domingo, 25 de março de 2018

Domingo de Ramos


Os cordeiros, embranquecidos

ainda da água batismal, acorrem

à fonte da salvação, que a cruz

redentora faz brotar neste novo

paraíso que é a Igreja, rebanho

do Bom Pastor.



Domingo da Paixão


A liturgia deste domingo consta de duas partes distintas: uma, impregnada de alegria – a procissão dos ramos; outra, de tristeza – a missa e o canto da Paixão.



A BÍBLIA E A LITURGIA DESTE DIA


 A entrada solene de Jesus em Jerusalém é a realização da profecia de Zacarias (Zacarias 9,9), evocada no evangelho da bênção dos ramos. Ver também Isaías 62,11. As aclamações da multidão são tiradas do Salmo 117, 25-26; será bom reler, por inteiro, este cântico litúrgico para a procissão, que se dirigia ao Templo, na festa dos Tabernáculos. Esta entrada triunfal de Cristo, na Cidade Santa, lembra outras: a de Israel na terra prometida (Josué); da Arca da Aliança em Jerusalém, conquistada por Davi (I Crônicas 11, 4-9; 13; 15; 16 – Salmo 23, 7-12, que se liga a este acontecimento; e Salmo 131, composto para o seu aniversário), e ainda o regresso de Davi á Jerusalém (II Reis 19,10 a 20,3). Poderá ver-se aí uma prefiguração da Parusía (I Coríntios 15, 50-57; I Tessalonissenses 4,15-17), e ter-se-á em mente a apresentação de Jesus no Templo (Lucas 2,22-38). Haja também o cuidado de ler a sequência da narrativa: Jesus escorraça do Templo os vendilhões, e recebe a aclamação das crianças (Mateus 21,12-17).
Segundo o desejo da liturgia, ter-se-á a peito a meditação dos Salmos 21 e 68. Uma grande parte do primeiro serve de trato da missa deste dia.


LEITURA DA BÍBLIA
Jeremias 20,7-18; 23,1-8; 31,15-40; 33, 14-22 – Lamentações – Isaías 50, 4-11; 52,13 a 53,12 – Baruque 3,9 a 4,4; 4,36 a 5,9).
 SOLENE PROCISSÃO EM HONRA DE CRISTO REI
 Reportemo-nos ao século IV. Em Jerusalém lia-se hoje, no próprio lugar em que a cena se desenrolou, a passagem do evangelho referente à entrada triunfal de Jesus na Cidade Santa, aclamado pelo povo como Filho de Davi e Rei de Israel. Um bispo, montando em um jumento e rodeado da multidão, que, ao som e ritmo de hinos e antífonas, agitava ramos festivos, subia ao alto do Monte das Oliveiras, e entrava na igreja da Ressurreição. A igreja de Roma adotou este costume, no século IX, e ajuntou-lhe os ritos da bênção dos Ramos.
Nós, portanto, reproduzimos o que os Judeus fizeram. Na procissão dos Ramos, é o povo cristão que, na plenitude da fé, faz seu o gesto dos Judeus e lhe dá todo o seu significado. À imitação do povo de Jerusalém, nós aclamamos a Cristo, como triunfador: << Hosana ao Filho de Davi! Bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel ! >> Conhecendo, pela fé, a sequência e o sentido dos acontecimentos, sabemos o que é, e o que representa o seu triunfo. Ele é o Messias, Filho de Davi e Filho de Deus, sinal de contradição, aclamado por uns, detestado por outros. Enviado ao mundo para nos arrancar ao pecado e ao poder de Satanás, sujeita-se aos opróbrios da Paixão, castigo de nossas faltas. Mas, vencedor da morte, sai triunfante do túmulo, restitui-nos a paz de Deus e eleva-nos consigo para o reino do Pai celeste.
 BÊNÇÃO DOS RAMOS
 Esta bênção pode fazer-se em outro santuário, de modo que a procissão recolha na igreja, em que se deve celebrar a missa e tenha assim pleno sentido.
O celebrante e os ministros estão voltados para o povo, atrás da credência em que se encontram os ramos. Canta-se, então, a seguinte antífona:
Hosánna filio David:                                              Hosana, ao filho de Davi!
benedictus qui venit in nomine Dómini.                       Bendito o que vem em nome do Senhor
Rex Israel: Hosánna in excélsis.                                    Rei de Israel!: Hosana nas alturas.



Missal Romano Quotidiano




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