem. Por excelência, filho
adotivo da santa Virgem. Entre os Apóstolos ele é o único que não é celebrado
pela cor vermelha, pois foi o único que não expirou nos tormentos do martírio.
Cátedra
de S. Pedro. Nós veneramos nesse dia o chefe dos
Apóstolos como pontífice, e o branco é a cor atribuída às celebrações dos
papas. A Igreja os intitula como luzes. Eles cumprem literalmente a
recomendação do Salvador: .Que vossa luz brilhe de tal modo diante os homens,
que eles vejam vossas boas obras e glorifiquem o Pai que está nos céus (Mt
11:10). É por esse mesmo motivo que se encapam de véus brancos as cátedras episcopais.
Na
festa de S. Pedro.
A cor branca é uma lembrança da luz celeste que ilumina as
trevas de sua masmorra, e do anjo que foi seu libertador.
Na
conversão de S. Paulo. Para se saber a razão simbólica do
branco nesta festa, não esqueçamos que Paulo tornou-se uma pomba, um cordeiro,
um vaso de eleição e graças. Segundo Inocêncio III, seria uma lembrança da
santidade que lhe foi conferido após o batismo.
Na
festa de todos os Santos. A glória
e a luz da Jerusalém celeste são figuradas por esta cor: pedras brancas formam
o pavimento de suas praças. Um rio brilhante como cristal irriga suas águas.
Seus habitantes vestidos de branco.
Para
os doutores e confessores. A auréola dos doutores é branca,
segundo o profeta Daniel, pois eles brilham como as estrelas. O branco indica,
para os confessores, a pureza de sua moral.
Para
as Virgens, que Pedro de Blois85 chamava:
as irmãs dos anjos.
Para
a dedicação e consagração das igrejas. A razão fundamental
é a analogia do templo material com o templo espiritual. Da Igreja da terra com
aquela do céu, e o branco nos diz que a pureza e a santidade convenientes à
casa do Senhor. Inocêncio III via aí uma alusão ao nome de virgem que S. Paulo
dava à Igreja.
Para
a consagração do Sumo Pontífice e dos bispos.
Nas
missas de casamento. Quem não aprecia em ver aí o símbolo
da da pureza que os esposos devem fazer neste augusto sacramento?
O
VERMELHO, cor do sangue e do fogo, reservado aos seguintes dias:
Pentecostes,
para marcar os ardores do
Espírito Santo que descem em forma de línguas de fogo.
A
festa da santa Cruz, que foi consagrada pelo sangue do
Redentor do mundo.
A
festa dos Mártires, que derramaram seu sangue por Jesus
Cristo.
A
festa de S. João diante a porta latina. Ele teve a glória
do martírio, segundo seu ardente desejo.
As
festas das Virgens mártires, porque o martírio é preferido à
virgindade. Nosso Senhor o coloca acima de tudo: Não podemos dar um testemunho
de amor mais brilhante do que derramar seu sangue por aqueles que se ama. Eis
porque o lírio da virgindade cede às rosas do martírio.
O
VERDE, na liturgia, assim como na natureza, é um símbolo de
esperança. É o emblema dos bens por vir.
A Igreja o emprega
nos domingos comuns, durante o tempo nomeado de peregrinação
por vários liturgistas, porque, assim como o veremos mais
tarde ao tratarmos das festas, ele recorda a vida da Igreja aqui em baixo,
desde a descida do Espírito Santo até o fim do mundo.
Esse tempo compreende
os domingos e as semanas de Pentecostes ao Advento. Da oitava da Epifania à
Septuagésima também encontraremos o verde na liturgia. .Essa escolha mostra,
diz Dom Guéranger, que no nascimento do Salvador, que é a flor dos campos,
nasceu também a esperança de nossa salvação, e que após o inverno dos pagãos e
do judaísmo, a verdejante primavera da graça começou seu curso.
O
ROXO é a cor ordinária do luto da Igreja, a cor da carne
mortificada pela penitência. Ele é usado no tempo de penitência, como o Advento,
a Quaresma, os Quatro tempos., as Vigílias, as .Rogações. e na procissão de S.
