segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Geração adúltera recebe o sinal de Jonas

Uma geração má e adúltera pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas” (Mt 12, 39). As palavras de Jesus dirigidas aos fariseus e os escribas vêm à mente, com um significado tragicamente presente na destruição de um dos símbolos do Islmismo xiita, a mesquita de Jonas, na colina de Al Tauba, em Mosul, construída em torno do que, segundo a tradição, foi o túmulo do profeta.


TEMPI
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Recordando a história de Jonas, Jesus conta a grandeza da misericórdia de Deus para aqueles que não tinham nenhum desejo de ouvi-Lo: Nínive tinha escutado, tinha si convertido e não foi destruida graças a pregação do profeta, que, inicialmente teve resistência em cumprir sua missão; os fariseus e os escribas são comparados com os pagãos de Nínive, uma vez que eles se recusam a ouvir a pregação do maior dos profetas, e reivindicavam uma manifestação tangível de poder terreno.

Dois mil anos depois, o profeta Jonas foi um sinal associado igualmente de forma explícita e terrível. Mais uma vez é um sinal de destruição - não foi evitado, como em Nínive, mas realizado - que afeta um símbolo da fé cristã, ao mesmo tempo lembrado pelo Corão.Um "sinal" que passou por um tempo na mídia por algumas horas e na coluna de notícias de cada jornal no dia seguinte à explosão; depois; nada mais. Um pouco mais que nada, são as informações e sensibilidade sobre o êxodo forçado e sangrento de cristãos de Mosul nos territórios "liberados" pelo Isil no Iraque, na Síria e, em seguida, Egito e Nigéria.

Em um estudo publicado em setembro de 2004 na reveista americana Commentary - traduzido e publicado no Il Foglio - Norman Podhoretz, um expoente dos neocons, informava que - desde 1979, 52 diplomatas foram tomados como reféns na embaixada dos EUA em Teerã por "estudantes" iranianos - a incrível série de atentados contra cidadãos americanos, não tinham qualquer tipo de resposta por parte do governo federal dos EUA. Ele lembrou, em particular, a convicção de  Osama bin Laden poder  atacar de forma tão devastadora o território americano em 11 de setembro de 2001, amadureceu por ter observado a atitude que as várias administrações de Washington tinha realizado após os ataques sofridos por qualquer militar ou civis dos EUA no exterior. No Líbano, em 1983, quando centenas da marinha pereceram sob os escombros de um quartel nas mãos do Hezbollah; na Somália, em 1993, após a morte de soldados em uma missão de paz.


No Irã, Líbano e Somália, o terrorismo islâmico tinha testado o "inimigo"; no 11 de setembro de 2001 atacou-o, convencido de que dia fazer, foi o coroamento de uma estratégia que tem sua própria lógica, ainda que criminosa.


Mudando o que precisa ser mudado, o discurso para as comunidades cristãs que hoje são expulsas de suas terras são idênticas. A falta de interesse por parte da Europa e do Ocidente é que permite a multiplicação dos ataques contra eles próprios. É a indiferença que causa a morte: por isso a "geração" do século inaugurado pela queda das Torres Gêmeas merece o título de má e adúltera”.


Mais uma vez, o “sinal de Jonas” - neste caso, as ruínas de seu túmulo - adverte que se afastar da outra parte é equivalente a arrasar as raízes da fé, do povo e da civilização; enquanto a experiência de quem já ouviu falar, mesmo no último momento possível, assegura que observar o "sinal" nunca é em vão.







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