segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Cristo: o redentor dos homens


Diante da destruição que o mundo e seus “filósofos” provocam na inteligência das pessoas, é necessário mostrar Nosso Senhor como redentor do gênero humano.

Atualmente vemos em todos os ambientes a tentativa de ofuscar a realeza de Jesus, apresentando-o como mais um mestre entre muitos e não como Deus que se fez Homem e se sacrificou para livrar o homem do julgo do demônio. A forma que o mundo usa para ofuscar a Verdade que Cristo é Deus, é,  colocando-o no mesmo nível que outros “líderes espirituais” ; Maomé, krishna, Gandhi, Kardec, Buda etc. afirmando que todos são igualmente bons. Mas Nosso Senhor nos avisou que o demônio é o príncipe deste mundo e que não tem parte com ele (Jo 14,30) e que este príncipe suscitaria falsos profetas e enganaria a muitos: “Guardai-vos dos falsos profetas. Ele vêm à vós disfarsados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores” .

Dizer que cada um tem a sua “verdade” e repetir essa mentira à exaustão, é uma tática que o mundo usa para ofuscar a inteligência humana, provocando nela o indiferentismo religioso e a confusão que a afasta da Verdade que é Cristo e Sua Igreja que ele deixou para dar sequencia à evangelização da humanidade.

Confessar que Jesus Cristo é o filho único de Deus e Nosso Senhor, encontra o gênero humano imensas e admiráveis vantagens, consoante o testemunho de São João: “Quem confessa que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele permanece em Deus”(Jo 4,15).

Prova-o também a palavra de Cristo Nosso Senhor, quando proclamava a bem aventurança do príncipe dos apóstolos: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, pois não foi a carne nem o sangue que te revelou, mas antes Meu Pai que está nos céus” (Mt 16,17).

Realmente, esta fé e esta profissão constituem a base mais sólida para nosso resgate e salvação.

Adão apartou-se da obediência devida a Deus, quando violou a proibição: “ de todas as árvores d o Paraíso poderás comer, mas não comas da árvore da ciência do bem e do mal. No dia em que comerdes, morrerás de morte”(Gn 2 16,17).

Ele caiu no maior dos infortúnios, perdendo a santidade e justiça em que fora constituído, ficando sujeito a outros males.

Uma vez decaído de tão alta dignidade, nada podia levantar o gênero humano e reintegrá-lo no estado positivo, nem as forças humanas, nem as forças angélicas.

Em vista de tal ruína e desgraça, não restava, pois, outro remédio, senão o infinito poder com que o Filho de Deus, assumindo a fraqueza de nossa carne, devia destruir a infinita malícia do pecado, e pelo seu Sangue reconciliar-nos com Deus.

A promessa da redenção. Ora, crer na Redenção e o professá-la sempre foram condições necessárias para a salvação dos homens. Assim que Deus  o ensinou, desde o início da Revelação.

No mesmo instante que condenava o gênero humano, imediatamente após o pecado, Deus fez nascer a esperança de resgate, pelas próprias palavras com que anunciou ao demônio a dura derrota que lhe resultaria da libertação dos homens: “porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua  raça e a sua descendência. Esmagará ela a tua cabeça, e tu armarás traições ao seu calcanhar” (Gn 3,15).

Abraão, na hora em que ia imolar Isaac, seu filho único, por obediência a Deus, veio a ter revelações mais explícitas.

Deus, com efeito, lhe dissera: “Porque assim procedeste, a ponto de não poupar teu filho único, Eu te abençoarei, e multiplicarei sua descendência como as estrelas do céu, e como a areia que jaz nas praias do mar. Tua geração possuirá as cidades de teus inimigos, e em tua raça serão abençoados todos os povos da terra, porque obedecestes à minha voz (Gn 22,16-17).

Estas palavras mostra que Deus havia de livrar todos os homens da tirania de Satanás, e trazer-lhe a salvação. Ora, (O Libertador prometido) devia ser também filho de Deus, ainda que fosse, como homem, gerado do sangue de Abraão. O Senhor reafirmou a mesma aliança com Jacó, neto de Abraão.
Na ocasião de ver, durante o sono, uma escada firmada na terra, mas com a ponta a tocar no céu; e, vendo também os Anjos de Deus que por ela subiam e desciam, como afirma a escritura, - Jacó ouviu ao mesmo tempo a voz do Senhor que, apoiado na escada, lhe dizia: “Eu sou o Senhor, Deus de teu pai Abraão, e Deus de Isaac. Dar-te-ei, a ti a tua posteridade, a terra com que estás dormindo. E tua geração será como o pó da terra. Hás de estender-te para o Oriente e o Ocidente, para o Setentrião eo Meio-dia. Em ti e na tua geração serão abençoados todas as tribos da terra (Gn 28 12-14).

