quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A descendência da Virgem Maria

Roma de Sempre

 O livro do Gênesis mostra como o mau entrou no mundo: a serpente era o mais astuto de todos os animais e era o próprio demônio usando da sedução e da mentira para enganar o homem e fazê-lo se sentir senhor de si e ignorar o verdadeiro Senhor. Dizendo a Eva que se ela comesse da maçã proibida por Deus, ela teria o mesmo poder de Deus. Seduzida pela proposta agradável da serpente Eva não só comeu  como convenceu a Adão também a comer.

Na sua cólera contra a serpente Deus promete suscitar uma mulher para derrotá-la. “ Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar ”.

As poucas palavras de maldição nos revelam verdades fundamentais para a fé como veremos:

1)      O pecado entra no mundo por causa da mulher, Eva.

2)      Deus deixa claro que suscitará uma mulher para derrotar a serpente pisando-lhe a cabeça, regenerando a dignidade do gênero feminino. Para isso, lógico, essa mulher, ao contrario das outras criaturas, não pode estar subjugada pelo demônio com a marca da culpa original como os demais homens.

3)      Deus estabelece duas descendência de homens: os filhos da mulher  e os filhos da serpente e põe ódio entre eles.

Com a marca da culpa original o homem fica privado da graça de Deus, e este, promete em auxílio, um Messias para remir o pecado dos homens e assim, devolver-lhe a dignidade.

No evangelho de São Lucas, vemos claramente a mulher prometida por Deus para derrotar o demônio:  "O anjo Gabriel foi enviado por Deus a Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava  José, da casa de Davi e o nome da Virgem era Maria".

Entretanto o anjo disse-lhe: “ Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco”. Pertubou-se ela com essas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação” (Lucas  1,26-29).

A expressão “cheia de graça” nos apresenta a Virgem Maria como uma mulher sem o julgo da culpa original e sem essa mancha, chegamos a conclusão que ela em nenhum momento da sua vida pecou e por não ter pecado algum tem autoridade de pisar à cabeça da serpente cumprindo assim a profecia do Gênesis. O anjo confirma que é o cumprimento do desígnio de Deus: “Não temas, Maria, pois encontrastes graças diante de Deus.

Na visita a sua prima Santa Isabel em Judá, mais uma vez Deus revela a nobreza dessa criatura: “ Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; Isabel ficou cheia do Espírito Santo .E exclamou em alta voz: “ Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do seu ventre”.

Primeiro atravéz do anjo depois através de Santa Isabel, Deus nos mostra que Maria realmente é imaculada (sem mancha). Se Jesus Cristo é o Messias prometido para salvar o homem da escravidão do pecado, Maria é o caminho escolhido diretamente por Deus para que a Salvação chegue até nós, logo, não poderemos encontrar a Salvação  negando esse Divino Caminho, é por isso que Ela é a medianeira de todas as graças, só por Ela Jesus chegou até nós e só por Ela  chegaremos até Jesus. Disse Nosso Senhor: " Eu sou o caminho, a verdade e a Vida " , logicamente precisamos de Maria para nos conduzir a Jesus, por isso os Padres Apostólicos atribuem a ela a passagem do provérbio; " Pois quem me acha encontra a Vida e alcança o favor do Senhor. Mas quem me ofende, prejudica-se a si mesmo; quem me odeia ama a morte (Pr 8:35-36)".
Sendo assim a nossa medianeira assumi seu papel de co-redentora do gênero humano: “Por isso, desde agora, me proclamarão bem aventurada todas as gerações...”(Lc 1,48).

Como vimos no início Deus, após o surgimento da Santíssima Virgem, dividiria a humanidade em duas descendência: a da mulher (Maria) e da serpente (demônio), prometendo ódio entre as duas.

Daí a explicação para a batalha entre os filhos do demônio contra os filhos de Nossa Senhora, o inimigo mortal do gênero humano com seu poder de enganar, suscita no mundo seguidores, inflâma-os com seu ódio pela  Virgem Maria, engana-os grande parte das vezes com o título de cristão e abre guerra contra Ela e a Igreja de Seu Divino Filho. Toda a rejeição e sentimento contrário à veneração e reconhecimento de Maria como co-redentora do gênero humano é inspirado pelo maligno por motivos evidentes: por Ela ele foi derrotado e através dela o homem alcança a salvação.

Por ser o homem criatura predileta de Deus, acima até dos anjos, o demônio faz de tudo para tirar Maria do caminho do homem, pois sabe que sem Ela niguém chaga ao Salvador e por consequência, ao Reino de Deus, só Jesus salva dizem seus filhos enganados, mas isso só é possível por intermédio de  Maria. 


Os irmãos de Jesus.  Em seu ódio mortal pela Santíssima Virgem, o demônio, que bem conhece as Sagradas Escrituras, usa esse conhecimento para distorcê-la e caluniar a Mãe de Deus acusando-a de ter  filhos posteriormente.  Uma passagem para caluniar Maria usada pelos descendentes da serpente está em Mt 12, 47-48: “ Disse-lhe alguém: tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar-te”.

Jesus respondeu-lhe: “ Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”.

No jugamento torto dos falsos cristãos, esses irmãos citados são outros filhos que Maria teve, nada mais falso e nada mais simples de ser explicado. Em Mc 6,3 vemos que não se trata de irmão no sentido estrito, filhos dos mesmos pais e essa passagem também deixa claro que Maria é mãe de Jesus. Por outro lado, a palavra “primo” não existe nem no hebraico nem no aramaico. Os “irmãos de Jesus”  tinham outra mãe que não Maria Santíssima. O evangelho de São Mateus 27,56 menciona, entre as mulheres presentes à crucificação de Cristo, Maria, mãe de Tiago e José. Essa Maria é a Esposa de Cleófas, conforme Jo 19,25. Se Jesus tivesse outros irmãos carnais, não teria confiado a João filho de Zebedeu para cuidar de Nossa Senhora  (Jo 19,27) e sim, a estes.