sábado, 18 de novembro de 2017

Mons. Stagliano: «Os maçons estão fora da Igreja, ainda que sejam sacerdotes e bispos»

Mons. Stagliano: «Los masones están fuera de la Iglesia, aunque sean sacerdotes y obispos»
PARTICIPOU EM UM ENCONTRO ORGANIZADO PELO GRANDE ORIENTE DA ITÁLIA

Em 12 de novembro passado se celebrou em Siracusa (Sicília, Itália) o encontro organizado pelo grande Oriente da Itália, sobre «Igreja e a Maçonaria, tão próximos tão distantes». Mons. Antonio Stagliano, bispo de Noto, participou no evento e concedeu algumas declarações a La Croce.
17/11/17 17:32
(InfoCatólica) – Tradução de Airton Vieira – Depois da reunião, Giovanna Armiño entrevistou para «La Croce» ao bispo de Noto, Mons. Antonio Stagliano, quem participou do Encontro. Estas são algumas de suas declarações ao final do evento:
«Creio que muitos católicos têm expressado sua preocupação e até indignação porque têm uma concepção da Franco-maçonaria que evidentemente é negativa. Os maçons seriam desses encapuzados, satanistas, mafiosos. Se isto é certo, inclusive posso entendê-los. Mas eu fui convidado a um debate público, com uma maçonaria que não parece ser uma sociedade secreta, e suas cabeças são visíveis. Fui capaz de pregar o Evangelho também a eles, porque me pediram que fale sobre a relação entre a Igreja e a maçonaria. Posto que sei pouco da maçonaria, pensei falar da Igreja Católica. Deixando libre à sua inteligência que compreendam se estão distantes ou próximos.


Lhes expliquei que para a Igreja do Vaticano II, a Igreja do diálogo, eles não estão próximos nem distantes, mas totalmente fora. Estão fora da comunhão católica, estão excomungados. Lhes expliquei o que é a excomunhão. Assim que permitam-me tranquilizar a todos aqueles que pensam que minha presença «dialogal» é uma espécie de despacho de aduana. Absolutamente não. Não é de minha competência fazer isto. Mas como teólogo, como bispo e sobretudo como teólogo, quis explicar que estão fora da comunhão da Igreja.»

A entrevistadora recordou ao prelado que os maçons dizem que há vários católicos afiliados à maçonaria: «O senhor se dirigiu também a eles falando da excomunhão?».
«Certamente, eu diria que uma das principais razões que me levaram a este diálogo, foram em primeiro lugar, obedecer o mandato de Jesus, de que se há lobos, ‘os envio como ovelhas em meio de lobos’, e se há inimigos da Igreja, ‘tens que amar a teus inimigos’. Assim que meu proceder, pelo menos desde a intenção de meu coração é fazer uma obra de caridade intelectual, caridade é também dar alguma iluminação particular às pessoas que podem estar desorientadas. Porque se muitos dos que me têm escutado são maçons e são católicos, evidentemente essas pessoas são nossos irmãos, um pouco desorientados. Como reconciliar com a excomunhão sua pertença à maçonaria; com o ir à Igreja e talvez inclusive alimentar-se da Eucaristia? Não é possível. Se há, como alguns dizem, a pertença à Franco-maçonaria de alguns sacerdotes e alguns bispos, parece que é necessária uma presença autorizada de um bispo que lhes diga: veja, estas coisas não são possíveis. Porque se um sacerdote ou mesmo bispo se adere à Franco-maçonaria, significa que não lhe importa a excomunhão. Mas um católico ao que não lhe importe a excomunhão creio que tem problemas de identidade católica, me parece.

Vim aqui a dizer que essa distância e proximidade deve ser interpretada dizendo que eles estão tão distantes, que estão fora da comunhão com a Igreja. Então, sendo pessoas dotadas de razão o senhor pode falar com eles e dialogar, e eu desenvolvi o tema para ver qual seria a possível proximidade que veem em uma distância abismal.»

Publicado originalmente no blog de Marco Tosatti
Traducción para Infocatolica por M. Virginia O. de Gristelli

Um comentário:

  1. É exatamente disso que nossa Igreja necessita: Transparência.
    Assumiu que foi e o que falou, e com autoridade.
    Essa é minha Igreja

    ResponderExcluir