Marcos, para recordar que devemos nessas diferentes épocas expiar no jejum e na
mortificação uma vida sensual, e chorar sobre nossas almas, ou daquelas de
nossos irmãos mortos na graça.
Se o roxo é preferido
ao negro, Monsenhor Gaume nos dá a razão: .O violeta, diz ele, cuja cor é
metade escura e metade clara, é empregado nos momentos onde a dor e a esperança
são o fundo do culto divino.
Assim, durante o
Advento, gememos ou suspiramos, mas esses são suspiros que avocam o Justo e o
fazem descer. Na Quaresma, choramos pelas faltas, mas vemos o perdão no fim da
santa quarentena. Choramos os sofrimentos de Jesus Cristo, mas vemos aparecer o
dia glorioso da ressurreição. Choramos nas calamidades, nas aflições públicas
ou particulares, mas esperamos o fim das lágrimas que derramamos. Esta inefável
mistura de tristeza e consolação, de dor e de esperança é exprimida pelo
violeta. Como na morte dos reis, onde o poder não morre, e, no mesmo instante
onde se faz cair a coroa da cabeça de um, se a coloca sobre outro.
O PRETO. Não é necessário insistir sobre o sentido desta cor, pois,
mesmo sem dizer nada, o padre com suas roupas lúgubres é seu pregador mais
eloqüente. Parece que desta casula coberta de lágrimas saem uma voz:
.Lembra-te, ó homem, que tu és pó e ao pó retornarás.. .Tu não sabe nem o dia,
nem a hora, esteja pronto. Para teu irmão ontem, para ti amanhã, e quem saiba,
hoje talvez.
III. VASOS DO SACRIFÍCIO
O
CÁLICE é feito da mesma forma daquele que Nosso Senhor empregou na
última Ceia. Qual não seria nossa emoção se tivéssemos a felicidade de ver este
cálice? Sem querer condenar o testemunho de um piedoso concurso, não poderíamos
nos perguntar com certa dor: porque tanta indiferença em face do cálice que
repousa todo dia sobre o altar? Não uma vez, mas milhares de vezes, ele esteve
em contato com o sangue de nosso
divino Salvador, o mesmo sangue contido no copo do cenáculo, o mesmo que corria
sobre a cruz.
Só o olhemos, então,
com uma fé viva, com o coração comovido e a alma repleta deste pensamento, pois
a cada dia, Nosso Senhor, nesse estreito espaço, encerra o Oceano infinito dos
méritos de seu sangue adorável.
Respondendo, assim, à
exortação que nos faz S. Jerônimo de despertar no cálice a veneração que nos
inspiram o corpo e o sangue de Jesus Cristo.
O cálice toma das
flores sua forma e seu nome. Façamos de nosso coração um cálice que se dilata
com confiança para receber o orvalho do sangue divino. Que ele seja uma flor
por sua pureza e seus perfumes.
A
PATENA é destinada para receber a hóstia santa. Como o cálice, ela
pode ser feita de prata, mas a parte que toca as santas espécies deve ser
revestida de ouro.
Ainda como o cálice,
ela é consagrada pela unção do santo crisma e por uma bênção reservada
especialmente aos bispos.
De ouro, com o santo
crisma, e uma benção especial do pontífice, nestes vasos sagrados que só
recebem, por um instante, o Santo dos santos, compreendamos a lição que nos é
dada: nossos corações tornam-se, pela comunhão, cálices vivos. Nossos lábios,
nossa língua, são uma nova patena sobre o qual Nosso Senhor descansa. Que Ele
encontre sempre ali o ouro da caridade e os perfumes da oração.
O
CIBÓRIO é o vaso no qual se colocam as santas espécies conservadas
no tabernáculo para a comunhão dos fiéis. Ele deve ser dourado no interior.
