sexta-feira, 10 de maio de 2019

FALAM OS EXORCISTAS – PARTE VI



Nota do tradutor – Com as postagens a seguir, intituladas “Falam os exorcistas”, pretende-se proporcionar aos leitores informação sobre um tema cada dia mais premente, o da influência demoníaca na vida do ser humano, responsável pela quase totalidade dos males hodiernos. O intuito é o de entender como o satanismo especialmente a partir das últimas três centúrias, vem dominando praticamente todas as esferas da vida humana, da religiosa à civil, trazendo consequências a nível individual, familiar e coletivo; isto dito por quem lida direta e indiretamente com os “dominadores deste mundo tenebroso” (Ef VI, 12). As informações, altamente necessárias a todos, crentes e não crentes, servirão para nos colocar diante da verdade: sobre nós e sobre os que nos cercam; tendo em conta o revelado à Santa Brígida da Suécia, que a Igreja utiliza em sua liturgia: “(...) Suplico-Vos, meu Salvador, livrai-me de todos os meus inimigos visíveis e invisíveis e fazei-me chegar, com vosso auxílio, à perfeição da salvação eterna”. É disto que se tratará nas postagens a seguir, vindas em boa hora para que a Verdade possa de fato libertar os – cada vez crescentes – milhões de cativos mundo afora, mesmo fora das prisões institucionais; portanto, eu, você, e muitos mais.
Porta aberta ao demônio – 1ª porta
R.P Paul Marie de Mauroy*

A Hereditariedade
A primeira porta aberta trata-se da herança hereditária. Nestas 7 portas abertas veremos como o demônio pode influenciar para além do caso [concreto] da possessão ou da infestação... Comecemos então com o ensino sobre a 1ª porta aberta, isto é: a Hereditariedade.


Por que a hereditariedade pode ser uma porta aberta ao demônio? Todos sabem que existe um conceito de hereditariedade [ou congeneridade], isto é: quando na família se tem um avô que é alcoólatra pode ocorrer que alguns de seus descendentes se tornem alcoólatras. Este é um caso conhecido, porém existem também outros casos que são mais graves.

Quando encontramos nos nossos antepassados alguns que fizeram alianças com o demônio através de práticas de ocultismo, e – ainda mais grave – com [alguma espécie de] pacto satânico, os seus descendentes ficam marcados. Porque quando uma criança é pequena ela é ligada a seus pais como se fosse uma única pessoa. Este é o caso da criança no ventre materno, ela se torna quase uma pessoa com a sua mãe, ainda que a alma já esteja presente. É a mãe que tudo dirige à criança. Assim, são quase uma pessoa.

Neste caso, se a mãe está comprometida com o demônio, o mesmo assume os seus “direitos” sobre a criança; assim sendo, a criança ficará marcada pelo demônio sem saber e sem querer[1]. Por isso, quando se reza uma oração de libertação sobre uma pessoa que tem o peso de seus antepassados (hereditariedade), às vezes o demônio se manifesta de forma muito forte semelhante a uma possessão; por exemplo, em um caso atual, uma pessoa, quando rezei por ela me deparei com uma quase manifestação demoníaca: a pessoa caiu no chão e depois se arrastou como uma serpente, porém, ela não estava possuída, ela podia ir à Missa, rezar e não ficar abalada. Só que, quando rezei sobre ela, descobri que existia um “peso”, uma carga de seus antepassados. Alguns são vítimas de um “trabalho”, ou práticas de ocultismo, ou ainda outras formas de contato com o demônio.

Assim, nestes casos as pessoas se manifestam com aparência de uma possessão ou de uma infestação ou de uma vexação etc, sem de fato estarem [contaminadas desta forma]. Assim, pode-se multiplicar as orações de exorcismos que nestes casos as pessoas não são liberadas. Ainda que se sintam um pouco aliviadas, não estão completamente liberadas: necessitam uma outra ação para libertá-las.

Como podemos saber se uma pessoa tem ou não o peso (a marca do demônio) da sua hereditariedade?

Aqui necessitamos de muita experiência para saber discernir sobre os sintomas que aparecem em uma pessoa que está marcada pelo demônio, pela herança hereditária. Estes sintomas eu encontrei fazendo uma seleção dos sintomas gerais, que depois encontrei em muitas pessoas – mais de 20.000. Estes sintomas, não digo que tenham valor científico, porque qualquer um deles podem ser explicados de outro modo: de modo hospitalar, psicológico etc.

No entanto, quando em uma pessoa encontro estes quatro sintomas, percebo que seguramente estão marcadas pelos seus descendentes. Por quê? Porque quando se explica e se entende o peso de seus descendentes, e se aplica para libertar deste peso, as pessoas se sentem aliviadas, libertadas. É uma confirmação, à posteriori, de que os sintomas são verdadeiros.

Assim que, não quero provocar o medo nas pessoas que identificam estes quatro sintomas, porque ainda que os reconheçam, isto não influencia absolutamente em nada com relação à salvação. Esta se encontra em outro nível, o nível sobrenatural; enquanto a hereditariedade está relacionada com o condicionamento humano, não na alma, onde está a graça de Deus.

