O Anticristo. Pintura de
Signorelli (entre 1499 e 1502, na capela da Madona de São Brício, Catedral italiana de Orvieto)
Por Damián Galerón*
Introdução
É
possível, e mesmo provável, para alguns seguramente certo, que o texto a seguir
escandalize. Esses assim reagirão por que ignoram. Ignoram as Escrituras, a
Tradição e o Magistério, ao menos acerca do que aqui se trata: [no dizer do Pe.
Leonardo Castellani,
sacerdote-profeta que mereceu um singular elogio do Santo de Pietrelcina] a Esjatologia, assim, com “j”: o estudo das últimas
coisas
[do grego esjatós].
Por
isso, mais que uma nota, optei por introduzir este texto por esta Introdução,
também para justificar
esta postagem intermediária entre a série de postagens sobre a influência
demoníaca na vida atual. Primeiro, porque soube deste vídeo após a postagem de
“Falam os exorcistas – parte I”; segundo, porque parte do que aqui é tratado
está para ocorrer nesta
próxima terça (09); e terceiro, porque um tema está visceralmente ligado ao
outro, uma vez que falar das Bestas da Terra e do Mar (Ap XIII) é falar de seu
“pai”, o Dragão.
Por
isso, o intuito desta Introdução será o de apenas lembrar aos que lerão estas linhas, que o que aqui vai dito
não é [ao menos não deveria ser] surpresa, pois já nos foi avisado há pelo
menos 2000 anos. Na verdade, mais. Mas, da mesma forma como “nos tempos de
Noé...” também aqui muitos não quererão dar ouvidos, por pensar que “consigo não”. O que quero dizer é que
sempre esperamos lamentar a morte do desconhecido, antes que a do vizinho mais
distante, e a deste antes que a do mais próximo; e a deste, antes que a nossa
própria; o que no caso em pauta é o mesmo que dizer que não esperamos os acontecimentos aqui
ventilados como ocorrendo, não amanhã ou depois, mas hoje... mesmo AGORA. E que
a nós também nos atinjam.
É
preciso esclarecer – como tudo hoje em dia – que em momento algum o autor do
texto falará de certezas. Ventilará possibilidades, mas com base em
argumentos, e argumentos nada desprezíveis, especialmente aos que foram
agraciados com o sacramento do Batismo, e sabem o que significa, e tentam
seriamente dele fazer jus.
Por
fim, como falei em Escrituras, Tradição e Magistério, lembro, aos que lerão as linhas a
seguir – e que advirto o fazerem somente se estiverem imbuídos de um entranhado
espírito de piedade, humildade e seriedade para com a Revelação divina – que
não deixem estas palavras serem apenas uma “informação” a mais. As indicações de fontes e leituras
ao final, dentro das possibilidades de cada um, que as procuremos, pois somente
há duas possibilidades, e sendo elas quais forem, sairemos ganhando se não
continuarmos negligenciando a história de nossa salvação, “porque os dias são maus” (Ef V, 16): ou
estamos de fato da iminência dos fatos, ou eles estão
reservados ao futuro... mas um futuro nada distante.
De uma forma ou outra, precisamos, com a premência e
seriedade que exigem, nos debruçar sobre os temas esjatológicos, pois se tratam de PROFECIAS, que
são “lâmpada para os meus pés... e luz para o meu caminho” (Sl CXVIII, 105).
Valendo para os leigos, vale especialmente para os clérigos, que são os
pastores do rebanho, que há muito anda disperso e perdido. Não o digo eu, o dizem as colunas da Igreja: “Não
desprezeis as profecias. Examinai tudo, retém o que for bom...” (1 Tes V, 20s);
“Porque a profecia nunca foi dada pela
vontade dos homens,
mas os homens santos de Deus (é que) falaram inspirados pelo Espirito
Santo.” (2 Pe I, 21); “Bem-aventurado aquele que lê, e ouve as palavras desta
profecia, e observa as coisas que nela estão escritas; porque
o tempo
(da sua realização) está
próximo.”
(Ap I, 3).
Deus, “pela boca de seus profetas”, não bastassem as
Escrituras, como prometido, também nos falou de forma privada, ora pela boca os
Santos, ora pela da “Santa das santas”, a Santíssima Virgem Maria. E como diz
São Vicente Ferrer, apesar de ter dito que ninguém sabe o dia e a hora, não nos escusou de interpretar
[lógico, não segundo o “livre exame” luterano] os sinais dos tempos, chamando aos que não o fazem
“hipócritas”.