IV. TECIDOS SAGRADOS
O
CORPORAL é um manto que o padre estende sobre o altar durante o santo
Sacrifício. Sempre de linho, porque, como diz santo Tomás, Nosso Senhor foi
envolto em um sudário de linho, e, porque, o corporal está destinado a nos
recordar, primeiro por seu nome, a mortalha que ele era outrora
(Os Judeus envolviam seus mortos em lençóis
com perfumes. Para enterrar os corpos dos criminosos, eles só se serviam de
toalhas usadas com nas quais se envolviam os rolos da lei. É por isso que o Evangelista
observa expressamente que José e Nicodemos envolveram o corpo de Cristo em tecidos
novos com aromas. O linho fino era o tecido mais valioso que se poderia servir
nessas circunstâncias, pois não era permitido enterrar quem quer
que fosse com a seda).
O sábio bispo de
Mende acrescenta que se deve estendê-lo por
inteiro sobre o altar, porque o sudário de Nosso Senhor foi encontrado
desenrolado no sepulcro.
Outra razão para que
o corporal seja feito de linho é o respeito que se deve ter pelo corpo glorioso
de Cristo.
Nem a lã, nem a seda,
muito mais ricas que o linho, seriam convenientes, pois elas são restos dos
animais, e devemos afastar do Santo dos santos tudo o que tem o cheiro da
corrupção da morte. Os próprios pagãos tinham compreendido perfeitamente essa
verdade, tanto que os sacerdotes do Egito só abordavam seus deuses com uma
túnica de linho e calçados de cana. Um filósofo pagão, sendo perguntado sobre o
motivo de tal atitude, encontra no respeito para com as divindades esta sábia
resposta: ora, as vestes feitas dos despojos dos animais não são por demais
puras.
As regras das ordens
monásticas nos deixaram interessantes detalhes sobre os cuidados dados à
manutenção do corporal. Somente os diáconos e os padres podiam lavá-los. Para
secá-los, eles eram suspensos sobre uma corda dentro de um uma bolsa preciosa.
Enquanto os corporais eram expostos ao relento, os monges o guardavam com
cuidado para impedir que as moscas sentassem sobre eles.
Desta forma, a Igreja,
em toda parte, nos ensina uma lição de respeito pela augusta Eucaristia.
O
VÉU, embora não seja classificado entre os tecidos sagrados, não
deve, contudo, ser desconsiderado. Ele cobre o cálice e a matéria do Sacrifício
até o ofertório, para significar que o véu que nos ocultava os sentidos dos
mistérios eucarísticos só foi inteiramente levantado no Cenáculo.
MANUSTÉRGIO.
É o nome do tecido com o qual o padre enxuga os dedos após o
ofertório.
V. MATÉRIA DO SACRIFÍCIO
PÃO
. Os primeiros cristãos ofereciam, eles mesmos, o pão do
Sacrifício, que não diferia em nada do pão comum. Mais tarde, por causa dos
inconvenientes resultantes desta prática, a Igreja passou, ela mesma, a
fornecê-lo. A forma circular foi adotada desde tempos imemoriáveis, pois não
haveria nada mais conveniente para representar a presença Daquele que não tem
começo nem fim, do que o círculo, que é o emblema do infinito. É também a forma
da moeda, recordando o sacrilégio feito por Judas ao entregar seu Mestre por 30
moedas de prata. Enfim, Nosso Senhor, segundo costume recebido pelos judeus, se
serviu de pães redondos na Última Ceia.
O pão eucarístico é
marcado, de um lado, com a imagem de Nosso Senhor ou com seu monograma. Jesus
Cristo tem duas naturezas, mas somente a humana cai sob nossos sentidos. Tal é
a razão que Gavanto dá sobre esta prescrição litúrgica.
Entre os Gregos, o
pão eucarístico também é redondo, mas às vezes é feito em forma de cruz com
quatro braços iguais. O padre o divide ao meio com uma pequena lança encimada
por uma cruz, que simboliza a lança que transpassa o lado de Jesus Cristo.
Entre os Gregos, o
pão eucarístico também é redondo, mas às vezes é feito em forma de cruz com
quatro braços iguais. O padre o divide ao meio com uma pequena lança encimada
por uma cruz, que simboliza a lança que transpassa o lado de Jesus Cristo.
