Diante da destruição que o mundo e seus “filósofos” provocam
na inteligência das pessoas, é necessário mostrar Nosso Senhor como redentor do
gênero humano.
Atualmente vemos em todos os ambientes a tentativa de
ofuscar a realeza de Jesus, apresentando-o como mais um mestre entre muitos e
não como Deus que se fez Homem e se sacrificou para livrar o homem do julgo do
demônio. A forma que o mundo usa para ofuscar a Verdade que Cristo é Deus, é, colocando-o no mesmo nível que outros “líderes
espirituais” ; Maomé, krishna, Gandhi, Kardec, Buda etc. afirmando que todos são
igualmente bons. Mas Nosso Senhor nos avisou que o demônio é o príncipe deste
mundo e que não tem parte com ele (Jo 14,30) e que este príncipe suscitaria
falsos profetas e enganaria a muitos: “Guardai-vos dos falsos profetas. Ele vêm à
vós disfarsados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores” .
Dizer que cada um tem a sua “verdade” e repetir essa mentira
à exaustão, é uma tática que o mundo usa para ofuscar a inteligência humana,
provocando nela o indiferentismo religioso e a confusão que a afasta da Verdade
que é Cristo e Sua Igreja que ele deixou para dar sequencia à evangelização da
humanidade.
Confessar que Jesus Cristo é o filho único de Deus e Nosso
Senhor, encontra o gênero humano imensas e admiráveis vantagens, consoante o
testemunho de São João: “Quem confessa que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus
permanece nele, e ele permanece em Deus”(Jo 4,15).
Prova-o também a palavra de Cristo Nosso Senhor, quando
proclamava a bem aventurança do príncipe dos apóstolos: “Bem-aventurado és tu,
Simão, filho de Jonas, pois não foi a carne nem o sangue que te revelou, mas
antes Meu Pai que está nos céus” (Mt 16,17).
Realmente, esta fé e esta profissão constituem a base mais
sólida para nosso resgate e salvação.
Adão apartou-se da obediência devida a Deus, quando violou a
proibição: “ de todas as árvores d o Paraíso poderás comer, mas não comas da
árvore da ciência do bem e do mal. No dia em que comerdes, morrerás de
morte”(Gn 2 16,17).
Ele caiu no maior dos infortúnios, perdendo a santidade e
justiça em que fora constituído, ficando sujeito a outros males.
Uma vez decaído de tão alta dignidade, nada podia levantar o
gênero humano e reintegrá-lo no estado positivo, nem as forças humanas, nem as
forças angélicas.
Em vista de tal ruína e desgraça, não restava, pois, outro
remédio, senão o infinito poder com que o Filho de Deus, assumindo a fraqueza
de nossa carne, devia destruir a infinita malícia do pecado, e pelo seu Sangue
reconciliar-nos com Deus.
A promessa da
redenção. Ora, crer na Redenção e o professá-la sempre foram condições
necessárias para a salvação dos homens. Assim que Deus o ensinou, desde o início da Revelação.
No mesmo instante que condenava o gênero humano,
imediatamente após o pecado, Deus fez nascer a esperança de resgate, pelas
próprias palavras com que anunciou ao demônio a dura derrota que lhe resultaria
da libertação dos homens: “porei inimizades entre ti e a mulher, entre a
tua raça e a sua descendência. Esmagará
ela a tua cabeça, e tu armarás traições ao seu calcanhar” (Gn 3,15).
Abraão, na hora em que ia imolar Isaac, seu filho único, por
obediência a Deus, veio a ter revelações mais explícitas.
Deus, com efeito, lhe dissera: “Porque assim procedeste, a
ponto de não poupar teu filho único, Eu te abençoarei, e multiplicarei sua
descendência como as estrelas do céu, e como a areia que jaz nas praias do mar.
Tua geração possuirá as cidades de teus inimigos, e em tua raça serão
abençoados todos os povos da terra, porque obedecestes à minha voz (Gn
22,16-17).
Estas palavras mostra que Deus havia de livrar todos os
homens da tirania de Satanás, e trazer-lhe a salvação. Ora, (O Libertador prometido)
devia ser também filho de Deus, ainda que fosse, como homem, gerado do sangue
de Abraão. O Senhor reafirmou a mesma aliança com Jacó, neto de Abraão.
Na ocasião de ver, durante o sono, uma escada firmada na
terra, mas com a ponta a tocar no céu; e, vendo também os Anjos de Deus que por
ela subiam e desciam, como afirma a escritura, - Jacó ouviu ao mesmo tempo a
voz do Senhor que, apoiado na escada, lhe dizia: “Eu sou o Senhor, Deus de teu
pai Abraão, e Deus de Isaac. Dar-te-ei, a ti a tua posteridade, a terra com que
estás dormindo. E tua geração será como o pó da terra. Hás de estender-te para
o Oriente e o Ocidente, para o Setentrião eo Meio-dia. Em ti e na tua geração
serão abençoados todas as tribos da terra (Gn 28 12-14).
