“Não queirais ser como o
cavalo e o mulo sem entendimento, cujo ímpeto se domina com o cabresto e o
freio; doutro modo não se aproximam de ti”
(Sl XXXI, 9)
Algumas
considerações preliminares
Primeira: “O que crer e fôr batizado, será salvo...” (Mc XVI,
16a).
Segunda: “... Crê no
Senhor Jesus, e serás salvo tu e tua
família”; por isso “... imediatamente foi batizado êle e tôda a sua família” (At XVI, 31.33).
Terceira: “... Deixai vir a mim os meninos, e não os
embaraceis, porque dêstes tais é o reino de Deus” (Mc X, 14).
Muito bem. Um
parênteses.
[Nasce um filho. Hora de
levar ao hospital para a vacina. – “Não. Quando crescer ele decide se vai
querer tomá-la”, protestam os pais, por certo liberais e moderninhos. Ou de
esquerda, que (também) adoram protestar. Vem a pólio: o aleija para o resto da
vida. Ou a febre amarela, o tifo, o tétano etc. Morre um filho.]
Voltando às
considerações. Sobre a primeira temos que Cristo impôs duas condições à
salvação: a fé e o batismo. Só entra no reino de Deus quem “... renascer por
meio da água (do batismo) e do Espírito Santo...” (Jo III, 5).
Sobre a consideração
segunda temos que a solução aos problemas dos pequenos vem por meio dos que
receberam autoridade sobre eles, de maneira similar ao que ocorre com a lei natural,
quando os pais respondem pelos filhos até possuir condições de responderem por
si. É o que nos mostra o Senhor no diálogo com a cananeia: “... ó mulher,
grande é a tua fé! Seja-te feito como
queres. E desde aquela hora ficou sã
a sua filha” (Mt XV, 28); e também o Espírito Santo: “Ouvi, filhos, os
preceitos do vosso pai, e procedei de sorte que sejais salvos. Porque Deus quer honrar o pai nos filhos, e formou
cuidadosamente a autoridade da mãe sôbre os filhos” (Eclo III, 2s).
Sobre a consideração
terceira devolvemos novamente a pergunta tão cara aos homens da bíblia: “onde está na Bíblia”, do Genesis ao Apocalipse,
um só versículo em que Deus proíba o batismo de crianças?
Quer dizer então...?
exatamente! O problema é que devido aos sofismas e deturpações da Sagrada
Escritura feitos pelos pastores e intérpretes não se percebe o engano
demoníaco que impede se achegar a Cristo “os meninos”, isto é, as crianças para
as quais o reino de Deus foi feito. Logo, quanto menos batizados, salvo por um
desígnio todo especial do Criador – que não é regra, mas exceção –, menos “cidadãos” no céu. A questão
que naturalmente aflorará ante este impasse será: então como ficam os não
batizados? Não seria justo mandá-los ao inferno só por isso!
Em Deus não pode haver
injustiça, pois Ele é a própria Justiça. Mas, também é infinito. Assim sendo,
toda e qualquer ofensa contra Sua pessoa se torna uma ofensa infinita. Não por
capricho foi preciso que Ele próprio viesse pagar as culpas que jamais teríamos
condições de pagar devido a nossa condição de criatura finita e limitada. Daí
que antes de responder a dúvida acima é mister dar a entender dois pontos
fundamentais sobre esta doutrina.
Um: existe duas qualidades de
pecado, distintas uma da outra, ainda que interligadas, como o sangue e a água
no corpo. Um é o pecado original, outro, os atuais. O primeiro gera os
segundos, sendo aquele oriundo de nossos primeiros pais, Adão e Eva, assim
singulares e literais. Deles herdamos como doença espiritual o germe do pecado,
por isso o denominamos original, das origens. Todos, à exceção de Jesus e de
Maria[1], o
herdaram, donde São Paulo decretar: “... porque todos pecaram, e estão privados
da glória de Deus...”[2].
Não nos iludamos, esse todos inclui as crianças, e isso o comprova o
salmo: “Eis que nasci
na culpa, e minha mãe concebeu-me no pecado”[3]. Daí que como Cristo obviamente o
sabia, ordena a não impedir que as crianças venham a Ele “... pois delas é o
Reino dos céus”. Na segunda qualidade de pecado, os atuais, está tudo o que
conscientemente fazemos em desacordo com a ordem estabelecida pelo Criador,
todos os dias. Destes, as crianças até a idade da razão (bem como os portadores
de deficiências mentais) são isentos, uma vez que não possuam compreensão
suficiente (ignorância invencível). Até fazermos uso da razão de forma
consciente somos como os animais irracionais, sem noção de certo ou errado, o
que nos excetua deste tipo de culpa. Quando passamos a entender passamos a
pecar, devido às consequências do pecado original que enfraquece nossa
inteligência e vontade para o que é reto, ainda que dele nos tenhamos livrado
pelo batismo. É como um câncer, que apesar de extirpado não deixa de deixar
sequelas. Disto deriva que devamos separar em duas as categorias de pecadores:
os que possuem apenas a mancha do pecado original quando morrem e os que já
adquiriram idade e compreensão para cometer também os atuais, que podem ser menos
graves (veniais) ou mais graves (mortais).