Os profetas cujo espírito era aclarado por uma luz celestial, falavam diante do povo, e anunciavam-lhe o nascimento do filho de Deus, as obras admiráveis que havia de praticar depois de Sua Encarnação, Sua doutrina, Seus costumes, Seu trato, Sua  Morte e ressurreição, e outros mistérios (Is 7,44; 8,3; 9,6; 11,13 e 53 todo).

O nome Jesus.  Jesus é o nome próprio d’Aquele que é Deus e homem ao mesmo tempo. Significa “Salvador”. Não Lhe foi posto casualmente, por escolha e vontade dos homens, mas por ordem e intenção de Deus.

Assim o declarou o Anjo Gabriel a Maria, Sua Mãe: “Eis que conceberás em teu seio, e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus” (Lc 1,31).

Verdade é que, nas Escrituras, se nos deparam muitas pessoas com esse mesmo nome. Assim se chamava o filho de Navé ( Josué ou Jesus) que sucedeu a Moisés; teve o privilégio, negado a seu antecessor, de levar à Terra de Promissão o povo que o mesmo Moisés havia arrancado do cativeiro do Egito. Assim se chamava o filho de Josedec, sumo-sacerdote (Eclo 49,14). Nessas pessoas não vemos senão uma figura de Cristo Nosso Senhor, que de tantos benefícios cumulou o gênero humano, como foi explicado.

Ao nome de Jesus também se acrescentou o apelido de “Cristo”, cuja significação é “Ungido”. Serve para honrar a dignidade de seu ministério. Não é próprio de uma só categoria, mas é uma designação comum de várias funções como também na antiguidade eram “Cristos”, sacerdotes, profetas e reis.

Ora, quando veio a este mundo, Nosso Salvador Jesus Cristo tomou sobre Si o tríplice encargo e função de profeta, de sacerdote e rei. Por esse motivo é que foi chamado “Cristo”, e ungido para o desempenho daqueles ministérios. Não o foi com uma unção de óleo terrestre, mas de óleo espiritual, quando em Sua Alma santíssima se derramaram a graça, a plenitude e os dons do Espírito Santo, em tal superabundância que nenhuma outra a poderia jamais comportar.

Como sumo profeta. Jesus Cristo foi o Profeta e mestre supremo que nos ensinou a vontade de Deus, e cuja doutrina fez o mundo conhecer o Pai Celestial.

Eterno Sacerdote. Cristo foi também sacerdote, não na ordem pela qual na Antiga Lei os sacerdotes procediam da tribo de Levi, mas por aquele que o profeta Davi exaltou em seu vaticínio: “ Vós sois sacerdotes eternamente, segundo a ordem de Melquisedec” (Sl 109,4). Na epístola aos Hebreus, o Apóstolo explana detidamente o fundo desta passagem (Hb 5,5).

Rei Universal. Reconhecemos igualmente, que Cristo é Rei, não só como Deus, mas também enquanto homem, participante de nossa natureza. De Sua dignidade real disse o anjo: “ Há de reinar eternamente na casa de Jacó, e Seu reino não terá fim” (Lc 1,32).

Esse Reino de Cristo é espiritual e eterno. Começa na terra, e consuma-se no céu. É com admirável providência que Cristo presta os ofícios de Rei à Sua Igreja. Ele a governa; defende-a dos ataques e embuste do inimigo; prescreve-lhe leis; comunica-lhe santidade e justiça; proporciona-lhe, ainda por cima, força e meios de perseverar.

Nos limites deste reino existe bons e maus. Por direito, fazem parte dele todos os homens. No entanto, aqueles que levam uma vida pura e santa, segundo os Seus Mandamentos, chegam a sentir, mais do que os outros, a suma bondade e benevolência de nosso Rei.

Este Reino, porém, não lhe foi adjudicado por direito de herança e sucessão humana, ainda que Cristo descendesse dos reis mais ilustres. Era Rei, porque Deus reuniu em Sua humanidade tudo o que a natureza humana podia comportar de poder, grandeza e dignidade. Entregou-Lhe, portanto, o governo do mundo inteiro. E Cristo já começou a dominar, mas só no dia do Juízo é que todas as coisas se curvarão plena e incondicionalmente, à Sua autoridade.
Catecismo Romano. Os 3 primeiros capítulos foi uma introdução feita pelo blog.

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