Luciana Genro do PSOL, sigla que significa ironicamente, Partido do Socialismo e... "Liberdade"
Na
esteira da polêmica criada pela Luciana Genro ao dizer a Danilo Gentili
que ele precisa estudar mais, o analista político Flavio Morgenstern escreveu
uma carta aberta à candidata, explicando que estudou o socialismo e discorda
dos pontos de vista defendidos por ela.
Morgenstern
conclui com uma provocação: “espero ter
mostrado à senhora que, estudando, as pessoas deixam de ser de esquerda, e
não o contrário. Que não somos liberais e/ou conservadores por sermos malvados,
e sim por sabermos algo que vocês não sabem”.
Abaixo;
trechos da carta
Luciana Genro, candidata do icônico PSOL à
presidência, com menos de 1% das intenções de voto, foi entrevistada no
programa The Noite, apresentado por Danilo Gentili.
Genro foi perguntada por Gentili e por Roger e Bacalhau, da banda Ultraje a Rigor, sobre a questão do socialismo defendido por Luciana. Roger afirmou que as experiências socialistas “já mataram mais de 80 milhões de pessoas no mundo”, e Luciana obtemperou: “Não! Não seguiam. Coitado do Marx! Ele se revirara na tumba cada vez que falavam o nome dele”. Danilo rebateu: “Que homem horrível para se comunicar então, não acertou uma…”
O caldo engrossou mesmo e ganhou destaque absoluto por mais de 24 horas nas redes sociais quando Luciana quis afirmar que Danilo Gentili, que morava numa periferia pobre em Santo André, não aceita o totalitarismo socialista por ser rico, e que é o capitalismo que gera misérias como o Holodomor: “Só acha que sim porque tu tá em uma situação privilegiada. Se tu tivesse na ocupação que visitei hoje, morando em um barraco, tu ia achar que ele fracassou também”, completou. Danilo afirmou: “Eu ia é estar sendo fuzilado se fosse comunista!”.
A “resposta” da candidata presidencial, que não parece
conviver muito bem com a ideia de que alguém sob sua jurisdição não aceite a
religião socialista, foi tergiversante e agressiva: “Isso não é comunismo,
Danilo. Se tu estudasse um pouco mais ia
conhecer o assunto”, fuzilou (um site que comentou a quizomba e afirmou o
tempo todo que “Luciana teve que se impor para desmentir as informações
equivocadas” cometeu o ato falho de descrever que neste momento Genro
“disparou”).
O socialismo real seria lindo, tudo seria perfeito, seria uma espécie de Paraíso muçulmano sem precisar expor a rabadilha na direção oposta a Meca 3 vezes por dia. O problema é que o socialismo real é o socialismo que é, ehrr, real: o que existiu seguindo os preceitos de Karl Marx na União Soviética e depois na China ou no Zimbábue, em Cuba ou no Afeganistão, gerando sempre a mesma miséria.
Mas segundo Luciana Genro, “se estudássemos um
pouco mais, íamos (sic) conhecer o assunto”. Pois bem, cara Luciana Genro,
engraçado você falar isso. Porque não tem assunto que tenha estudado mais nos
últimos tempos e nessas greves intermináveis na USP promovidas pelo seu partido
do que o socialismo. Talvez seja a hora de a senhora estudar um pouco mais o
assunto com quem gostaria de estudar tragédia grega, mas é forçado a estudar
comunismo para conseguir enfrentar grevistas
comunistas do seu partido trancando portas autoritariamente.
Estudando socialismo-comunismo: um guia para Luciana Genro
É algo perigoso, cara Luciana Genro: não canso de afirmar, sem nunca ser rebatido com um único exemplo, que só existem pessoas que eram socialistas, ou mesmo apenas de esquerda por que nunca leram gente crítica dessas ideias – e exatamente por isso, crê que não se é socialista/esquerdista apenas por, como a senhora crê religiosamente ao falar de Danilo Gentili, que são ricos com medo de perder “privilégios” – esquecendo-se de que Danilo Gentili e tantos outros eram pobres de marré de si e ascenderam na vida, ao contrário da senhora, que foi bem nascida e continua rica.
Pelo contrário: estudiosos do socialismo e da esquerda abundam, e são todos críticos. Pior: a maior parte deles eram como a senhora: de esquerda, mas tentaram aprender mais sobre essa esquerda. CATAPIMBA! No decorrer dos estudos, viraram todos críticos mordazes do comunismo e da esquerda.
