Roma de Sempre
No século XVI, o heresiarca alemão Martinho Lutero se rebela contra a Igreja passando a contestar
sua legítima autoridade e promove a “Reforma” Protestante (o termo dissidência
seria mais adequado), baseado em dois erros grosseiros que viria a dividir a Cristandade: O livre exame da bíblia e a sola
scriptura.
Pelo livre exame, Lutero entendia que a bíblia deve ser
examinada e entendida por cada pessoa e o Espírito Santo a guiaria
espiritualmente independente da autoridade da Igreja.
O resultado dessa heresia está diante de todos até os dias
atuais: a propagação de milhares de seitas, erroneamente chamadas de igrejas. O
livre exame pregado por Lutero é um escândalo doutrinal, pois, se cada um pode
examinar as Sagradas Escrituras e tirar conclusões pessoais, todos podemos
então fundar uma seita baseada no que entendemos, e o que é mais perigoso; se
cada um entende de forma diferente, Deus não é mais um Ser soberano, agora
passa a ser um deus cujo ensinamento passou a ficar submisso a vontade de cada
um, um deus que será entendido de acordo com os nossas aspirações. A
contradição é imensa entre as milhares de seitas, pois, se, para os
protestantes a bíblia é a única autoridade e não a Igreja, então porque eles
fundam “igrejas”?
Na doutrina do livre-exame Lutero semeia dois frutos que corroem o homem até os
dias atuais: a emancipação do homem perante Deus, responsável pelo surgimento
do ateísmo que por sua vez geraria inúmeras perseguições contra a Igreja,
matando milhares de católicos através de movimentos anti-cristãos como a Revolução
Francesa e o comunismo (a perseguição religiosa que ceifou milhares de vidas de
católicos por esses dois movimentos assassinos e fundamentalistas ateus, são negligenciados pelos nossos professores
em nossas escolas e universidades, muitos desses professores, senão quase
todos, simpatizantes desses ideais revolucionários). O outro ponto é a negação
da objetividade da verdade, tudo passa a ser subjetivo, cada um tem a sua
“verdade” e todos estão certos e tem o direito de professá-las ainda que
contraditórias.
Mas a tática que satanás usa para enganar essas pessoas é tão forte que eles nem sequer se dão conta que o princípio do livre exame que fundamenta o protestantismo, é condenado pela própria Bíblia que eles dizem seguir, pois, a Bíblia proclama sem subjetivismo: “ Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal (2 Pd 1,20).
Notemos que a própria Bíblia deixa sem margem de dúvidas que
ela por si só não tem autoridade sobre ninguém. Se na própria bíblia está a
condenação do princípio herético do protestantismo, fica sub-entendido que
existe uma autoridade que a interprete, quem será?
A resposta é clara e também vem das Escrituras
na carta de São Paulo a Timóteo: ” ...
que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade” ( 1Tm 3,15).
A Igreja de Deus vivo é a Igreja fundada por Nosso Senhor
que tem o Papa como seu sinal visível e sucessor legítimo de São Pedro, a
fundação da Igreja de Deus está no evangelho de São Mateus 16,18 onde Cristo
não só nomeia o primeiro Papa como promete que a Igreja jamais perecerá “
contra ela as portas do inferno não prevalecerão”.
A rebelião Luterana não foi só contra a Igreja,mas também
contra Cristo e contra Deus, negando também a autoridade do Papa e a sucessão
apostólica, a autoridade do Vigário de Cristo é bem nítida também em Hebreus
5,1: “ Em verdade todo pontífice é escolhido entre os homens a favor dos homens
como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus, para oferecer dons e
sacrifícios pelos pecados. Sabe compadecer-se dos que estão na ignorância e no
erro, porque também está cercado de fraqueza. Por isso, ele deve tanto oferecer
sacrifícios pelos próprios pecados quanto pelos pecados do povo. Ninguém se
apropria dessa honra, senão somente aquele que é chamado por Deus, como Aarão.
Baseado nisso chagamos a conclusão lógica que o segundo
erro, o da sola scriptura (só a bíblia é
a fonte de autoridade), não tem fundamento nenhum nem na própria Bíblia.
Que Nossa Senhora nos guarde das heresias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário