O Concílio Vaticano II fez
surgir, segundo alguns teólogos, uma nova Igreja. A partir deste tempo, já não se
deveria chamar a Igreja de Católica, mas sim de Igreja Mundial (!). A antiga
Una e santa Igreja Católica caracterizada pela cultura Greco-romana, não teria
mais vez no mundo da pós-modernidade...
Chegara, portanto o tempo de
surgir uma Igreja nova e pluralista, aberta a todas as culturas e religiões que
deveria suceder a esta antiga Igreja e se impor em todos os ambientes eclesiásticos.
O famoso teólogo jesuíta Karl
Rahner, que foi um dos pais desta hermenêutica da “descontinuidade” em uma
conferência na cidade de Bruxelas, afirmava que “a partir do Concílio, a Igreja
se tornava mundial”. Assim, continua dizendo que “neste Concílio ainda que de
maneira germinal e obscura se proclama uma passagem da Igreja Ocidental para a
nova Igreja Mundial.” “O Concílio é naturalmente uma indicação muito abstrata e
formal daquilo que vai se formando até que se configure totalmente esta Igreja
Mundial.” E no decorrer de suas afirmações podemos identificar as marcas dessa
nova Igreja preconizada por esse ideal liberalista:
1º é Mundial, ou seja, não tem uma centralidade em Roma: “As Igrejas locais não
europeias não poderiam ser dominadas por Roma e sua mentalidade”. “A Igreja não
pode mais ser simplesmente governada mediante aquela centralidade romana de
antes”. “O episcopado mundial que antes tinha uma existência modesta agora
assume uma função de autonomia efetiva.” em outras palavras, o Papa não é mais
necessário: “O primado magisterial e jurisdicional do Papa é substituído pelo
pleno poder do episcopado mundial.”
2º a Liturgia inculturada: “Assim era necessário abolir a língua latina cultual...
O latim era uma língua própria no campo profano e por essa razão era também a
língua da Igreja ocidental na liturgia. O latim não poderia, porém, permanecer
como língua litúrgica de uma Igreja Mundial porque era uma língua de uma área
restrita e particular. A vitória das línguas nacionais na liturgia eclesiástica
assinala de maneira eloquente essa transformação em Igreja Mundial”. “Em breve,
a liturgia não será mais
uma simples tradução da liturgia
da Igreja Romana, mas uma multiplicidade de liturgias regionais cada uma com
sua própria característica”.
3º A teologia
subjetiva: “vai surgindo uma teologia
mundial, ou seja, que não existirá somente no foro dos países europeus e norte-americanos
como uma simples exportação do ocidente. Como exemplo, a América Latina tem
avançado no sentido de ter sua própria teologia, a chamada teologia da
libertação”.
4º Todos se salvam: “A limitação da liberdade em nome daquilo que unilateralmente
se diz bom e justo não pode mais ser considerada cristã.”
“Nesta reunificação ecumênica, as
Igrejas não católicas terão igual medida com a Igreja antiga e as religiões não
cristãs serão reconhecidas na sua função
salvífica positiva.” (!) “Há uma esperança salvífica universal que abraça todos
os homens,”. Estas são as 4 marcas dessa Nova Igreja. Assim se cumpre o que
dizia profeticamente ao Pe. Palau: “Vereis o anticristianismo instalado no
poder.”
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