Para alcançar
seus objetivos, o clã capitalista que prevalece na Catalunha não tem reserva
moral ao apoiar-se em uma das facções do Poder Global do Dinheiro. Tudo é,
dizem os seus membros, para alcançar a liberdade e contra um estado espanhol
que alguns, narcotizados pelo ódio e propaganda, assimilam ao mal absoluto. A
ideologia separatista catalã que nestes dias impulsiona um ataque a toda a
Espanha encontrou em George Soros um grande aliado. O arquiteto globalista
húngaro viu na questão do separatismo catalão um ótimo meio para continuar a
operacionalizar sua função geopolítica.
Ele não está
interessado na demanda por liberdade e justiça que exclamam as bases
ideológicas da plataforma separatista, nem no benefício exclusivo dos membros
do grupo crematístico que hoje possui o poder na Catalunha. Deve ser dito, tão
pouco o preocupam, os não separatistas espanhóis em torno da Moncloa.
Moncloa – distrito de Madri onde fica
o palácio da Moncloa, residência oficial do Primeiro Ministro Espanhol
Ele os
considera elementos necessários porque possuem um sentido zero de Deus, de
Pátria e de Justiça. Por cobiça e ambição, são maleáveis e funcionais para o
desenvolvimento do jogo doméstico espanhol e do jogo regional europeu
desenvolvido por George Soros e seus companheiros de clã globalistas. Para que,
de fato, 1% da humanidade possa realmente controlar o mundo, é essencial avançar rapidamente na erosão das soberanias nacionais e
na diluição do poder dos povos através da divisão nacional, confronto horizontal
entre os componentes de um mesmo povo e a perda do sentido integral da pessoa
humana.
Dispõem no
campo fático do país ecolhido, estratégias de distração e tensão que nem sempre
têm o objetivo imediato de fragmentação territorial ou a aniquilação de um
país. É imperativo mencionar que o poder
mundial é segmentado em clãs que coincidem em princípios e objetivos, mas
diferem uns dos outros na preferência de companheiros - aliados conjunturais-
na velocidade no cumprimento dos planos, nos alcances temporais e na eficácia.
É por tudo isso - e não pela filantropia
- que George Soros aceitou há pouco tempo a causa da secessão proposta pela
camarilha capitalista da Catalunha.
A secessão catalã na perspectiva de
Soros
Além do
discurso pró-secessionista e do pró-La Moncloa, não se pode negar a participação
de Soros nas vertentes coletivas e individuais, que incitam ao separatismo. Na
época, Artur Mas buscou apoio decisivo nas redes
do Poder Mundial e contratou o Independent Diplomat Group para dar maior vigor
ao secessão.
Artur Mas – político defensor do
separatismo catalão.
A empresa
fundada pelo britânico Carne Ross recebe apoio financeiro e apoio
político-cultural da Open Society Foundations. O Independent Diplomat, entre
outros trabalhos, assessorou e articulou as exigências de autodeterminação do
Sahara Ocidental, bem como, desde março de 2013, foi encarregado de estabelecer
relações diplomáticas e políticas para a coalizão dos rebeldes sírios com a
estrutura da ONU e com muitos membros do organismo internacional. Da Generalit,
a ID cobrou por dois anos, 1,6 milhões de euros, mas seus serviços foram
cancelados com a investidura de Puigdemont.
Mas ninguém cometa
o erro de pensar que o atual presidente da Generalitat está na linha oposta de
seu antecessor mencionado e que deixou a esfera de satélites de Soros. O
oposto. Em 2016, ele contratou o sociólogo e escritor Jeremy Rifkin para ditar
uma conferência, pagando-lhe uma enorme quantia de 50 mil euros. Rifkin é outro
frequentador dos fóruns da Open Society Foundation.
Puigdemont
não é o poder em si na Catalunha. É apenas um pedaço desse poder detido por
outros que procuram adicionar mais aliados dentro dos círculos do internacionalismo
do dinheiro.
A Generalit
foi elevada ao ranking de corporação pública por Artur Mas. Recordamos que a
ACGN é presidida por Carles Vilarrubí Carrió, um empresário que é
vice-presidente da Banca Rothschild na Espanha e do clube de futebol de
Barcelona.
Carles
Villarrubí também integra a fundação separatista CATmón que considera como
principais aliados naturais de uma Catalunha independente a Israel, Estados
Unidos e Alemanha. Ele é casado com a empresária Sol Daurella Comadrán,
presidente da Coca-Cola Parceiros Europeus e acionista do Banco Santander. Sol
Daurella integrado até o mês de janeiro deste ano, um Conselho Consultivo
criado pelo Diplocat para colaborar na inserção da Catalunha no nível mundial.
Nos registros da Open Society figura a
Diplocat como uma das entidades que receberam dinheiro no circuito de Soros.
Outra
organização separatista catalã é o Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona
(CCBC), um think thank que tem
estreitas relações de cooperação com Jordi Vaquer, Diretor Regional para a
Europa da Open Society Foundations e co-diretor da Open Society Initiative for
Europe.
Concluindo
De todo o
acima, podemos pensar e dizer que haverá uma separação formal e total da
Catalunha no tempo imediato? Não.
A análise que
fazemos nos permite afirmar que o relançamento do movimento separatista catalão
tem o rosto de George Soros, mas isso não significa que haverá desmembramento
territorial e estabelecimento de um estado catalão independente do resto da
Espanha. Pois assim como a elite secessionista catalã procurou aliar-se às
redes do Poder Global do Dinheiro, de modo igual a elite que apoia a atual
perspectiva de La Moncloa fez o mesmo. Na verdade, o atual governo nacional
espanhol existe porque o Grupo Bilderberg, a Comissão Trilateral e o Conselho
de Relações Externas (CFR) o queriam, entre outras organizações globalista.
Os órgãos
oficiais da União Europeia vieram apoiar a La Moncloa. Então, vemos que não há
unanimidade no Poder Global do Dinheiro em relação ao separatismo catalão, nem
na oligarquia espanhola. Em qualquer caso, uma estratégia de tensão é
implantada para dividir em espírito e enfraquecer ainda na geoeconomia, mas sem
chegar, por agora, à separação formal e integral.
Se causam
conflitos horizontais e as pressões máximas são causados para obter maiores
concessões e também para ocupar melhores espaços de poder em disputa permanente
entre os clãs catalães, espanhóis e internacionais. Se busca uma Espanha com um
modelo federal dentro de uma União Europeia sólida e também com esquema
federal, intrusiva e totalitária, mas sempre sem romper com Atlantismo e a Globalização.
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