Nossa senhora Auxílio dos Cristãos: rogai por nós!
Que viva Cristo Rei!
O tradutor
†
Tradução de Airton Vieira – Há uma notícia que, dada sua natureza
considero de máxima importância dá-la a conhecer e torná-la conhecida de todos. E o tema é o seguinte:
Há umas semanas Jared Kushner, genro do presidente norte-americano Donald Trump, judeu ortodoxo de grande influência em Israel, e também no governo norte-americano, comunicou que Israel, depois das
eleições gerais que se celebrarão no próximo dia 9 de abril, darão a conhecer ao mundo o Plano de Paz do século, e este plano
de paz foi denominado “Plano de Paz e Segurança”. Por favor, atentemos a esta palavra: este plano de paz que
Israel irá apresentar ao mundo se denomina Paz e
Segurança.
Mas nem tudo acaba aqui. Curiosamente em 13 e 14 de fevereiro do
presente ano de 2019, se celebrou na Polônia uma reunião de 62 nações, auspiciada igualmente pelo
presidente norte-americano Donald Trump, para chegar a um acordo de paz no Oriente Médio,
cujo tema se trata de... “paz e segurança”.
A Rússia naturalmente não estava de acordo, então convocou seus
aliados a uma reunião paralela, para também tratar de uma forma concreta de uma paz para o O.M., reunindo seus aliados. Estamos falando
de Irã, Síria e Turquia. Igualmente esse tratado de paz se denomina “Paz e Segurança”.
Estejamos atentos, porque tudo coincide na palavra. O plano de paz que apresentam estas
nações, as grandes potências, é Paz e Segurança.
Pois bem, ante a coincidência de que estas reuniões de caráter
geopolítico, celebradas nos últimos meses, todas elas se denominavam “paz e
segurança”, me deixou completamente alarmado. Qual o
motivo? A questão é que há uma advertência no Evangelho de São Mateus no
capítulo 24, se não me falha a memória, no versículo 32, em que Cristo adverte
que certamente Israel, que é a figueira – quando Cristo fala da figueira está falando de Israel –, que Israel certamente desapareceria
como nação. Isto sucedeu nos anos 70 de nossa era, quando o general Tito, que era
comandante em chefe das legiões romanas no que hoje chamamos de O.M, seguindo
as ordens do imperador Vespasiano, acabou com o povo judeu, de maneira
que os que sobreviveram tiveram de fugir a outros países, a outros lugares do
mundo, na chamada “diáspora judia”.
Pois bem, Cristo assim confirma que Israel seria aniquilado. Mas
curiosamente também disse e advertiu que isto não seria para sempre, mas que
passado os séculos Israel regressaria novamente a sua terra. E efetivamente
assim sucedeu: depois de dois mil anos, concretamente no ano de 1948, em 14
de maio deste ano se forma como Estado de Israel ante a Organização das Nações Unidas, um novo Estado. E
isto foi decretado pela O.N.U, quem estabelece o novo Estado de Israel pelo
decreto resolução 181/1947, de maneira que Israel se converte em um Estado
independente, tendo em conta que havia sido uma nação que havia sido extinta.
Cristo, então, segue dizendo que uma vez que Israel se constitua um Estado independente – que, repito, se forma em 1948 –, terá uma prorrogação de 70 anos.
Cristo fala de uma geração, não diz 70 anos exatamente, porque uma geração bíblica são 70
anos. E diz que cumprido esse prazo começariam a desencadear os acontecimentos
na humanidade. Pois bem, os 70 anos da existência de
Israel se cumpriram em 14 de maio do ano passado, 2018. E é a partir daqui que
se iniciam as razões do alarme de inteirar-me destes acontecimentos que
estamos vivendo. E este alarme é também compartilhado por outros setores, como
o dos judeus messiânicos, com os que tenho
bastante contato, já que um rabino messiânico me disse
que isto é efetivamente assim. Eles estão esperando a chegada de
Cristo... Estas comunidades de judeus messiânicos aceitam a Cristo, e
eles nestes momentos já estão esperando o retorno de Cristo. Isto é muito curioso, deveras curioso.
Paralelamente a estes acontecimentos, há uma carta de São Paulo,
concretamente a primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses, capítulo V,
versículos de 1 ao 4 se não me engano. Ali São Paulo diz textualmente: “'Quanto, porém, ao tempo e ao momento
não tendes necessidade, irmãos, que vos escrevamos... Porque, quando disserem
que há paz e segurança... – repito, porque São Paulo escreve
literalmente: Porque, quando disserem que há paz e segurança então lhes sobrevirá uma destruição repentina... e não escaparão.”
