quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Os inimigos da Igreja: A franco-maçonaria (parte II)

                                                                   





4º Os estragos da Maçonaria

 

A) É uma inimiga da Igreja Católica. A Maçonaria tem como objetivo a destruição do catolicismo e de todas as ideias religiosas, usando a mais pérfida das perseguições: a perseguição legal. Isso é demonstrado por muitas leis aprovadas na França e em outros Estados, que foram preparadas nas lojas e impostas ao país pelos maçons, que se gloriam nele. (Comentário do blog: Olhe para as leis antinaturais de hoje, e diga se o que este padre disse há cem anos não é verdade, olhe para as instituições que as promovem em todos os estados, a quem essas instituições obedecem.)

Tais foram as resoluções tomadas em um evento realizado em 11 de junho de 1879; “É preciso descristianizar a França por todos os meios possíveis, mas, sobretudo, estrangulando o catolicismo, pouco a pouco; todos os anos, com novas leis contra o clero, até o fechamento das igrejas.”

Para enganar os homens de bem, a Maçonaria esconde seus propósitos sob as palavras bombásticas de secularização, laicização, e dá a liberdade de consciência como pretexto para suas leis.

1º) Já vimos (nº 186), que o Estado deve ser cristão, reconhecer Jesus Cristo como Rei, a Igreja como Mãe e o Evangelho como Estado de direito. A Maçonaria quer que o Estado seja ateu e completamente hostil à Igreja. Tem secularizado os poderes públicos em muitas nações, proclamando o ateísmo oficial com a supressão da lei dominical, orações públicas e até procissões. Todo ato público de religião é considerado por ela um crime, o que o torna indigno dos favores do Estado.


2º) A escola deve ser cristã e ensinar religião às crianças sob a supervisão da Igreja. A Maçonaria seculariza as escolas para torná-las o seminário do livre pensamento: chega de orações, chega de catecismo, chega de professores religiosos, chega de crucifixos. O ensino católico privado é combatido, quando não suprimido, onde quer que prevaleça.

3º) O exército na Espanha, na Inglaterra, na América (Estados Unidos), assiste aos cultos públicos divinos em formação todos os domingos. A Maçonaria na França proíbe o exército de entrar formando nas igrejas e suprime os capelães militares... (1900)

4º) A legislação que regula a família deve estar de acordo com o Evangelho; A Maçonaria descristianiza a família com a lei do casamento civil e do divórcio.

5º) A Igreja deve intervir nas grandes circunstâncias da vida: nascimento, morte, funerais. A Maçonaria seculariza todos esses atos: daí nascimentos sem batismos, multiplicação de festas seculares, morte sem padre, enterros civis...

6º) Até os nossos dias, o cuidado de exercer a caridade pública foi deixado para a Igreja: ela fundou hospícios, asilos para órfãos, etc. em todos os lugares. A Maçonaria expulsa o padre das comissões administrativas e as freiras dos estabelecimentos de caridade. Os pobres, os doentes, os administradores, pedem irmãs em todos os lugares; a seita se opõe inexoravelmente a essas exigências... Antes de deixar um rastro de religião naquelas casas, prefere que elas afundem.

 7º) A Igreja tem o direito de estabelecer ordens religiosas para atingir mais facilmente seu objetivo. A Maçonaria, atropelando os direitos da Igreja, trava uma guerra impiedosa contra as ordens religiosas. Em 1880, na França, ela expulsou dez mil religiosos de suas casas, fechou suas capelas, forçou-os ao serviço militar, negou-lhes o direito de ensinar e os assediou com impostos injustos. Mais tarde chegou à mais iníqua expulsão total. A expulsão dos jesuítas de toda a América deve-se a eles.

8º) A Igreja, uma sociedade independente, tem o direito de governar a si mesma... Quando a Maçonaria consegue influenciar efetivamente o governo, ela abusa da Concordata; torna difícil para o Papa eleger bispos, para os bispos elegerem padres; suprime a liberdade dos Concílios; rouba o sustento dos padres, persegue-os sem motivo nos tribunais e tenta acabar com o sacerdócio enviando os seminaristas para o quartel.

9º) A Igreja tem o direito de possuir os bens temporais necessários à sua subsistência, e os seus bens são sagrados porque pertencem a Jesus Cristo; é o único que tem o direito de gerenciá-los; privá-la deles é roubo e sacrilégio. A Maçonaria, sempre que lhe é dada, põe a mão na administração dos bens da Igreja e trabalha para confiscá-los, sem reparar injustiças ou infâmias.

