Imagem referencial. Foto: Flickr Eus Albaz (CC-BY-2.0)
ROMA, 19 Ago. 14 / 09:57 am (ACI/EWTN Noticias).- Cento e cinquenta famílias cristãs se encontram sitiadas em suas casas em Qaraqosh (Iraque), pelos jihadistas do Estado Islâmico, que as deixarão morrer de fome e sede ou as executarão se não renunciarem a sua fé e se converterem ao Islã, denunciou o sacerdote Luis Montes, do Instituto do Verbo Encarnado desde Bagdá, pedindo ao mundo que reaja “e termine com esta barbárie”.
Em um artigo publicado no site Amigos do Iraque, o sacerdote alertou neste sábado que duas mulheres, que foram pedir-lhe o certificado de batismo para que consigam emigrar, relataram como seus familiares conseguiram escapar dos jihadistas, enquanto outros ficaram praticamente como prisioneiros.
“Prevenidos que a cidade ia ser tomada, quase todos os seus parentes (das duas mulheres) abandonaram Qaraqosh com a roupa que tinham no corpo, não puderam levar mais nada. Mas três deles não puderam: a mãe de uma delas é idosa e está doente, assim não pôde fugir, e o irmão da senhora que me contou o fato e a sua esposa ficaram com ela”.
“Os terroristas, relataram, os visitam diariamente para pressioná-los a que se convertam ao Islã. Falam com o irmão desta senhora e vendo que todas as vezes se nega, disseram que lhes dão uns dias, mas que se não o fizerem, vão levar a sua mulher para dá-la a um dos combatentes e matarão a ele e a sua mãe”.
“Não deixam ir embora os cristãos que não conseguiram fugir antes de sua chegada”.
As mulheres contaram que seus familiares quase não têm alimentos e não podem sair para comprar. Inclusive seus vizinhos, que antes eram seus amigos, agora “se transformaram em inimigos. Quando os veem no pátio, exigem que se convertam e os maltratam”.
“Os terroristas tiraram as cruzes das Igrejas que foram desacralizadas sendo usadas para outros fins, entram nas casas dos cristãos que fugiram e levam todos os objetos de valor, e destroem seus negócios. Vão às casas dos cristãos que ficaram para levar-se às mulheres”, denunciaram.
São 150 famílias que “estão sozinhas sem ninguém que as ajude. Todas elas condenadas a morrer lentamente ou esperando que entrem para matá-las. O senhor que ficou lá com a sua mãe e esposa confessou que preferia que entrem o quanto antes e os matem, pois assim tudo isso termina”.
O Pe. Montes assinalou que esta é só uma história real das milhares que se vivem no Iraque nestes momentos” e pediu leva-la em consideração “quando escutarmos os números anunciados. Porque assim, é a única forma como as estatísticas podem deixar de ser apenas números e cheguem aos profundo de nosso coração”.
“Pedimos-lhes orações por estas famílias cercadas e aterrorizadas nos seus lares. Que Deus lhes dê a Sua fortaleza. Rezemos para que o mundo reaja e termine esta barbárie”, termina o sacerdote.
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