Embora se possa
consagrar pão fermentado no Oriente, a Igreja latina só se serve de pão ázimo
ou sem levedura por duas razões. Primeiro: a fim de imitar Nosso Senhor, que no
Cenáculo, só pôde consagrar pão ázimo, pois a lei proibia os judeus, sob pena
de morte, de ter entre eles outro tipo de pão durante as festas da Páscoa. A
segunda razão é que a levedura é o princípio e o sinal da corrupção, e, por
isso, não convém que para a consagração do corpo virginal de Jesus Cristo, que
jamais conheceu o pecado, se utilize um pão que usa fermento. É o que S. Paulo
cita, quando afirma que nos dias de celebração os cristãos deveriam se
alimentar dos ázimos da pureza e da verdade (I Cor 5:6).
Como havíamos dito, a
Igreja, desde a Idade Média, se reserva o cuidado de fornecer o pão
eucarístico, e esta tarefa honorável foi confiada somente aos religiosos. O
cuidado, a piedade com os quais eles se aquietavam de uma função que eles viam,
a justo título, como santa, foi tão admirável, que não podemos resistir ao
desejo de dela falar.
Os próprios monges
escolhiam entre o melhor trigo e o mais puro. Eles separavam grão por grão, os
lavavam e os colocavam sobre uma toalha branca para secar ao sol. Depositado em
uma bolsa consagrada unicamente para este uso, eles eram levados em seguida ao
moinho por um homem piedoso e honesto, que começava por lavando cuidadosamente
a casca, e, por isso, passar, por uma maior limpeza, do trigo comum, aquele que
era reservado para o altar.
A farinha era levada,
então, de volta ao convento e confiada ao sacristão, que vestido com a alva e o
amito a passava diversas vezes em uma peneira muito fina e purificada. Em
seguida, três religiosos, diáconos ou padres, após terem lavado as mãos e o
rosto, vestidos da alva, recitavam em uma capela o ofício das Laudes, os sete
salmos penitenciais e as Litanias, iniciando, assim, pela oração, uma ação tão
santa. Terminadas as orações, eles sorviam a farinha em um vaso limpo com água
fria, a fim de que a massa ficasse ainda mais branca. Em seguida, eles a
espalhavam sobre uma forma marcada com o sinal da cruz ou algum outro emblema
sagrado, e a colocavam no fogo, mantido por lenha escolhida e preparada com
antecedência. Para esta cerimônia
piedosa, era necessário o jejum, e cantavam-se salmos durante toda sua duração.
Esse respeito
religioso também podia ser encontrado sob os esplendores da púrpura. Sta.
Radegunda preparava com suas mãos reais o pão eucarístico. Venceslau, rei da
Boemia, recolhia, ele mesmo, as espigas nos campos, as amassava, e sentia-se
honrado de delas fazer os pães destinados ao altar.
VINHO
. Quanto ao vinho, a história eclesiástica nos ensina que ele
não era objeto de menor cuidado religioso. O produto de certas vinícolas
renomadas era frequentemente reservado para o santo Sacrifício. No Concílio de
Beirute, o bispo de Edessa foi acusado por ter empregado vinho comum no altar.
Antes de fechar este
capítulo, devemos tirar uma conclusão. A cruz nos vasos sagrados, sobre os
ornamentos sacerdotais e sobre os tecidos eucarísticos, não cessa de se mostrar
aos nossos olhares. Ela deve, com efeito, se encontrar em toda parte onde está
Nosso Senhor. É por isso que ela coroa o templo, o tabernáculo, o cibório, o
ostensório; que ela é traçada sobre as santas espécies, o cálice, o corporal, a
pedra do altar. O bispo a forma com o óleo santo sobre as mãos do padre no dia
de sua ordenação.
Ela está aí para nos
recordar incessantemente esse grande ensinamento do Cristianismo, tão bem
expresso por Bossuet: que quando Jesus entra em qualquer lugar, Ele ali entra
com sua cruz, Ele ali carrega todos seus espinhos, e Ele expressa isso para
todos aqueles que Ele ama103.. Ele se agrada em
imprimir sobre os corpos que lhe servem de tabernáculo, o selo de sua cruz. A
comunhão, longe de pôr ao abrigo dos sofrimentos, dá ao cristão o direito
glorioso delas participar, mas, com este direito, ela comunica também a unção
que os suaviza e a submissão que os torna meritórios.