A Maçonaria pretende alcançar nas nações católicas a destruição completa das ordens religiosas, a supressão do orçamento para o culto, o fechamento das Igrejas com leis opressivas para a interdição de todo culto, em uma palavra; a repressão da Igreja no Estado.

Com isso, o programa do americano Albert Pike, chefe supremo da Maçonaria, se concretizaria: "A descristianização do país pelo livre pensamento".

A infâmia desta guerra é agravada pela circunstância de que ela vem, em última instância, fazer suas vítimas os pobres e os pequenos, de quem a Igreja é a protetora natural. Quem sofre as consequências da perseguição religiosa nas escolas? É talvez o homem rico, que tem os meios para educar seu filho onde bem entender? Não; para ele, de cuja pensão o Estado necessita, ele mantém os capelães nos Liceus! É o operário, o camponês, obrigado a mandar o filho para as escolas públicas, mesmo quando a educação religiosa que ele exige não é ministrada lá.

Quem sofre com a determinação monstruosa que se chama de secularização dos hospitais? Ele é rico? Ele não pode chamar uma freira ao lado de sua cama ou de seus entes queridos para cuidar deles. Ele é o pobre, obrigado a entrar naquele hospital do qual as Irmãs que ele pede em vão foram expulsas.

Quem sofre as perseguições fiscais dirigidas contra as congregações? Os órfãos, os doentes, os idosos, cuja herança se vai empobrecendo dia a dia. E esses órfãos, esses doentes, esses idosos, por quem serão acolhidos no dia da destruição completa das congregações?... São fatos que devem abrir os olhos até dos cegos. Um ódio satânico, o ódio do judeu contra o cristão, ou do burguês egoísta, é necessário para cometer tais crimes: O que supera esse ódio é a estupidez dos cristãos que votam nos maçons e seus amigos!

 

 

 

B) A Maçonaria é destrutiva da família. Lute contra a família em sua base essencial: o matrimônio.

Assim que a Maçonaria chega ao poder, em qualquer país, ela tenta abolir o casamento religioso para estabelecer o casamento civil. Esta é a sua primeira etapa. (Comentário de blog: Onde estão os legisladores católicos, os juízes, os advogados? Os políticos? Em suma, aqueles que não faltam à missa aos domingos, aqueles que comungam e confessam, sacrilégios! Quem os ensinou a escapar da ira do Senhor? Eles vendem suas almas, por nada, porque mudam as leis de Deus, por nada, só o inferno os espera, se não cumprirem sua obrigação estatal e se entregarem verdadeiramente a Deus, Legislador do universo. Como disse o Presbítero Félix Sardá y Salvany, uma das batalhas contra a Maçonaria é opor ao Congresso Maçônico, Congresso Católico.

O casamento civil leva ao divórcio. A seita considera o matrimônio não como um sacramento, mas como um contrato que depende da vontade do homem: daí aquela deplorável lei do divórcio, que causa a perturbação de numerosas famílias: é sua segunda etapa. Finalmente, despoja os pais de todos os direitos sobre a educação de seus filhos, que são totalmente entregues ao Estado em suas escolas sem Deus.

A Maçonaria desmoraliza a família: distancia cada um de seus membros dos princípios da religião e da virtude.

“O pai de família. A Maçonaria oferece ao chefe da família mil oportunidades de sair de casa e viver fora da influência que sua esposa e filhos teriam sobre ele. Fora de casa lhe dá diversões e prazeres, a tal ponto que ficar em casa seria insuportável para ele.”

“A mãe da família. Para as mulheres, a Maçonaria também multiplica as oportunidades de se exibir, lisonjeia sua vaidade, a faz esperar pela revelação de segredos importantes e lhe promete uma influência que a tornará grande na sociedade.”

"Procura, acima de tudo, separar a mulher dos Sacramentos e das Práticas Religiosas que a protegeriam das fraquezas".

"A criança. Mas o que a Maçonaria persegue com maior ferocidade na família é a criança.”

“Quem multiplica os obstáculos colocados à sua educação cristã? Quem põe nas mãos, a preços ridículos, ou de graça, livros ímpios e gravuras obscenas?

“Quem cerca a criança com mil seduções antes ignoradas? Quem atropela o respeito devido à criança, e que os mesmos pagãos impõem?

"Quem chama e leva a juventude ouvir lições imundas de impiedade e moral chamada positivista, confiada por famílias a estabelecimentos de ensino público?"

 

C) A Maçonaria é destrutiva da sociedade. O que toda sociedade precisa para viver? Duas coisas essenciais: religião e autoridade.

Não há sociedade sem moral, e não há moral sem religião. É um fato comprovado pela experiência.

Uma sociedade sem autoridade seria um encontro de selvagens, e pior, porque os selvagens reconhecem superiores ou líderes.