Como não bastasse, paralelo a este documento de São Paulo o
profeta Daniel no capítulo IX adverte que igualmente se fará um acordo de paz entre muitas nações. Daniel afirma literalmente: “E firmará com muitos uma aliança durante uma semana...”, ‘com muitos’ quer dizer, com muitas nações.
Daniel então diz [que] quem assinar esse tratado de paz – porque esse tratado de paz será entre os judeus e os muçulmanos –, quem rubrique esse tratado de paz, será
o momento em que se manifeste no mundo o Filho da perdição.
Atenção, pois se tratam de palavras maiores... isto são palavras,
contudo palavras fiadoras da verdade. Alguém então pode dizer: “Muito bem, de
acordo, mas isso pode ser uma interpretação parcial, tendenciosa desse documento.” Sim,
efetivamente pode ser, porém sucede que a possibilidade de que seja uma
interpretação errônea, ou sectária ou tendenciosa nos apoia em que não é
possível um erro em um fenômeno que a humanidade tem vivido nos últimos anos. Se trata das luas de sangue. Nos últimos cinco anos, isto é,
entre os anos 2014 e 2019, que estamos agora, vivemos 7 eclipses de luas de sangue... Não há um único registro [que se saiba] de 7 luas de sangue em somente quatro
anos. Isto, então, é uma confirmação de que não há possibilidade de estarmos equivocados.
A outra confirmação é a existência dos 70 anos de Israel... em
meio a esse acontecimento político surgiu uma trilogia de luas de sangue. A primeira dessa trilogia se produz
em 31 de janeiro do ano passado, a seguinte em 27 de julho
do ano passado, e a última foi em 21 de janeiro [2019], com a festa de Tu
Bishvat judaica, há um par de meses. No meio,
na metade desta trilogia de luas de sangue Israel cumpriu os 70 anos de
existência... Cristo disse que estes
acontecimentos estariam
acompanhados de sinais na Lua. E estes
sinais só podem ser os eclipses de luas de sangue.
Este plano de paz e segurança que
Israel irá apresentar ao mundo ao longo deste mês de abril, possivelmente maio
também, é o que o profeta Daniel adverte que quem rubrique esse tratado de paz e
segurança – porque São Paulo disse literalmente
“paz e segurança” – esse plano... para o
Oriente Médio, quem rubrique, repito, esse tratado de paz e segurança é esse
personagem – que todavia não sabemos quem é –... se trata
de quem os judeus considerem seu Messias, porém os cristãos o chamam o
Anticristo.
E aqui há que esclarecer algo. Atenção,
por favor, no que vou dizer, porque há demasiada confusão neste tema. Os
evangélicos, por exemplo diziam que João Paulo II era o Anticristo, Paulo VI, e
que os papas eram o
Anticristo, que Ronald Reagan, esse
ou aquele político eram o Anticristo. Sinto,
mas isso tudo são tolices.
Há que ir ao texto original, que é o de São João, em Apocalipse capítulo XIII.
São João disse claramente que o Falso
Profeta surge da terra, e na
simbologia profética apocalíptica a terra simboliza o poder religioso, portanto
São João está afirmando que o Falso Profeta surge da máxima figura religiosa.
Qual é a máxima figura religiosa a nível mundial? Roma, quer dizer, o Papa.
Portanto São João
confirma que o Falso Profeta surge do interior da Igreja Católica. Isto o
confirma também alguns profetas e santos como é o caso do arcebispo de Nova
Iorque Fulton Sheen, que fez um trabalho magistral sobre quem seria o Falso
Profeta.
Fulton Sheen, que
certamente está em processo de beatificação, afirma que dentro da Igreja
Católica surgirá um personagem que conseguirá chegar ao mais alto do poder, ou
seja, a Papa, e este Papa seria o Falso Profeta. Eu confirmo totalmente o que
disse Fulton Sheen, e outros
profetas, porque isto está anunciado em documentos proféticos nos últimos mil
anos.
Mas São João também confirma [que] o
Anticristo surge do mar. O mar,
na simbologia apocalíptica simboliza literalmente o poder político, repito, o poder
político, sim, o mundo político, a corrupção
política, nos tratados das nações, nos presidentes... daí surge o Anticristo. O
Anticristo é um político. E o Falso
Profeta é um Papa. Sinto,
mas isto é assim. E não cedo uma virgula no que estou dizendo. Por isso digo: muita
atenção a este tratado de paz que haverá agora em Israel, porque foi confirmado
pelas reuniões geopolíticas que houveram entre Donald Trump e muitas nações,
Vladimir Putin por outro lado: todos
têm confirmado, curiosamente, a palavra paz e
segurança.
