Nosso Salvador nasceu “à
meia-noite, em Belém, no frio cortante”. Então, como agora, qualquer pessoa que
quisesse encontrar Nosso Senhor teria que estar preparada para deixar de lado
os desejos materiais em favor do anseio de encontrar Deus, o único que pode
satisfazer os anseios mais profundos de nossas almas. De certa forma, nossa
luta pela fé hoje ressoa com as lutas que a Sagrada Família teve que suportar
no primeiro Natal — eles venceram diversas dificuldades por amor ao Menino
Jesus, assim como nós devemos vencer diversas lutas para encontrar e preservar
a religião que Jesus nos deixou.
O
verdadeiro atrativo reside na religião que Jesus estabeleceu. Queremos praticar
essa religião, e a fé católica pura é a única religião com direitos legítimos a
essa distinção. Sendo um Deus amoroso e onisciente, Ele não nos teria dado a
cacofonia de crenças religiosas que vemos hoje. Não, a única explicação
racional para essas inúmeras religiões cristãs conflitantes é que seres humanos
decaídos — como Martinho Lutero, Henrique VIII e os inúmeros inovadores que os
seguiram — retiveram o que lhes agradava na religião que Jesus nos deu e,
então, acrescentaram ou subtraíram elementos para melhor atender aos seus
próprios desejos.
Deus
nos deu nossos apetites por um motivo, mas a história do Natal nos dá uma clara
indicação de que a religião de Nosso Senhor não é necessariamente uma que apele
aos nossos desejos materiais. A Novena de Natal de Santo André nos
lembra do que encontraremos quando buscarmos a verdadeira religião que Jesus
nos deixou: “Salve e bendita seja a
hora e o momento em que o Filho de Deus nasceu da puríssima Virgem Maria, à
meia-noite, em Belém, no frio cortante. Nessa hora, dignai-vos, eu Vos suplico,
ó meu Deus, ouvir a minha oração e conceder os meus desejos pelos méritos de
Nosso Salvador Jesus Cristo e de Sua bendita Mãe.”