sábado, 12 de julho de 2014

Os exemplos dos santos





Os santos, considerados pais da Igreja, brilharam, como homens verdadeiramente perfeitos. Perto deles nada somos nem fazemos.


Que é nossa vida comparada coma deles? Santos e amigos do Senhor Jesus, serviram –no na sede e na fome, no frio e na nudez, em trabalhos e fadigas, nas vigílias, em jejuns e orações, nas santas meditações, nas perseguições e em muitos opróbrios (2Cor 11, 23-27).
Por quantas graves tribulações não passaram os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens e todos quanto quiseram seguir os passos de Cristo!

Não fizeram conta de sua vida neste mundo e a guardaram para a vida eterna (Jo 12,25).
Que vida rigorosa e abnegada viveram os Pais do deserto, que grandes tentações enfrentaram, quantas vezes foram molestados pelo inimigo, como era ardente e frequente sua oração, como era estrita sua abstinência, com que zelo e com que fervor se empenharam no progresso espiritual, com que vigor combaterem os vícios, com que pureza de coração e com que retidão no agir levaram a vida diante de Deus!


Trabalhavam de dia e dedicavam a noite a oração, sem interrompê-la, contudo, mentalmente durante o trabalho.
Não perdiam tempo. As horas e oração lhes pareciam breves. A doçura da união com Deus os fazia esquecer até mesmo a necessidade de comer.


Renunciavam a todos os cargos, as honras, aos amigos e aos parentes. Não queriam ter nada no mundo.
Contentavam-se apenas com o necessário para viver e os aborrecia ter que cuidar do corpo.


Eram pobres em bens da terra, mas ricos em graças e virtudes.
Pobres na aparência gozavam no interior da graça e das consolações divinas.


Alheios ao mundo eram íntimos, próximos de Deus.
Eram desprezíveis a seus próprios olhos e para o mundo, mas eram preciosos aos olhos de Deus.


Fundados na verdadeira humildade, viviam obedientes, caminhando com amor e paciência, progredindo cada dia e recebendo imensas graças de Deus.
Servem de exemplos a todos. Estimulam-nos a sempre progredir, diferentemente do grande número de frouxos que nos induzem ao relaxamento.


Nos seus primeiros anos todas as comunidades foram muito fervorosas.
Tinham grande apego à oração. Esforçavam-se por viver virtuosamente. Procuravam seguir as regras estabelecidas e davam um testemunho magnífico de obediência.


Ainda hoje sua forma de viver mostra como, no início, houve um grande esforço de santidade e perfeição por parte dos que iniciaram a comunidade.
Hoje porém, já é uma grande coisa não transgredir a regra e ser paciente consigo mesmo quando isso acontece.


Como é hoje lamentável e negligente nosso modo de viver, comparado com o fervor dos primeiros tempos. Envergonham-nos o torpor e desleixo em que vivemos.


Que bom seria que diante do exemplo dos santos se despertasse em ti o gosto pelo progresso nas virtudes!


 
Imitação de Cristo – Tomás de Kempis.







Nenhum comentário:

Postar um comentário