Os profetas cujo espírito era aclarado por uma luz
celestial, falavam diante do povo, e anunciavam-lhe o nascimento do filho de
Deus, as obras admiráveis que havia de praticar depois de Sua Encarnação, Sua
doutrina, Seus costumes, Seu trato, Sua
Morte e ressurreição, e outros mistérios (Is 7,44; 8,3; 9,6; 11,13 e 53
todo).
O nome Jesus. Jesus é o nome próprio d’Aquele que é Deus e
homem ao mesmo tempo. Significa “Salvador”. Não Lhe foi posto casualmente, por
escolha e vontade dos homens, mas por ordem e intenção de Deus.
Assim o declarou o Anjo Gabriel a Maria, Sua Mãe: “Eis que
conceberás em teu seio, e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus”
(Lc 1,31).
Verdade é que, nas Escrituras, se nos deparam muitas pessoas
com esse mesmo nome. Assim se chamava o filho de Navé ( Josué ou Jesus) que
sucedeu a Moisés; teve o privilégio, negado a seu antecessor, de levar à Terra
de Promissão o povo que o mesmo Moisés havia arrancado do cativeiro do Egito.
Assim se chamava o filho de Josedec, sumo-sacerdote (Eclo 49,14). Nessas pessoas
não vemos senão uma figura de Cristo Nosso Senhor, que de tantos benefícios
cumulou o gênero humano, como foi explicado.
Ao nome de Jesus também se acrescentou o apelido de
“Cristo”, cuja significação é “Ungido”. Serve para honrar a dignidade de seu ministério.
Não é próprio de uma só categoria, mas é uma designação comum de várias funções
como também na antiguidade eram “Cristos”, sacerdotes, profetas e reis.
Ora, quando veio a este mundo, Nosso Salvador Jesus Cristo
tomou sobre Si o tríplice encargo e função de profeta, de sacerdote e rei. Por
esse motivo é que foi chamado “Cristo”, e ungido para o desempenho daqueles
ministérios. Não o foi com uma unção de óleo terrestre, mas de óleo espiritual,
quando em Sua Alma santíssima se derramaram a graça, a plenitude e os dons do
Espírito Santo, em tal superabundância que nenhuma outra a poderia jamais
comportar.
Como sumo profeta. Jesus
Cristo foi o Profeta e mestre supremo que nos ensinou a vontade de Deus, e cuja
doutrina fez o mundo conhecer o Pai Celestial.
Eterno Sacerdote. Cristo
foi também sacerdote, não na ordem pela qual na Antiga Lei os sacerdotes
procediam da tribo de Levi, mas por aquele que o profeta Davi exaltou em seu
vaticínio: “ Vós sois sacerdotes eternamente, segundo a ordem de Melquisedec”
(Sl 109,4). Na epístola aos Hebreus, o Apóstolo explana detidamente o fundo
desta passagem (Hb 5,5).
Rei Universal. Reconhecemos
igualmente, que Cristo é Rei, não só como Deus, mas também enquanto homem,
participante de nossa natureza. De Sua dignidade real disse o anjo: “ Há de
reinar eternamente na casa de Jacó, e Seu reino não terá fim” (Lc 1,32).
Esse Reino de Cristo é espiritual e eterno. Começa na terra,
e consuma-se no céu. É com admirável providência que Cristo presta os ofícios
de Rei à Sua Igreja. Ele a governa; defende-a dos ataques e embuste do
inimigo; prescreve-lhe leis; comunica-lhe santidade e justiça; proporciona-lhe,
ainda por cima, força e meios de perseverar.
Nos limites deste reino existe bons e maus. Por direito,
fazem parte dele todos os homens. No entanto, aqueles que levam uma vida pura e
santa, segundo os Seus Mandamentos, chegam a sentir, mais do que os outros, a
suma bondade e benevolência de nosso Rei.
Este Reino, porém, não lhe foi adjudicado por direito de
herança e sucessão humana, ainda que Cristo descendesse dos reis mais ilustres.
Era Rei, porque Deus reuniu em Sua humanidade tudo o que a natureza humana
podia comportar de poder, grandeza e dignidade. Entregou-Lhe, portanto, o
governo do mundo inteiro. E Cristo já começou a dominar, mas só no dia do Juízo
é que todas as coisas se curvarão plena e incondicionalmente, à Sua autoridade.
Catecismo Romano. Os 3 primeiros capítulos foi uma introdução feita pelo blog.
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