Analisando
uma passagem do Livro Eclesiástico 12: 1-7, vemos a verdadeira caridade se interpondo
ao sentimentalismo atual:
“ Se
fizeres bem, sabe a quem o fazes, e
receberás gratidão pelos teus benefícios.
Faze o bem para o justo, e disso terás
grande recompensa, senão dele, pelo menos do Senhor, pois não há bem para quem persevera no mal e não dá esmolas; porque
o Altíssimo tem horror dos pecadores, e usa de misericórdia com os que se
arrependem.
Dá ao
homem bom, não ampares o pecador, pois Deus dará ao mau e ao pecador o que
merecem; ele os guarda para o dia em que os castigará.
Dá àquele que é bom, e não auxilies o
pecador.
Faze o bem ao homem humilde, e nada dês ao ímpio; impede que se lhe
dê pão, para não suceder que ele se torne mais poderoso do que tu.
Pois
acharás um duplo mal em todo o bem que lhe fizeres, porque o próprio Altíssimo
abomina os pecadores, e exerce vingança sobre os ímpios.”
De fato, como estamos em um cristianismo açucarado com
uma tolerância melosa, que não é o verdadeiro cristianismo, aliás, a pessoa
tende a duvidar se o texto será ou não será apócrifo, ou pelo menos, se não ser
mal traduzido.
Claro que nenhum texto bíblico é tão fácil de ler sem a orientação de um bom intérprete. Então nos voltamos para Straubinger que ilustra com comentários notáveis.
"Faça o bem sem olhar para quem é, ao contrário do que muitos desconfiam, é uma máxima mundana e não evangélica. Observe como excelente é a Bíblia que, depois de mil vezes inculcar as virtudes da caridade, hospitalidade, etc. adverte contra os enganos da maldade humana.
O amor ao próximo só é válido quando vem do amor de Deus (I Cor. 13) e este amor nos move obviamente preferir os verdadeiros amigos Dele. Isso é o que Cristo parece feito para Si mesmo. (Cf. Mt. X, 40 ;. XXV, 40 e Lc.VI, 32).
"Ele vai dar o seu merecido, etc". Isso nos liberta da presunção de acreditar que somos chamados a remover da terra todas as dores que muitas vezes são permitidas por Deus como prova e proveito do que sofre. A caridade é espiritual e não sentimental, porque conta com a ação de Deus que alimenta até os pássaros e dá tudo por acréscimo a quem busca o seu reino (Mat. 6:33). Claro que pode haver exceções como no caso de Jó. Por isso dizemos que a caridade é espiritual e não pode ser fechada por regras fixas, pois "o Espírito sopra onde quer" (Jo. 3,8). Quem ama sabe como fazer (Gal. 5:18). Daí a regra de Santo Agostinho, "Ama e faz o que queres", porque quem é movido por amor, sempre deseja dar o quanto pode.
"Faça o bem aos humildes." Deus odeia o pobre soberbo. "Isso impede que lhes dê de comer" em hebraico: "não lhes dê armas de guerra para que não te combatas com elas" (Veja o que Jesus ensinou em Mateus 7.6). O Sermão da Montanha nos manda amar nossos inimigos. Aqui são os inimigos de Deus.
Claro que nenhum texto bíblico é tão fácil de ler sem a orientação de um bom intérprete. Então nos voltamos para Straubinger que ilustra com comentários notáveis.
"Faça o bem sem olhar para quem é, ao contrário do que muitos desconfiam, é uma máxima mundana e não evangélica. Observe como excelente é a Bíblia que, depois de mil vezes inculcar as virtudes da caridade, hospitalidade, etc. adverte contra os enganos da maldade humana.
O amor ao próximo só é válido quando vem do amor de Deus (I Cor. 13) e este amor nos move obviamente preferir os verdadeiros amigos Dele. Isso é o que Cristo parece feito para Si mesmo. (Cf. Mt. X, 40 ;. XXV, 40 e Lc.VI, 32).
"Ele vai dar o seu merecido, etc". Isso nos liberta da presunção de acreditar que somos chamados a remover da terra todas as dores que muitas vezes são permitidas por Deus como prova e proveito do que sofre. A caridade é espiritual e não sentimental, porque conta com a ação de Deus que alimenta até os pássaros e dá tudo por acréscimo a quem busca o seu reino (Mat. 6:33). Claro que pode haver exceções como no caso de Jó. Por isso dizemos que a caridade é espiritual e não pode ser fechada por regras fixas, pois "o Espírito sopra onde quer" (Jo. 3,8). Quem ama sabe como fazer (Gal. 5:18). Daí a regra de Santo Agostinho, "Ama e faz o que queres", porque quem é movido por amor, sempre deseja dar o quanto pode.
"Faça o bem aos humildes." Deus odeia o pobre soberbo. "Isso impede que lhes dê de comer" em hebraico: "não lhes dê armas de guerra para que não te combatas com elas" (Veja o que Jesus ensinou em Mateus 7.6). O Sermão da Montanha nos manda amar nossos inimigos. Aqui são os inimigos de Deus.
OBS: Straubinger foi um biblista Alemão que, traduziu pela
primeira vez para o espanhol, a tradução americana direto dos textos
primitivos.
Adaptado do original:Panorama Católico: Hacer el bien pero mirando a quién...
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