sexta-feira, 30 de junho de 2017

A morte e ressurreição do papado



Por "Carmelitas Eremitas" 
 

Hoje, irmãos queridos, devemos voltar o nosso coração para a célebre cidade de Roma, sede da Santa Igreja de Cristo, purpurada pelo precioso sangue dos Apóstolos! Entretanto, muito se lamenta que a expressão de sua fé e a luz radiante de sua doutrina, já não seja mais a mesma dos tempos de outrora... (Lam. 1,6) Conforme a palavra de Nosso Senhor que diz: “naqueles dias o sol escurecerá, a lua não dará seu brilho e cairão as estrelas do céu.”(Mt. 24, 29)Que podemos pensar a respeito disso, senão que o Papado seria obscurecido, o brilho da Igreja seria ofuscado e que os bispos cairiam na apostasia!? Sem dúvida, estamos vivendo este tempo de trevas e pavorosa confusão... A visão da parte divulgada do Terceiro Segredo de Fátima nos mostra o Papa sendo morto,com uma grande multidão atrás dele. Muitos interpretam que isso não se trata de um atentado a um determinado Papa, mas seria uma visão simbólica que representa a morte do próprio 

Papado. De fato, qual a necessidade de um Segredo do céu  somente para nos advertir sobre a morte de um Papa??? Se tal tragédia acontecesse, apesar da consternação que isso provocaria, a Igreja não deixaria de perseverar na sua missão, mas poderia até se fortalecer! O próprio São Pedro foi morto e, nem por isso, a Igreja se abalou ... No entanto, a morte do Papado é algo realmente terrível e grave! É preciso estar atento quanto a este aspecto e perceber que a Igreja não necessita de uma figura política que se vista de Papa,ou que administre a Igreja como um diplomata. O verdadeiro múnus Petrino, ou seja, a verdade ira missão do Papa é de condenar os erros e expulsar da Igreja de Cristo aquilo que não seja realmente Católico. Se a Igreja tivesse capacidade de se auto-dirigir ou de se auto-regenerar, Nosso Senhor não teria dito a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas”. (Jo 21). Se a Igreja pudesse acertar sem a presença do Papa, então Cristo não teria dito: “confirma teus irmãos!” (Lc. 22,32) Por isso mesmo, temos tanta necessidade de ouvir o sucessor de Pedro,a quem foi confiada pelo Salvador, a guarda da Vinha. É desta Cátedra de Roma que deve ressoar o anátema aos mestres do erro e do engano (II Pe. 2),relembrando os dogmas eternos e vigiando contra os lobos que ameaçam o rebanho. (At. 20,29) O Papa Pio IX lembrava que “a Igreja, em virtude do poder a ela conferido pelo seu Divino Fundador, não só tem o direito mas, sobretudo,o dever de não tolerar, mas de proscrever e de condenar todos os erros, se
assim requer a integridade da fé e a salvação das almas. (Gravíssimas inter). Portanto,se o Papa deixa de condenar o erro, então, o prejuízo espiritual é incomensurável! Na época em que o Papa Pio VII, vítima de Napoleão,ficou preso na França, houve uma grande corrente de oração por ele, assim como a Igreja rezava incessantemente por Pedro quando Herodes o prendeu (At. 12, 5). Agora, porém, temos uma situação bem diferente, pois estamos numa prisão espiritual! Não só o Papado, mas toda a Igreja com ele... Não é uma questão de saber se temos um bom Papa ou um mal Papa, mas de saber se o poder que domina este mundo ainda nos permite ter realmente um Papa! Estamos no meio daquela noite na qual Pedro dormia entre dois soldados e ligado com duas cadeias. (At. 12, 6) Estes dois soldados são o liberalismo e o comunismo. Essas duas cadeias são aquelas que o impedem de agir e de falar. A narração dos Atos dos Apóstolos diz que o Anjo veio e tocou o lado de Pedro, chamando-o para se levantar. Nisso vemos a identificação de Pedro com Cristo: é morto (dorme),depois é ferido no lado e depois ressuscita! Sentimos, portanto, aquela aflição que Nossa Senhora em Fátima demonstrava aos seus pequeninos, pensando nas terríveis consequências da recusa da humanidade aos seus pedidos... Podemos pensar no alcance dessas palavras: “o Santo Padre terá muito que sofrer”... Quantos Papas terão que sofrer e até quando??? Assim como Nossa Senhora rezou por Pedro naquela ocasião, esperamos que ela receba nossos rosários para que venha logo esta libertação!

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