Toda a questão da predestinação não é atingida por este peso dos antepassados, por esta porta aberta ao demônio. Assim que, se uma pessoa possui estes sintomas de seus antepassados, isto nada obstaculiza a sua salvação. É somente um peso da vida que pode arrastar a uma desesperação. Neste caso, a predestinação é comprometida.

Estes quatro sintomas são:

a)      Tensão no pescoço em sua parte posterior (nuca). Uma tensão pequena, que não é uma traumatologia (torcicolo) de um bloqueio que não é muito forte. Uma tensão no pescoço de forma que quando se gira a cabeça, se sente por detrás que seu pescoço trava um tanto.

b)      Tensão nas costas.

c)      Tensão nas escápulas (tensão na parte alta das costas).

d)      Fraqueza, muitas vezes, nos membros, nos nervos. Por exemplo, quando uma pessoa está caminhando pela rua, e de repente perde as forças das pernas, ou ainda dos braços, sentindo fraqueza ou dormência, ou então endurecimento do braço, durando questão de segundos.

Quando uma pessoa possui ao menos três destes quatro sintomas, eu digo que carrega o peso de seus antepassados (ressalve-se que esta explicação não tem explicação médica).

Para libertar, porém, o peso dos antepassados precisamos saber se este peso vem do lado paterno ou materno, ou ainda dos dois lados.

Aqui encontramos outros sintomas que nos fazem identificar. Ressaltemos que o lado direito do corpo humano está vinculado com a descendência paterna, e o lado esquerdo está unido à descendência materna. Assim que, para saber de onde vem o peso dos antepassados faço umas perguntas: você tem um olho que enxerga menos que o outro? Um ouvido que ouve menos que o outro? Na sua vida já quebrou um osso? Quando sente a tensão ao redor do pescoço, há um lado para o qual ela pende mais?

Quando identificamos um lado mais pesado e mais frágil, isto está indicando a origem do peso hereditário. E depois haverá que intervir para libertar este peso dos antepassados.
Agora, como se faz para livrar a pessoa deste peso dos antepassados?

Existem muitos modos que são mais ou menos eficazes. O primeiro é fazer uma oração de expulsão desta atadura (laço) com os antepassados. Esta oração é uma súplica, ela não muda nada em relação com os pais, avós etc. É uma oração em que se pede a Deus para nos livrar de toda a carga negativa que foi transmitida por meio das gerações. Não falo de influência maligna, falo sobretudo de uma influência do mal transmitida pelas gerações dos seus antepassados.

Assim que, o primeiro modo para se ver livre deste peso é uma oração para libertar-se destas ataduras. É necessário um sacerdote que imponha suas mãos sobre a cabeça (sem contato) e suplique a Deus para que faça desaparecer esta atadura, rompendo estas cadeias que estão impedindo a pessoa de ter uma vida normal.

Também pode-se fazer uma Missa especial, que é muito eficaz. Porém, devemos explicar que a Santa Missa não é uma terapia. A Santa Missa é a Santa Missa. Entretanto, pode-se pedir como intensão de Missa que as pessoas sejam libertadas deste peso de seus antepassados.

Desta forma, é muito importante que a pessoa esteja na Santa Missa, como em um dia de domingo, isto é, a pessoa vai ao sacrifício de Cristo, não vai para ser curada. Contudo, suplicamos a Deus para que seja feita a sua vontade, que esta pessoa possa ser libertada.

Este modo de libertar as pessoas não é novo... existe um pastor anglicano que difundiu umas explicações falsas. Disse que os defuntos, depois da morte podem voltar à terra e fazer o mal às pessoas. Isto não é a doutrina católica. Assim que, quando uma pessoa morre, ela se encontra com Deus em seu juízo particular e privado, antes do juízo final. Não se trata dos antepassados que voltaram para fazer o mal. Mais adiante veremos que às vezes Deus permite às almas do Purgatório que se manifestem para pedir orações.

Por este momento, mantenhamos estes dois modos para ser libertados do peso dos antepassados: as orações para se livrar das ataduras e as intenções da Santa Missa. Basta celebrar não mais que três, porque se deve verificar depois de três meses se as pessoas foram libertadas ou não.
Continua...
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* Padre Paul Marie de Mauroy C.S.J. É irmão da Congregação São João. formado em Filosofia e Teologia. Nomeado exorcista diocesano para a diocese de Toulon em 1994, preside a IAD (Associação Internacional para Libertação) sendo ainda conselheiro da IEA (Associação Internacional de Exorcistas).
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Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=u0BZzgkELUM&t=5s


[1] Do mesmo modo que as heranças genéticas que influem sobre o corpo e a personalidade. Aqui, como dito no artigo anterior (nota 2), entenderemos melhor da necessidade do Batismo pelo Rito Extraordinário (ou Antigo, ou Tridentino),

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