quinta-feira, 11 de junho de 2015

Mulheres redescobrem a maternidade (contrariando a ideologia de gênero)

 (ZENIT.org)

“Contra a natureza todos os esforços são vãos” Assim dizia Leão XIII em 1891 referindo-se ao socialismo e sua pretensão de nivelar todos os homens, desprezando suas diferenças naturais.

O mesmo se pode dizer hoje da ideologia de gênero, que pretende nivelar homens e mulheres, negando que sejam naturalmente diferentes.

Percebem-se, aqui e ali, algumas mulheres que, depois de doutrinadas a rejeitar os filhos e o ambiente doméstico, a competir com os homens e a disputar com eles o mercado de trabalho, finalmente descobrem que a maternidade é sua vocação e que o lar é o seu lugar privilegiado.
Maria Mariana e família


Um exemplo disso encontramos em Maria Mariana Plonczynski de Oliveira, autora de “Confissões de mãe” (Ed. Agir, 2009). Deixando a fama que lhe dava a televisão e o teatro, decidiu “ter filhos e cuidar deles”. Acerca do dogma feminista da igualdade entre os sexos, ela afirma:
Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. São habilidades diferentes. Penso nesta imagem: homem e mulher estão no mesmo barco, no mesmo mar. Há ondas, tempestades, maremotos. Alguém precisa estar com o leme na mão. Os dois, não dá. Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. Porque ele é mais forte, tem raciocínio mais frio. A mulher tem mais capacidade de olhar em volta, ver o todo e desenvolver a sensibilidade para aconselhar. A mulher pode dirigir tudo, mas o lugar dela não é com o leme.

Para as jovens, ela tem o seguinte recado:
Quero dizer às jovens do mundo de hoje que existe uma pressão para que elas sejam autossuficientes profissionalmente, sejam mulher e homem ao mesmo tempo, como se fosse a única forma de realização. Para isso, elas têm de desenvolver agressividade, frieza – sentimentos que não têm a ver com o que é ser mãe. O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo. Maternidade é tirar seu ego do centro.







Outro exemplo é a jornalista e escritora italiana Costanza Miriano, católica, mãe de quatro filhos e autora de “Sposati e sii sottomessa” (Casa-te e sê submissa). Publicado em 2011, o livro dedicado às suas amigas tornou-se um best-seller e já foi traduzido em língua espanhola. No ano seguinte, publicou “Sposala e muori per lei” (Casa-te e morre por ela), dedicado desta vez aos homens. O pano de fundo de ambos os livros é o seguinte trecho da carta de São Paulo aos efésios:

Submetei-vos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres estejam submissas aos seus maridos, como ao Senhor, porque o homem é a cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja e o salvador do Corpo. Como a Igreja está sujeita a Cristo, estejam as mulheres em tudo sujeitas aos seus maridos.

E vós, maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la com o banho da água e santificá-la pela Palavra, para apresentar a si mesmo a Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef 5,21-27).

Em seu blog, Costanza explica o sentido da “submissão”:

Quando falamos – em voz baixa para evitar o linchamento – de submissão, devemos sair da linguagem do mundo, que lê tudo na ótica do domínio, do poder. O nosso Rei está na cruz, mas assim venceu o único inimigo invencível, a morte. Também nós, portanto, devemos sair da lógica do poder, invertê-la completamente. Antes de tudo porque a submissão não vem da depreciação, não se escolhe [a submissão] porque se pensa não ter valor. Depois, porque o fruto da escolha da mulher é o fato de que o homem estará pronto a morrer por ela.

Quando São Paulo diz às mulheres que aceitem estar embaixo, não pensa de modo algum de sejam inferiores. Antes, é ao cristianismo que devemos a primeira verdadeira grande revalorização das mulheres... A submissão de que fala Paulo é um presente, livre como qualquer presente, senão seria uma taxa. É um presente espontâneo de si, feito por amor.

Um terceiro exemplo encontramos em Mary Pride, estadunidense, mãe de nove filhos, ex-feminista radical e autora do livro “De volta ao lar”:

Com tudo o que andam falando sobre liberação hoje em dia, as mulheres não estão conseguindo perceber que a esposa que trabalha no laré a única mulher que realmente tem liberdade! Ela é sua própria chefe durante as mesmas nove ou dez horas do dia em que outras mulheres estão fazendo o que seus superiores ordenam. Ela pode organizar seus próprios horários, tomar conta de seu próprio orçamento e se vestir como quer, sem ter de cumprir normas de empresas. A esposa que trabalha no lar tem, até certo ponto, liberdade para fazer o que deseja, ao passo que a esposa que trabalha fora mal consegue ler um livro durante as horas de trabalho. Em vez do ambiente frio e formal do escritório, a trabalhadora do lar serve seus ‘clientes’ diretamente, e diariamente ela recebe tangíveis recompensas por seu trabalho (‘Humm! Este bolo está delicioso, mamãe!’).
Todos os esforços para promover a liberação da mulher estão estabelecendo uma nova forma de escravidão — a esposa reprimida.

As grandes mestras do feminismo estavam conscientes de que as mulheres, deixadas a si mesmas, prefeririam ficar no lar e cuidar dos filhos. Pensando nisso, assim escreveu Simone de Beauvoir (mulher de Jean Paul Sartre, filósofo francês ateu) a sua amiga Betty Friedan:

Pensamos que nenhuma mulher deveria ter esta opção. Não se deveria autorizar a nenhuma mulher ficar em casa para cuidar de seus filhos. A sociedade deve ser totalmente diferente. As mulheres não devem ter essa opção, porque se essa opção existe, demasiadas mulheres decidirão por ela.

Algumas profissões extradomésticas são tradicionalmente ocupadas por mulheres. Ao falarmos, por exemplo, na professora primária ou naenfermeira, instintivamente usamos o feminino. Tais profissões (magistério infantil, enfermagem) constituem uma extensão da função materna de acolher. De fato, a mãe é a primeira educadora dos filhos e a primeira a cuidar de suas doenças. No entanto, o lugar privilegiado – e insubstituível – da mulher é o lar.

Se as mulheres resolverem sair em massa dos lares para o mercado de trabalho, ocorrerão duas coisas: 1º) Elas desejarão não ter filhos ou ter poucos filhos, o que causará uma queda da taxa de fecundidade da população; 2º) Elas disputarão com os homens (que precisam sustentar suas famílias) as vagas de emprego, o que causará um aumento da taxa de desemprego.

Para concluir... e refletir

O cineasta Aaron Russo (†2007), entrevistado por Alex Jones, contou uma conversa que teve com seu antigo amigo Nicholas Rockefeller (ou Nick). Este lhe perguntou: “O que você pensa que é a liberação das mulheres?”. Aaron respondeu: “As mulheres têm o direito de trabalhar e ganhar tanto quanto os homens, exatamente como ganharam o direito de votar”. Nick começou a rir e disse: “Você é idiota”. Aaron perguntou: “Por que eu sou idiota”? Nick respondeu:

Nós, os Rockefeller, é que começamos esse movimento. Nós fundamos a liberação da mulher. Nós temos todos os jornais e TVs, a Fundação Rockefeller... Quer saber por quê? Há duas razões básicas. Uma delas é que não poderíamos taxar metade da população antes da liberação da mulher. A segunda razão é que agora temos as crianças nas escolas em idade mais jovem. Podemos doutrinar as crianças como pensar. Assim, isso quebra a família. As crianças começam a olhar o Estado como a família. A escola, os funcionários como sua família... não os pais ensinando a eles.

 

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