Eric Voegelin, talvez o maior filósofo do séc. XX,
passou fome para estudar, tinha as unhas amareladas e mal feitas, fumava
charutos mata-rato. Mas foi duvidando de que o motor da história é a “luta de
classes” (nunca existiu em lugar nenhum do mundo, e mesmo na Revolução
Francesa, onde parece ter “eclodido”, foi forçada e obra da burguesia, como
revela François Guizot, o maior estudioso da Revolução) que Eric Voegelin
começou a engastar no cânone sua estupenda filosofia, onde teve de estudar dos
hieróglifos egípcios até as novidades da psicologia e da linguística para
formar um todo coerente.
E que tal Eric Hoffer, talvez o maior crítico dos movimentos de massa do mundo que seu partido tanto fomenta (na verdade, a senhora bem sabe que o PSOL não tem outra função além de fazer mobilizações de rua, já que o que mais conseguem em eleições é tomar nosso dinheiro para o fundo partidário, né?), junto a Ortega y Gasset? Estivador, dormia em estações de trem e teve como trabalho mais limpo ser garçom num porto. Auto-didata, estudava de noite obras que iam dos grandes clássicos da teoria política desde a Antiguidade pré-clássica até relatos sobre a China da revolução maoísta recém-inaugurada. Como Voegelin, e como todos os críticos do socialismo, odiava o socialismo e sua vertente nacional-socialista.
Talvez você não saiba porque tu precise estudar um
pouco sobre o assunto, Luciana Genro, mas foi Adolf Hitler que disse que “se nós somos socialistas, nós
precisamos ser antissemitas. Como, sendo um socialista, você pode não ser antissemita?”,
como está na capa do livro The Lost Literature of Socialism, de George Watson,
que aparentemente a senhora não estudou.
O caminho
inverso nunca foi trilhado: nunca
houve quem estudasse críticos da esquerda e do socialismo e concluísse: “poxa,
o melhor é ser de esquerda!”.
Isto não é revelador tanto do motivo de seu medo –
temos melhores argumentos – quanto do método da esquerda, que é sempre a força, a proibição, a coação (quando
não pode usar os dois primeiros) e a
busca de uma hegemonia de pensamento único?
Não são vocês os “socialistas científicos” contra os “utópicos”?
É um clichê muito típico afirmar que o “socialismo real” não é o socialismo que vocês, socialistas, pregam. É o mesmo que um nazista afirmando que o nazismo “real” é ruim, portanto ele, sim, que é um verdadeiro nazista. A falácia do “escocês verdadeiro”.
É uma inversão típica: o socialismo real é o que acontece na realidade. Como levar a sério algo que só consegue ser defendido no terreno puro das ideias platônicas, sem nenhum contato com a realidade, hagiograficamente virginal a qualquer aplicação? Não é melhor então votar em pastores evangélicos, místicos ou cartomantes do que em socialistas? Certamente acertam muito mais.
A senhora diz que Marx foi “deturpado”. Ora, a experiência real garante que, na União Soviética, Marx deturpa você. Mesmo admitindo que fosse assim, quer dizer que Lenin traiu Marx? Que pena, deu azar. Aí veio Stalin! E Stalin também traiu Marx? Caramba, coincidência. Mas com Mao daria certo! De novo deturpou? Poxa vida, estamos mesmo azarados. Vamos tentar na Coréia do Norte com Kim Il-sung! Mais uma vez? Que tal na Romênia com Ceaușescu? Cuba com Che e Fidel? Vietnã com Ho Chi Minh? Alemanha Oriental com Walter Ulbricht? Zimbábue com Robert Mugabe? Iraque com Saddam Hussein? Camboja com Pol-Pot? Afeganistão com Muhammad Taraki? Venezuela com Chávez? Uganda com Idi Amin? Albânia com Enver Hoxha, o cara que proibiu até a barba? Etiópia com Mengistu Haile Mariam? Bengala Ocidental com Jyoti Basu? Sérvia e Iugoslávia com Slobodan Milošević, o cara que fez a “limpeza étnica” mais brutal da Europa pós-Hitler, para vocês que juram que nacional-socialismo nada tem a ver com socialismo? TODOS ELES deturparam Marx, só vocês do PSOL sabem o que é marxismo de verdade?!
A senhora andaria num modelo de avião que caiu nas 100 vezes em que tentou levantar voo, se alguém garantisse que agora vai, candidata? E nem comento da sua “dialética” em afirmar tal paneleirice e a um só tempo posar de punho levantado a la mensaleira em Cuba, diante de um retrato de Che Guevara.
