quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O Laicismo é Anticristão

Chegará um momento em que os homens ficarão loucos; e vendo outro que  não é louco, se lançará contra ele, dizendo: "Você é louco", por causa de sua dessemelhança com eles (Santo Antônio Abade).



Não é por acaso que na sociedade contemporânea, caracterizada por uma letargia desalentadora das almas e a propagação das mais perversas opiniões, “o diálogo”, está inclinado a alterar o catolicismo em uma versão modernizada palatável aos gostos superficiais e curiosidade  medíocre de conversa de salão.

As credenciais necessárias para a admissão para as posições mais bem remuneradas da elogiada sociedade laica e pluralista, pressupõem a disposição total da razoável discriminação entre a verdade absoluta e opinião subjetiva, favorecendo o relativismo habilmente difundido pelos poderes que servem o “príncipe deste mundo.”

Resultam assim predeterminadas as falsas regras a serem cumpridas pelos beneficiários das convenções sociais codificadas pela hipocrisia democrática em nome de um  camuflado ceticismo irracional disfarçado por pretexto de uma tolerância conciliadora, anulam os sagrados direitos relacionados com a realeza espiritual e civil do Divino Redentor.


O laicismo saudado pela dialogante hierarquia pós-conciliar como a única tonalidade adequada para a “nova evangelização” adaptada às questões neo-modernista da liberdade religiosa, ou melhor, de religião e ecumenismo, longe de propor um corretivo às várias aberrações de um mundo contaminado, incuba e alimenta os germes patogênicos do ateísmo.

O progressismo clerical representado por um Papa que não se envergonha de aspirar o consenso dos mais ferozes inimigos de Cristo e da Igreja, circunscreve prudentemente sua função de denúncia inofensiva das alterações climáticas e as desigualdades sociais; esta escolha reveladora de uma opinião ideológica e, portanto, terrivelmente redutora do Evangelho, da conta dos silêncios condescendentes e Francisco, seus recorrentes ataques à ordem natural vilipendiado e distorcido em deferência a esse laicismo, que permanece sujeito a elogios impensados por parte de quem considera como ultrapassada a exigência de uma restauração católica da sociedade.

Apesar das afirmações gratuitas sobre o suposto valor quimérico de um “laicismo positivo”, qualquer um pode ver como o poder maçônico, aproveitando-se da má educação devidamente dada pela escola e por meio das maiorias “soberanos”, percebe o fim de apagar até mesmo a memória da civilização, que, na sabedoria divina de Cristo tomou a fonte fundamental de inspiração para suas maravilhosas realizações.

As antes mencionadas “agências” fiéis à mais escrupulosa observância dos ditames do tão, a propósito, alardeado laicismo, coroam a sua ação corrosiva de uma reta aproximação ao saber e ao se empenhar para propagar mistificações pseudo-científicas da obscura ideologia de “gênero”, que visa demolir os fundamentos de uma vida pessoal, familiar e comunitária.

A subversão democrática liberal que está arruinando o velho continente em uma atmosfera mórbida cheia de corrupção moral e impulsos autodestrutivos, é urgente manter a visão lúcida que animou São Pio X para escolher como lema e o programa de seu pontificado a advertência Paulina solene “Instaurare omnia in Christo” (estabelecer todas as coisas em Cristo); este aviso condena a arrogância antropocêntrica dos neo-modernistas que, renegando a basilar dependência que a civilização tem do processo redentor do Deus Uno e Trino, facilitam o predomínio do despotismo democrático-masônico decidido a desintegrar os agregados naturais dos seres humanos na uniformidade acinzentada e sufocante da apostasia.



Fonte: Sí Sí No No - La laicità è anticristiana

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