Fonte; O Culto Católico Em suas cerimônias e em seus símbolos - Abbé A. Durand. Tradução: Robson Carvalho.
ALERTA!!! PLC 122 (MORDAÇA GAY) SERÁ VOTADO NESTA QUARTA FEIRA
ResponderExcluirBom dia!!! Na última quarta-feira a votação do PLC 122 foi adiada em virtude de um pedido de vistas do projeto de lei por parte dos Senadores, porém, na quarta feira este será votado definitivamente, por isso, vamos nos manifestar ligando para o os senadores (0800 61 22 11) publicar em nossos blogues sobre este fato!!! É a nossa última chance!!!
Gostaria apenas de lembrar quais serão as principais consequências da aprovação desse projeto:
1. Oficialização da Ideologia de Gênero em nossa legislação, ou seja, a subversão da estrutura familiar será institucionalizada. Nossas crianças serão obrigadas a aprender nas escolas que existe uma pluralidade infinita de comportamentos sexuais legítimos (construídos socialmente) que deverão ser reconhecidos na ordem jurídica.
2. Nada poderá barrar a distribuição de "kits gays" nas escolas do país. Qualquer crítica a eles será considerada crime.
3. As liberdades de expressão, de consciência e religiosa serão violentadas.
Isso para citar apenas algumas das consequências...
Não se iluda, pois todos os cidadãos já são protegidos por lei lei contra discriminações injustas: o Código Penal já penaliza atos ilícitos dessa natureza.
Deus nos Ajude
Juliano A.R.P
Abaixo o endereço do meu Blog
http://emdefesadavidadaigreja.blogspot.com.br/
EDUARDO LOPES (PRB-RJ)
TELEFONE: (61) 3303-5730
(61) 3303-2211
eduardo.lopes@senador.leg.br
GIM ARGELO (PTB-DF)
TELEFONE: (61) 3303-1161/3303-1547
(61) 3303-1650
gim.argello@senador.leg.br
JOÃO CAPIBERIBE (PSB-AP)
TELEFONE: (61) 3303-9011/3303-9014
(61) 3303-9019
capi@senador.leg.br
JOÃO DURVAL (PDT-BA)
TELEFONE: (61) 3303-3173
(61) 3303-2862
joaodurval@senador.leg.br
JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB-PI)
TELEFONE: (61) 3303-2415/4847/3055
(61) 3303-2967
j.v.claudino@senador.leg.br
LÍDICE DA MATA (PSB-BA)
TELEFONE: (61) 3303-6408/ 3303-6417
(61) 3303-6414
lidice.mata@senadora.leg.br
MAGNO MALTA (PR-ES)
TELEFONE: (61) 3303-4161/5867
(61) 3303-1656
magnomal ta@senador.leg.br___
OSVALDO SOBRINHO (PTB-MT)
TELEFONE: (61)
3303-1146/3303-1148/3303-4061
(61) 3303-2973
osvaldo.sobrinho@senador.leg.br
PAULO DAVIM (PV-RN)
TELEFONE: (61) 3303-2371 / 2372 / 2377
(61) 3303-1813
paulodavim@senador.leg.br
PAULO PAIM (PT-RS)
TELEFONE: (61) 3303-5227/5232
(61) 3303-5235
paulopaim@senador.leg.br
RICARDO FERRAÇO (PMDB-ES)
TELEFONE: (61) 3303-6590
(61) 3303-6592
ricardoferraco@senador.leg.br
ROBERTO REQUIÃO (PMDB-PR)
TELEFONE: (61) 3303-6623/6624
(61) 3303-6628
roberto.requiao@senador.leg.br
SÉRGIO PETECÃO (PSD-AC)
TELEFONE: (61) 3303-6706 a 6713
(61) 3303.6714
sergiopetecao@senador.leg.br_
SÉRGIO SOUZA (PMDB-PR)
TELEFONE: (61) 3303-6271/ 6261
(61) 3303-6273
sergiosouza@senado.leg.br
WILDER MORAIS (DEM-GO)
TELEFONE: (61)3303 2092 a (61)3303 2099
(61) 3303 2964
wilder.morais@senador.leg.br