Isto sem falar num manancial inesgotável de impropérios que Karl Marx usava para se referir a “ser humano” (cachorro, Hund, em suas cartas com Engels, era o mais higiênico) e contra todos os povos que achava que deveriam perecer na Revolução.
Boa parte das diatribes do homem que queria trazer
o reinado de Lúcifer na Terra (são palavras dele) também é compilada em Requiem
for Marx, organizada por Yuri Maltsev (veja só, Luciana! um cara que trabalhou
como economista da Academia Soviética de Ciências, e que por isso contou todos
os podres da “medicina socialista de primeiro mundo” antes de o Mais Médicos expô-los a quem não
acreditava! e hoje editor de livros contra a pobreza, através do capitalismo!).
Aparentemente a senhora precisa estudar o que Danilo Gentili e nós, liberais-conservadores, estudamos anos antes da senhora. A senhora chega com a farinha, nós já temos todo o bolo.
Então, como não concluir que nações que praticaram democídio, o assassinato da população civil
pelo governo, na feliz expressão do professor Rudolph Rummel (indicado ao
Nobel da Paz e lembrado por seu falecimento recente no Memorial das Vítimas do
Comunismo), como sendo comunistas e marxistas?
Quando Lenin confisca a produção de grãos e a redistribui a partir de um aparato burocrático central, não está sendo comunista? Quando pratica o Holodomor, o genocídio de mais de 4 milhões de ucranianos de fome para puni-los por serem “contra-revolucionários” (ou seja, não darem todos os grãos que produziram aos burocratas que não o produzem, e querem tomá-los à força, na primeira reforma agrária do século XX), não está agindo como Marx prescreveu? E não é o modelo educacional centralizado que você prega que faz com que Holodomor nunca caia no vestibular, e seja completamente desconhecido do Brasil? Que tal “estudar um pouco o assunto”, candidata?
Como o velho Marx, que não reconheceu a filha que
teve com a empregada (!) e levou duas filhas ao suicídio, e o velho Engels, que
dava festas para seu próprio bigode (sic), virariam no túmulo com isso? Foi
escrito por eles!
Não apenas o socialismo existiu – o comunismo
também existiu e existe.
Voltemos a Karl Marx, que a senhora garante que foi “deturpado”. Lá pelo final do capítulo 3 d’O Capital, Marx explica como será a transição da fase socialista – o totalitarismo estatal pior do que o nazismo – para o comunismo, a sociedade “sem Estado”. Ora, em apenas um parágrafo e meio de tergiversação, o menino-que-queria-ser-Lúcifer explica que, na verdade, a ideia de uma fase social “sem Estado” significa que o socialismo está tão consolidado que já é indistinto da sociedade, não precisando mais ser imposto à força.
Voltemos a Karl Marx, que a senhora garante que foi “deturpado”. Lá pelo final do capítulo 3 d’O Capital, Marx explica como será a transição da fase socialista – o totalitarismo estatal pior do que o nazismo – para o comunismo, a sociedade “sem Estado”. Ora, em apenas um parágrafo e meio de tergiversação, o menino-que-queria-ser-Lúcifer explica que, na verdade, a ideia de uma fase social “sem Estado” significa que o socialismo está tão consolidado que já é indistinto da sociedade, não precisando mais ser imposto à força.
Com isso, todos os órgãos da Revolução, seus tribunais revolucionários, sua burocracia infinita, sua redistribuição centralizada tornam-se órgãos da sociedade. Assim, Estado e sociedade estão tão fundidos que já não se fala mais em transição, e sim num pleno comunismo consolidado.
Portanto, Luciana Genro, não tenho nenhuma fonte
além de Karl Marx ELE PRÓPRIO para garantir que Stalin escravizando milhões no Gulag e em construções “populares”, onde
morriam centenas de milhares como a construção do Canal Mar Branco-Báltico,
era já comunista, e não socialista.
Ninguém mais sequer cogitava a idéia de um retorno
ao capitalismo.
Quando Mao Zedong, após seu Grande Salto para a Frente, sua Revolução Cultural e outros métodos de confisco de grãos que deixaram os camponeses comendo 100 g de grãos por dia, tornando cascas de árvore uma das maiores iguarias da China comunista, já estamos não no socialismo, mas no comunismo pleno – tão consolidado que até hoje a China não abandonou o Estado totalitário.
Quando Mao Zedong, após seu Grande Salto para a Frente, sua Revolução Cultural e outros métodos de confisco de grãos que deixaram os camponeses comendo 100 g de grãos por dia, tornando cascas de árvore uma das maiores iguarias da China comunista, já estamos não no socialismo, mas no comunismo pleno – tão consolidado que até hoje a China não abandonou o Estado totalitário.
