sexta-feira, 16 de maio de 2014

Os falsos direitos na sociedade pagã



O exercício do direito está diretamente ligado à capacidade de conhecer as coisas e voluntariamente optar em agir bem ou agir mal, respeitar ou transgredir o que é legítimo de acordo com a natureza das coisas.

Para fazer o bem ou o mal é necessária a combinação de inteligência e razão; a inteligência nos dá capacidade de conhecer, e a razão, a capacidade de julgar o que a inteligência compreende sobre os seres. Por mais lógico e óbvio que seja a sociedade decadente atual ignora que o homem, por natureza, é o único ser que goza de racionalidade, portanto, só ele pode usufruir do direito, só ele goza de livre arbítrio que o capacita a escolher o certo ou o errado, e, por sua escolha, merecer prêmios ou punições.


Aprendemos, desde pequenos, em ciência, que os seres são agrupados em quatro reinos; mineral, vegetal, animal e humano. Entre eles o homem é o único dotado de razão e inteligência. Esse privilégio é de ordem sobrenatural, o homem é dotado dessa vantagem sobre os outros seres por ser o único feito à imagem e semelhança de Deus, como explica as Sagradas Escrituras. Foi por ele que Nosso Senhor Jesus Cristo operou a Redenção derramando seu preciosíssimo sangue.
De forma mais ampla, só o homem pode ter direito, pois, só ele, por participação, usufrui da racionalidade, cuja origem é Deus. Ter direito também gera o cumprimento de obrigações da mesma natureza; se eu tenho direito de usufruir um bem que licitamente eu consegui, eu tenho obrigação de não roubar nem prejudicar o bem alheio; se eu tenho o direito natural à vida, não posso matar meu semelhante, e assim por diante. Os animais e as plantas são irracionais, não cumprem obrigações sociais, apenas executam o que a sua natureza manda pelos instintos, não são imagem e semelhança de Deus e, por isso, indignos de direitos.

Essa cegueira que leva uma sociedade a defender esses falsos direitos dos animais e ambientais é resultado de uma cegueira espiritual, é efeito de uma sociedade apóstata que, desde a Renascença, vem renunciando os ensinamentos da Igreja de Cristo, dos sacramentos estabelecidos por Ele e administrado pela Religião Católica; a troca do evangelho pelo retorno ao paganismo, essa mentalidade também está presente na igreja conciliar adaptada ao mundo servindo de instrumento para o governo único mundial e tem adesão de milhares de católicos sem formação doutrinal vítimas do clero sem fé. Na sociedade moderna – se é que podemos chamar isso de sociedade – a razão e a lógica foram substituídas pelos apelos sentimentais e anti-intelectuais da propaganda e, as verdades eternas por ideologias pagãs. Explorar a natureza para extrair dela benefícios é um direito natural do homem dado por Deus; então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra.” (Gen 1:26).

Deixando de ter Deus e a ordem natural como referência, o homem moderno volta ao irracionalismo a ponto de se identificar e se equiparar com seres inferiores. O amor ao próximo que é fruto do amor a Deus desaparece, por isso, não por acaso, é muito comum entre os militantes desses movimentos anticivilizatórios a indiferença ou até mesmo o apoio a práticas bárbaras como aborto e a eutanásia. O ofuscamento da inteligência provocado pela mentalidade neopagã imposta por ONG’s ligadas a ONU através da doutrinação coletiva (lavagem cerebral) pela mídia de massa, não permite que os brutos percebam que esses direitos violam a própria natureza do que eles acham estarem defendendo e que não passam de soldados nas mãos dos gerentes do mundo. 

Durval Cardoso.


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