Pois bem, a Maçonaria destrói toda religião e toda moral: nega a existência de Deus, a imortalidade da alma, para só admitir uma moral cívica, independente, sem legislador e sem sanção.

Também destrói toda autoridade, porque afirma que o poder está inteiramente nas pessoas livres, que dá autoridade a quem quer e a retira quando quer. É a revolução permanente. Por outro lado, a declaração dos direitos do homem confessa que a insurreição é o mais sagrado dos deveres. A Maçonaria é, portanto, destrutiva da sociedade.

A última evolução dos erros sociais da Maçonaria é o socialismo e a anarquia. Tal é o abismo a que conduz os povos.

É o perigo que o Papa Leão XIII aponta: “A Revolução e a ruína universal são o mesmo fim que os comunistas e os socialistas buscam. A seita dos maçons não tem o direito de pretender ser alheia aos seus empreendimentos, porque favorece os seus desígnios e está de pleno acordo com eles quanto ao conjunto de princípios.

 

D) Maçonaria, inimiga da França. Desde Carlos Magno, a França teve a missão providencial de defender a Igreja e o Papa, proteger a fé católica e propagá-la com seus missionários por todo o mundo.

Lutar, enfraquecer a França, era lutar e enfraquecer a Igreja; daí o ódio da Maçonaria com a França.

A Maçonaria fez a Revolução de 1789 e se gaba disso da pena de seus seguidores. A França só pediu reformas; mas os maçons tornaram infrutíferos os generosos esforços de Luís XVI. As reformas pacíficas não lhes convieram; queriam a desordem, a anarquia, a destruição violenta do catolicismo.

A Maçonaria vinha preparando seu trabalho há muito tempo: havia produzido o filosofismo: Voltaire, Rousseau, Helvetius, Diderot, d'Alembert, etc., eram maçons.

Os grandes revolucionários, Mirabeau, Sieyes, Lafayette, Desmoulins, Danton, Robespierre, Marat, Petion, Felipe Igualdad, etc., pertenciam à seita. Em 1781, a Maçonaria tinha duzentas e cinquenta e sete lojas na França, das quais quarenta e uma estavam em Paris, onde o fogo em que todo o reino deveria queimar foi atiçado. A Maçonaria ia aplicar a apostasia nacional: A declaração dos direitos do homem é um extrato do jargão das lojas, cujos erros e hipocrisias ela reproduz.

A maioria dos excessos e crimes da Revolução, como a morte de Luís XVI, foram decretados pelas lojas. É à Maçonaria que a França deve todas as suas revoluções e seus infortúnios, já há uns séculos. Os revolucionários tão profundamente ímpios em 1830 eram maçons, como os da Comuna de 1871.

Em 1846, em um convento maçônico realizado em Londres, Lord Palmerston, chefe supremo da Maçonaria, aprovou o seguinte projeto: "Enfraquecer a França católica a ponto de torná-la completamente impotente". O Convento decretou os meios mais adequados para atingir esse fim.

 

Pela guerra da Criméia travada em nome da Inglaterra, a França foi separada da Rússia; com a guerra na Itália, foi isolada da Áustria. A unidade italiana foi criada para destruir os Estados papais apoiados pela França, e a Itália se tornou uma nação rival. A unidade alemã foi criada para que a minoria católica fosse esmagada pela maioria protestante. Então a França, cercada por vizinhos invejosos, separada de seus aliados naturais, foi esmagada pela Alemanha. Em poucos meses perdeu duas províncias, trezentos mil homens e dez bilhões de francos. O plano de Lord Palmerston foi parcialmente realizado. O Papa Leão XIII chegou a desorganizá-la um pouco, por meio da aliança franco-russa, em oposição à tríplice aliança, obra da Maçonaria.

Por dentro, a Maçonaria cobre de ruínas o solo da França: ruína religiosa, a mais grave, a mais deplorável de todas; perda de fé e vida sobrenatural em milhões de almas francesas. Ruína moral, consequência da crescente irreligião, da ação corruptora das lojas, de sua imprensa imunda, das leis maçônicas, das escolas neutras. A criminalidade se desenvolve de forma sem precedentes; a infância, educada sem Deus, provê a maior parte desse contingente do exército do vício que ameaça a desordem pública. Ruína moral, consequência da crescente irreligião; impostos avassaladores como não se conhecem em nenhum outro país, agonia da agricultura, especulação, extorsão, fraudes gigantescas.

 

“A RELIGIÃO DEMONSTRADA”

 

Padre A. Hillaire

 

Fonte: Adelante la fe – Los enemigos de la Iglesia: La Francmasoneria (Parte III)                                                 

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