Esta é a reflexão que gostaria de
comunicar, porque estou falando e consultando os documentos. Atenção ao que
vem, atenção ao Plano de Paz e Segurança
que Israel apresentará, porque tudo confirma que este personagem misterioso ao
qual São Paulo chama o Mistério da Iniquidade, este personagem estaria já por
aparecer. Quem é, não o sabemos. Todos sabem que é um
político, mas um político que arrastará o
mundo ao desastre.
São Paulo, então, o repito por
última vez, São Paulo confirma que quando
escutemos falar de paz e segurança, atenção!, porque
em seguida vem o desastre... por isso [há que] “recarregar
as baterias”. Insisto e
peço a todos que são crentes:
preparemo-nos, dediquemos tempo à oração e a que Deus nos dê discernimento,
igual que
entendimento, porque a gente pensa que isto vai se solucionar.. não, não,
não... sabemos todos que isto está se tornando muito complicado, a recessão
econômica é cada vez mais complicada, o sistema
político... em todos os lugares está se complicando cada vez mais.
Atenção! Recarreguemos as baterias
porque isto tudo está sendo posto em marcha, porém, repito uma vez mais:
atenção ao que irá suceder no Oriente Médio com o
plano de paz e segurança que
Israel irá apresentar! Atenção,
porque aí começa tudo...
*
Jornalista católico espanhol, estudioso em
Escatologia.
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Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=X-ynRctBmLQ
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Algumas fontes de
consulta para entender o momento presente:
1) El fin de
los tiempos y siete autores modernos – de
Alfredo Sáenz, S.J (com possível
publicação em português para breve.
Caso contrário, o disponibilizarei até o final do mês em versão PDF)
2) Os
Sermões de São Vicente Ferrer sobre o Juízo Final e o Anticristo. Editora
Martyria. Pedidos pelo site: http://loja.cursoscatolicos.com.br/http://loja.cursoscatolicos.com.br/
3) A época
presente como provavelmente a última do mundo, de S.
Antônio Maria Claret. Pedidos pelo site acima ou em contato com este tradutor.
4) Mãe de
Deus e Nossa Mãe –
Fátima, Amsterdam e Garabandal, de
Santiago Lanús. PDF em
contato com este tradutor.
5) O
Anticristo nos Padres da Igreja. PDF pela
internet ou em contato com este tradutor.
6) Quatro Sermões sobre o Anticristo, do
Cardeal John Henry Newman. Ed. O Boi mudo.
·
Comentários patrísticos sobre o
Anticristo. PDF pela internet ou em contato com este
tradutor.
7)
[3] A propósito ver O fim dos tempos e a vinda do Anticristo
segundo Fulton Sheen. Em: <https://www.ofielcatolico.com.br/2009/01/o-fim-dos-tempos-e-vinda-do-anticristo.html>.
Acesso em 07 abr. 2019.
Mas antes do último dia não deve vir os castigos de fatima ? Oq acha
ResponderExcluirBom dia Lucas.
ResponderExcluirPrimeiramente haveria que matizar o que quer dizer exatamente com o termo "último dia". Suponhamos que esteja se referindo à Parusia (Segunda Vinda de Cristo), os castigos anunciados, não só em Fátima como em diversas revelações privadas (aparições, locuções etc), certamente têm de vir antes. Se encaixam, segundo alguns exegetas atuais, no período do reinado do Anticristo, de sete anos cronológicos, dos quais a segunda metade (3 1/2) será a da Grande Tribulação prevista por São Paulo (2 Tes II) e pelo Apocalipse (XIX, 19) antes já por N.S.J.C (Mt XXIV), e mesmo pelos profetas antigos como, por exemplo Joel, Habacuc, Daniel, Jeremias, Isaías etc.
O mesmo autor, Damián Galerón, em outros vídeos no youtube - que recomendo - nos dirá que de fato estamos já "às portas", nos apresentando uma pequena cronologia de fatos que irão suceder ainda este ano a começar pela (muito mais próxima que distante) morte (a palavra tecnicamente correta seria assassinato, ou se preferir, martírio) do Papa Bento XVI.
De toda forma, como aponta todo o texto: estejamos atentos! Em termos bíblicos: "com as lâmpadas acesas"!
Que Deus nos colha bem confessados.
Em Cristo Jesus e Maria Santíssima!