Quando Pol-Pot assassina 24% da população do Camboja em questão de 3 anos, mandando para o abate até mesmo quem seja alfabetizado ou use óculos, está não em “transição”, mas com o comunismo consolidado. O que nem o nazismo nunca conseguiu.
Adolf Hitler, perto de socialistas, cara Luciana Genro, vai pro Tribunal das Pequenas Causas. E ao contrário do que a senhora diz, qualquer interpretação de texto básica não vê isso como “apologia ao nazismo” que ofenda suas “raízes judias”, e sim como a maior crítica possível ao internacional e ao nacional-socialismo.
Mas talvez a senhora se refira a estudos como o
essencial livro Socialismo, de Ludwig von Mises, o maior economista da
humanidade, recentemente vilipendiado sem ser lido pela esquerda pois o
interesse em suas obras disparou quando voltou a ser conhecido no Brasil. Mais
uma vez, só há dois tipos de pessoas: as que criticam Mises e as que já o
leram. Nunca os dois tipos estão no mesmo ser vivo.
Neste estudo, Mises prova que o socialismo é, afinal, impossível: estatizar toda a atividade econômica (e até pensamentos podem ser economicamente utilizados) só pode gerar um totalitarismo feroz, mas nunca permitirá que riquezas sejam criadas para toda a população, causando necessariamente fome. Algum país socialista conseguiu viver sem fome, candidata Luciana Genro?
Todavia, há um agravante: Mises sabe que economicamente o socialismo de fato nunca existiu: os irmãos Castro, os dois homens mais ricos do mundo, donos de todo o trabalho escravo de uma ilha inteira, proíbem até que alguém que não tome todo o café que consegue com sua carta de racionamento (já existiu isso em algum capitalismo laissez-faire, Luciana?) venda o excedente para não causar desigualdade, mas as pessoas continuam vendendo livremente às escondidas, ou todos morreriam de fome em qualquer socialismo.
Mais cirúrgico ainda: sua análise deslinda como a
nova esquerda, preocupada em “direitos” dados a grupos específicos, também age
em função do totalitarismo: cada nova lei para proteger uma minoria, cada
“criminalização” de um comportamento até ontem normal, ou ao menos tolerável e
“convivível” é mais uma siracura atolada de burocratas para verificar se a autodeclararão
racial de um candidato a cotas está correta – feita no olhômetro, claro. E
assim por diante.
Para Marx, portanto, toda democracia seria uma
“ditadura de classe”, e quando um proletário subisse ao poder, ao invés de
jogar o jogo da “convenção burguesa”, deveria fazer Revolução, ou seja, não
dividir o poder.
Isto é o que pensam até mesmo os líderes do PCdoB – basta tomar o poder e não largar o osso. Não precisarão mais dividir o poder, pois o interesse de um é o interesse de todos – os “proletários”, os “trabalhadores”, hoje os “progressistas”, já que o capitalismo é tão bom que faz com que ninguém mais dependa da prole e as ideias comunistas só vicejem em solo em que ninguém faça trabalhos pesados.
Isto é o que pensam até mesmo os líderes do PCdoB – basta tomar o poder e não largar o osso. Não precisarão mais dividir o poder, pois o interesse de um é o interesse de todos – os “proletários”, os “trabalhadores”, hoje os “progressistas”, já que o capitalismo é tão bom que faz com que ninguém mais dependa da prole e as ideias comunistas só vicejem em solo em que ninguém faça trabalhos pesados.
O comunismo – não apenas o socialismo – pasme,
existiu!
Com tudo isso que estudamos, ao contrário da
senhora, talvez seja a hora de lidar com Kuehnelt-Leddihn. Ele sabia que o
apelo do comunismo é aristocrático, ao contrário do que a senhora pensa e quis
erroneamente dar a entender ao pobretão Danilo Gentili – e que explicaria
porque ele cativa tanto a senhora, ricaça que nunca precisou pegar um trem de
subúrbio 11:40 da noite na vida.
São os tribunais revolucionários da “lei como criança” de que fala Aleksandr Solzhenitsyn quando comenta como era “legítimo” e coisa do sistema (e não obra de doença mental de um homem só) matar dezenas de milhões no regime soviético, pois a lei era para “a classe trabalhadora”, expurgando a burguesia – e não é a senhora mesma que quer uma lei para tomar o dinheiro dos ricos à força? Sob qual pena? Depois, o que virá?
