Nota do
tradutor: Conheço um pouco a realidade venezuelana, ao menos a da fronteira com
o Brasil. Há pelo menos quatro anos vem se noticiando a questão da falta de
trigo para hóstias na Venezuela. Não somente o Vaticano tinha conhecimento,
como, antes, o ex Núncio atual Secretário de Estado e, antes deste, os bispos
locais, por seu turno alertados por seus sacerdotes. O texto fala de uma
penúria material (pão) seguida da espiritual (Palavra de Deus). Penso que seja o
contrário. Há muito a Venezuela padece da fome do Pão do Céu em sentido latu,
agravada, como bem salienta o texto, pelas muitas flechadas lançadas contra o
Coração de Maria no intuito de repeli-la. Mas não se pense que a estratégia
diabólica se restringirá à Venezuela. Procuramos fazer com que haja um
compadecimento um tanto sentimental e pouco racional pelos famintos de pão. Há
quanto tempo os famintos da Palavra de Deus não perambulam, não somente pelas
ruas da Venezuela, mas pelos cantos mais fartos luxuosos do mundo, sem que
haja, não digo nem projeção midiática, mas clamor ao céus? Como dizem os irmãos
hispânicos: “Ojo! Hermanos, ojo!”
Tradução de Airton Vieira – A
derrocada da Venezuela, fruto do regime bolivariano-comunista, trouxe ao
cenário calamidades inimagináveis: centenas de milhares de venezuelanos fogem
da fome, famílias reviram o lixo à busca de comida, pessoas alimentando-se de
carne de cachorro, mercados com as estantes vazias, farmácias sem remédios,
hospitais sem sangue por falta de reagentes para analisá-lo, crianças morrendo
de desnutrição, pais que entregam seus filhos para ser adotados por não ter
como sustentá-los, inflação astronômica, etc.
Mas os
desastres que ocorrem na outrora próspera Venezuela não se detêm aí. Os jornais
informam que em várias igrejas do país não se distribui a comunhão durante a Missa
por falta de hóstias! Isto é, não há farinha para prepará-las e em consequência
os fiéis católicos não podem comungar.
O atual
Secretário de Estado do Vaticano foi Núncio Apostólico em Caracas durante
vários anos. Cabe preguntar-se se ele já não se interessa mais pelos problemas
desse país. Não escutou nada? Não viu nada? Não diz nada? Não tem conhecimento
dessa calamidade? Acima de tudo, é urgente que ele aclare por que não condena publicamente
os ditadores apoiados por Cuba que conduzem a nação venezuelana à extrema miséria
material e agora também espiritual.
Recordando a
parábola do filho pródigo, podemos afirmar que a Venezuela literalmente está
comendo a lavagem dos porcos. Quando regressará à casa materna de sua tão misericordiosa
e querida Patroa, a Virgem de Coromoto? Ela poderá obter de seu Divino Filho a
solução para todos os problemas, sempre e quando os venezuelanos implorem seu
socorro com verdadeiro arrependimento e com o coração contrito e humilhado.
Rezemos por essa intenção. (Revista “Catolicismo“, São Paulo, Brasil, Nº 808, abril de 2018)
Desde Correspondencia Romana exortamos
a nossos leitores a iniciar uma cruzada de orações -como a Cruzada do Rosário que em 1955 liberou a Áustria
da ocupação soviética- pedindo à Virgem de Coromoto que a Venezuela torne ao caminho
da Civilização Cristã.
Sim, à Virgem de Coromodo da Misericórdia
Invencível como demonstrou o sábado 8 de setembro de 1652, quando
apareceu ao cacique dos Coromotos rodeada de uma aura luminosa.
O cacique lhe disse: “Até quando me perseguirá? Já não
farei o que me mandas” e tomando uma flecha lhe apontou seu arco
para matá-la. Mas a Virgem Maria se aproximou e Coromoto então atira a flecha tentando
empurrá-la, mas Ela desaparece, deixando-lhe na mão um pequeno pergaminho com sua
imagem!
O cacique
Coromoto fugiu à selva, onde foi mordido por uma serpente venenosa. Então voltou
seu coração a Deus e começou a pedir o Batismo, o qual lhe foi administrado por
um missionário que passava por ali.
Ao batizar-se
se converteu em apóstolo e pediu aos índios que não se separassem do missionário
e que se batizassem. Como consequência disso, os índios Cospes formaram uma
comunidade de fiéis muito fervorosa.
Nossa
Senhora de Coromoto da Misericórdia Invencível dai aos venezuelanos a graça de
recorrer continuamente a Vós para encontrar remédio à trágica situação em que
se encontram!
Corrizpondenza Romana - Venezuela: las iglesias no tienen hostias para la
Comunión
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