O conclave de
2013 foi realmente um desastre. Cada dia que passa aparecem novas falhas, uma
mais grave do que a outra. E os perfis de deficiência estão se tornando mais
consistente.
Conhecendo
bem os envolvidos, que hoje estão protegidos por uma atmosfera repressiva
nesses meses.
PALAVRAS E FATOS
Atmosfera em
total contradição com a repetição contínua da palavra “misericórdia” pelo Papa
argentino.
Ele fala
muito, obviamente na bula “Misericordeae vultus” proclamando o jubileu. Há
citações muito bonitas da compaixão de Jesus para com todos e o visceral amor
materno de Deus para cada um de nós.
Mas também
vemos a aprovação da agenda politicamente correta. De fato há alguma ênfase nos
“pecados sociais”.
Aparentemente
mafiosos corruptos e racistas são os únicos que podemos julgar e condenar.
Pessoas que, obviamente, nos faz bem condenar para nos sentirmos bem. É tudo
muito confortável.
Domenico Cocopardo
observou que no discurso de Páscoa, logo em seguida ao massacre do Quênia, Bergoglio
bradou contra os “traficantes de arma”, um inimigo obscuro e indescritível, mas
o papa não nomeia o inimigo evidente e visível que realizou esse massacre.
Mas em geral,
Bergoglio guarda no peito crimes do Código penal, mas quase nada dos pecados
normais de confissão que são deixados de lado. De fato, o papa critica aqueles
que evocam a justiça da lei moral (apagada do magistério do papa argentino a
noção de pecado original).
DESASTRE SUL AMERICANO
Conteúdo
ainda mais “sinistro” (contra o lucro, desigualdade e finanças) serão expostos
na próxima encíclica social já antecipadas nos discursos que Bergoglio fez nos
centros sociais.
O Papa argentino traz de volta o clima ideológico que a Itália viveu na década de setenta, o esquerdismo da igreja latino-americana mergulhada nas diferentes correntes da Teologia da Libertação.
Não é por
acaso que a Igreja há décadas caminha para o pico de ambas as deserções; o abandono em massa de fiéis e o abismo de
vocações.
O pontificado
de Bergoglio é um pontificado de ruptura, até nos gestos e costumes.
OUTRA “PAPOCCHIA”
Na verdade o
conclave que o elegeu já ia nessa direção. E quanto antes ele for discutido
publicamente, melhor seria para todos. Até para o Papa Bergoglio, que teria todo interesse em esclarecer.
Reconheci
três violações das regras no meu livro, “Non è Francesco”, o que por si, pode
chegar no que diz respeito a nulidade das eleições.
Agora pode-se
adicionar mais dois tão óbvios e que tem
sido relatado por alguns leitores.
O primeiro. Entre a renúncia em 11/02/2013 e o início da sede vacante, 28/02/2015, Bento XVI assinou o Motu Proprio “Normas nonullas” para mudar pequenas partes da Constituição que regula a eleição do Papa, a “Universi Domini Gregis”.
O artigo 37
foi assim reformulado por Ratzinger: “Eu
ordeno que, a partir do momento em que a Sé Apostólica ficar legitimamente
vacante, deve-se esperar 15 dias completos de ausência antes de começar o
conclave; no entanto, eu deixo, para o Colégio dos Cardeais o poder de
antecipar o início do conclave se estiver presentes todos os Cardeais
eleitores.”
De acordo com
este artigo, o Conclave era para começar após 15 de Março, pois, a vacância
começou 28 de Fevereiro.
Na verdade o
Conclave de 2013, foi antecipado por decisão da oitava Congregação Geral do
Colégio de Cardeais, realizada na tarde de 8 de Março de 2013.
O diretor da
Sala de Imprensa havia lembrado que os 115 eleitores estavam todos presentes no
artigo de 9 de Março do “Avvenire”.
O diretor da
Sala de Imprensa havia mencionado a presença de 115 cardeais, portanto,
faltavam 2; Julius Darmaatmadja, e, por motivo diverso, Keith Michael Patrick O’Brien
que, apesar de ter enviado suas justificativas, foi mantido entre os cardeais
eleitores, de modo que a qualquer momento poderiam chegar à Roma mesmo depois
do início do Conclave.
O mesmo “Avennire”,
observou as ausências, com elas, o Colégio de Cardeais não estava completo como
manda o Motu Proprio então não podia decidir a antecipação do Conclave que
elegeu o Cardeal Bergoglio em 13/03/2013, já que o Conclave não poderia ter sido
iniciado.
FUMO
Mas houve
outra violação. É bem conhecido que na quarta votação de 13 de Março foi
encontrado um cartão que continha outro, o excesso, manteve-se ligado.
Aplicando o
artigo 68 da Univesi Domini Gregis foi decidido cancelar aquela votação e fazer
outra subitamente.
No meu livro
eu relatei que houve duas violações das normas, porque onde se aplica o artigo
69 (não anulando aquela votação, mas só aquele voto), não se poderia votar outra,
pois o número máximo de votação para eleger o pontífice é de quatro ao dia.
Todavia se
queria aplicar o artigo 68, se devia aplica-lo integralmente.
Na verdade
ele impõe que, uma vez cancelada a votação, deve-se queimar a cédula antes de
começar outra votação.
Há uma razão
importante pela qual João Paulo II, na Universi Domini Gregis prescreve isto:
para eliminar da Capela Sistina qualquer cédula votada de forma que a próxima
votação não possa ser, nem de forma hipotética, poluída com cédula votada
anteriormente. Então, deve ser queimada imediatamente.
Mas, na tarde
de 13 Março houve o segundo fumo negro para quarta votação cancelada.
Mas às 19:06
houve a fumaça branca da quinta votação.
Por quê? É necessário verificar se
ocorreram ou não estas duas violações, pois, se houve, é causa provável de poder
extinguir a eleição.
O artigo 76
da Universi Domini Gregis afirma: “Se a eleição tiver ocorrido de forma contrária
ao que está na Constituição e não forem observadas as condições estabelecidas,
a eleição por si só será nula e sem efeito”.
Neste campo a
misericórdia não se faz. Pelo menos aqui a lei deve reinar.
Original
completo: Antonio Socci – Come sara il giubileo (mentre si scoprono due nuove
irregolarita del conclave)
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