quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Evitar as palavras inúteis


 Evita quanto puderes o tumulto do mundo. Ocupar-se dos negócios terrenos é sempre arriscado, mesmo quando se tem boa intenção.
Facilmente cedemos à vaidade e nos tornamos seus cúmplices.
Como várias vezes teria preferido calar-me e não me intrometer nos negócios humanos.


Por que falamos tanto e vivemos a trocar ideias, se quase sempre a consciência nos pesa quando voltamos ao silêncio?
Conversamos, em geral, para nos consolarmos e nos aliviarmos mutuamente o coração, oprimido por pensamentos confusos.
Falamos do que gostamos ou desejamos, ou ainda, do que nos aborrece.
Na maioria das vezes, porém, sem nenhum resultado prático.
A consolação exterior prejudica muito o repouso do coração na consolação interior e divina.
Importa vigiar e orar para que o tempo não passe inutilmente.
Ao falar, fale-se de coisas que edificam.
O mau costume e a negligência nos levam, em geral, à incontinência da língua.
É, porém, de grande proveito espiritual conversar de coisas santas, principalmente entre pessoas que estão animadas pelo mesmo espírito, em Deus.
Tomás de Kempis – A Imitação de Cristo.

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