Esta “democracia” em sentido clássico é apenas o primeiro passo do totalitarismo (o que é corroborado por Hannah Arendt, Alain Besançon e praticamente qualquer outro estudioso do totalitarismo, cara Luciana Genro; viu como nós estudamos, e a senhora não?). Afinal, não é um poder dividido, ou com alguma lei eterna de contrapeso: é a ditadura do proletariado, é o socialismo como Partido-Estado, é a autonomia dos povos, que decidem sem leis o que querem pela força da maioria. É, em suma, genocídio.
E os milhões de mortes?
Resta então a questão final: e a montanha de cadáveres de que Roger, do Ultraje a Rigor, falou para a senhora?
Ora, já vimos que socialismo MARXISTA é matar populações inteiras, é ter o poder completo sobre as pessoas mesmo que isso mate-as de fome, é criar uma ditadura totalitária de poder e coação sobre corpos e mentes. Mas de onde Roger tirou o dado de que o comunismo matou 80 milhões de pessoas no século XX?
Roger parece estar bastante equivocado. O número é incrivelmente superior. Talvez seja o dobro. Os dados são de ex-comunistas que tentaram ainda salvar sua honra escrevendo O Livro Negro do Comunismo, que na França só obteve como resposta muxoxos ocos como os chavões da sua farândola.
A dificuldade em enumerar as mortes não é de mero “chute”, como afirmou recentemente uma colunista brasileira fofinha e burrinha – é de determinar se as mortes por fatores como fome, guerra, exaustão etc merecem entrar na conta do comunismo, ou só de comunistas individualizados. Pelo que estudamos acima, sim, a culpa é do sistema.
As populações eram usadas para proteger o sistema comunista, e não o contrário. Presos políticos (eles não existiriam se o sistema não fosse comunista, não é?) eram usados para marcharem sobre campos minados, para depois o Exército Vermelho passar. Praticamente sem entrar em confronto com os alemães, 20 milhões de soldados soviéticos morreram na Segunda Guerra de frio (com um sistema que não produzia nem roupas para soldados, que dormiam dentro de animais mortos para se aquecer), fome (faziam uma refeição por dia, contra 5 dos soldados americanos), doenças e afins.
Como não computar na conta do comunismo? Fossem países capitalistas, dificilmente teriam morrido tanto. Mas ainda assim, são lembrados mais como mortos pela guerra do que pelo comunismo.
Primeira conclusão
Desta forma, Luciana Genro, parece que quanto mais estudamos o socialismo, mais nojo temos dessa coisa – como não é possível estudar o nazismo e continuar gostando. Parece mesmo que quem defende um ou outro ou é mal caráter, ou está mal informado. Estou apostando na segunda hipótese.
E isso porque não falamos dos argumentos econômicos de Thomas Woods ou Hermann-Hoppe, das análises da esquerda moderna “não-socialista” que põe o mundo nas mãos de um comuno-fascista como Vladimir Putin, das pesquisas históricas envolvendo os arquivos de Moscou, das discussões políticas atuais que envolvem o movimento comunista, de dissidentes e fugitivos (quase todos eles antigos crentes na religião do comunismo!), que vão de Solzhenitsyn e Arthur Koestler a Vladimir Bukovsky…
Assim, espero ter mostrado à senhora
que, estudando, as pessoas deixam de ser de esquerda, e não o contrário. Que
não somos liberais e/ou conservadores por sermos malvados, e sim por sabermos
algo que vocês não sabem.
Talvez percebendo isso, a senhora resolva estudar o que não estudou e daqui a uns anos apareça como uma nova dissidente, como David Horowitz, Thomas Sowell, Eric Voegelin, Andrew Breitbart, Koestler e tantos outros o são. E possa passar a atuar politicamente e quem sabe escrever sobre como estava errada durante todo esse tempo, e que o caminho correto é lutar pela liberdade, e não pelo socialismo, o controle total sobre outras pessoas.
O caminho está aberto para a Luciana Genro direitista 2024, após uma década de estudos. Será muitíssimo bem recebida, cara Luciana Genro.
OBS: Esta carta, apesar de direcionada a Luciana Genro, serve
também para todo um exército de professores marxistas que transformam
universidades e colégios em campo de recrutamento de novos “fiéis” para a
religião luciferina de Marx. No Brasil ainda reina a ignorância da população sobre esse
regime graças a esses militantes acadêmicos, muitos até, ignorantes também.
Principais partidos comunistas no Brasil:
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