PARTICIPOU EM UM ENCONTRO ORGANIZADO PELO GRANDE
ORIENTE DA ITÁLIA
Em 12 de novembro passado se celebrou em Siracusa (Sicília, Itália) o
encontro organizado pelo grande Oriente da Itália, sobre «Igreja e a Maçonaria,
tão próximos tão distantes». Mons. Antonio Stagliano,
bispo de Noto, participou no evento e concedeu algumas declarações a La Croce.
17/11/17 17:32
(InfoCatólica) – Tradução
de Airton Vieira – Depois da reunião, Giovanna Armiño entrevistou para «La
Croce» ao bispo de Noto, Mons. Antonio Stagliano, quem participou do Encontro.
Estas são algumas de suas declarações ao final do evento:
«Creio que muitos católicos têm
expressado sua preocupação e até indignação porque têm uma concepção da Franco-maçonaria
que evidentemente é negativa. Os maçons seriam desses encapuzados, satanistas,
mafiosos. Se isto é certo, inclusive posso entendê-los. Mas eu fui convidado
a um debate público, com uma maçonaria que não parece ser uma sociedade secreta,
e suas cabeças são visíveis. Fui capaz de pregar o Evangelho também a eles,
porque me pediram que fale sobre a relação entre a Igreja e a maçonaria. Posto
que sei pouco da maçonaria, pensei falar da Igreja Católica. Deixando libre à
sua inteligência que compreendam se estão distantes ou próximos.
Lhes expliquei que para a Igreja do Vaticano II, a Igreja do diálogo,
eles não estão próximos nem distantes, mas totalmente fora. Estão fora da
comunhão católica, estão excomungados. Lhes
expliquei o que é a excomunhão. Assim que permitam-me tranquilizar a todos
aqueles que pensam que minha presença «dialogal» é uma espécie de despacho de
aduana. Absolutamente não. Não é de minha competência fazer isto. Mas como
teólogo, como bispo e sobretudo como teólogo, quis explicar que estão fora da
comunhão da Igreja.»
A entrevistadora recordou ao prelado que os maçons dizem que há vários católicos
afiliados à maçonaria: «O senhor se dirigiu também a eles falando da excomunhão?».
«Certamente, eu diria que uma
das principais razões que me levaram a este diálogo, foram em primeiro lugar,
obedecer o mandato de Jesus, de que se há lobos, ‘os envio como ovelhas em meio
de lobos’, e se há inimigos da Igreja, ‘tens que amar a teus inimigos’. Assim
que meu proceder, pelo menos desde a intenção de meu coração é fazer uma obra
de caridade intelectual, caridade é também dar alguma iluminação particular às
pessoas que podem estar desorientadas. Porque se muitos dos que me têm escutado
são maçons e são católicos, evidentemente essas pessoas são nossos irmãos, um pouco
desorientados. Como reconciliar com a excomunhão sua pertença à
maçonaria; com o ir à Igreja e talvez inclusive alimentar-se da Eucaristia? Não é possível. Se há,
como alguns dizem, a pertença à Franco-maçonaria de alguns sacerdotes e alguns bispos,
parece que é necessária uma presença autorizada de um bispo que lhes diga: veja,
estas coisas não são possíveis. Porque se um sacerdote ou mesmo bispo
se adere à Franco-maçonaria, significa que não lhe importa a excomunhão. Mas
um católico ao que não lhe importe a excomunhão creio que tem problemas de
identidade católica, me parece.
Vim aqui a dizer que essa distância e
proximidade deve ser interpretada dizendo que eles estão tão distantes, que estão
fora da comunhão com a Igreja. Então, sendo pessoas dotadas de razão o senhor pode
falar com eles e dialogar, e eu desenvolvi o tema para ver qual seria a possível
proximidade que veem em uma distância abismal.»
Traducción para Infocatolica por M. Virginia O. de Gristelli
É exatamente disso que nossa Igreja necessita: Transparência.
ResponderExcluirAssumiu que foi e o que falou, e com autoridade.
Essa é minha Igreja