Dois: a Bíblia e a
Tradição nos dizem, explícita ou implicitamente, que existem quatro espécies de
inferno (do latim infernus, região
inferior). São elas: o Inferno propriamente dito (a habitação dos demônios e
dos condenados), o Purgatório, o Limbo dos Justos e o Limbo das Crianças. Não
me deterei aqui senão no último.
Um adulto não batizado,
ao morrer corre sério risco de não entrar no reino de Deus devido a ofensa
feita à Justiça e Misericórdia divinas ao recusar um benefício deixado pelo
Criador e de forma condicional. Isso
para o caso de que sejam portadores de ignorância vencível e/ou não se guiem
pela Lei natural instalada em sua consciência racional. As crianças que não
tiveram idade para cometer algum pecado atual, mas possuem a mancha do pecado
original em suas almas (o vírus), que só pode ser retirado pela água do batismo
(a vacina), por justiça também não poderão entrar neste Reino. É preciso
especialmente no mundo atual se acabar com a noção de que Deus é só amor, mas
um “amor” segundo os distorcidos critérios humanos. Deus certamente é
amor/misericórdia, mas é também amor/justiça, pois uma atribuição não pode vir
separada da outra. Daí S. Paulo avisar aos romanos: “Considera, pois, a bondade
e a severidade de Deus; a severidade para com aquêles que caíram; e a bondade
de Deus para contigo, se permaneceres no
bem; doutra maneira também tu serás cortado” (XI, 22). E S. Pedro a todos
nós:
Porque, se Deus não
perdoou aos anjos que pecaram, mas, precipitados no tártaro, os entregou às
cadeias das trevas... e, se não perdoou ao mundo antigo, mas somente salvou com
outros sete a Noé... e, se condenou a uma total ruína as cidades de Sodoma e de
Gomorra, reduzindo-as a cinzas... (é
porque) o Senhor sabe livrar os justos da tentação e reservará os maus para o dia do juízo, a fim de serem atormentados...
(2 Pe II, 4-9).
Para um tema de crucial
importância na vida de muitos, que é o do Limbo das Crianças, existe uma doutrina
ainda não definida como dogma pela Igreja, o que não impede de encontrar em
Santo Tomás de Aquino, considerado o doutor por excelência, um argumento sólido
e consistente seguido por muitos outros doutores, santos e teólogos. Aqui
esboçarei mui superficialmente o pensamento do santo doutor, sendo aconselhável
seu aprofundamento através da Suma Teológica que elaborou ou através de
pesquisa sobre o tema do Limbo em Santo Tomás. Para tal, comecemos com a
continuação das palavras de Cristo acima mencionadas: “... o que, porém, não
crer, será condenado” (Mc XVI, 16b). Na primeira parte deste versículo, como
visto, Nosso Senhor deixa claro quais os critérios de entrada em seu Reino.
Compreendendo o que seja a mancha do pecado original teremos uma ideia da
perfeição e justeza desta sentença: nada de impuro pode entrar no céu, na
presença de Deus, que é pureza absoluta. Em contrapartida, ao declarar que
somente a falta de fé pressupõe a condenação e não a falta do batismo, abre-se
outra perspectiva que pode-se resumir da seguinte forma: se para o inferno for
suficiente a falta de fé (que em última instância será a negação de Deus, não
da criança, mas dos pais que sobre ela possuem autoridade), mas para o céu houver
a necessidade da fé e do batismo, é
lógico inferir que deva existir outro lugar para os que, apesar de não ter o
batismo não tiveram tempo ou condições de pecar, negar a Deus. Que não tiveram
as duas condições necessárias para se obter o paraíso, mas também não passaram
pela condição sine qua non à
condenação eterna. Lugar semelhante existiu para receber os que morriam na
graça de Deus, mas que ainda não podiam entrar no céu antes que Cristo
nascesse, morresse, ressuscitasse e lhes abrisse as portas, pois ainda não
tinham sido batizados “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”: era o
Limbo dos Justos, o Seio de Abraão narrado nas Escrituras.
É notório que o fato de
algo não ser mencionado na Bíblia de forma explícita não significa que não
possa existir ou ser verdade de fé. No caso do Limbo das Crianças, apesar de
não ser explicitamente declarado também não o foi explícita ou implicitamente
negado, da mesma forma que o batismo para os pequenos. Não será por isso
difícil entender sua lógica, pois a doutrina defendida por S. Tomás (e com ele outros
teólogos e santos), além de razoável não possui contradição alguma com a
Revelação oral ou escrita. Para entendê-la precisaríamos antes saber como seria
este lugar.
O doutor angélico o
explica como possuindo basicamente duas características: as crianças que para
lá se dirigirem, primeiro em espírito e após o Juízo final também em corpo,
jamais verão a Deus “face a face”, porém jamais passarão pelo sofrimento ou a
dor. O que a princípio pareceria contraditório e intricado de fato não o é. É
que estas alminhas, que por negligência dos pais ou outro motivo não receberam
a “vacina”, ainda que não possuam culpa (pecados atuais) não ficarão imunes à
doença do pecado original, que já nasce conosco como bem o demonstrou o
salmista, permanecendo suas almas manchadas (impuras, maculadas) ao morrer.
Como no Céu nada de impuro pode entrar, por uma questão de justiça não
entrarão, mas também por justiça não irão ao Inferno, pois não cometeram
pecados voluntários, não negaram a Deus ou blasfemaram seu santo nome. Daí ser
destinado a estes pequeninos um lugar sem sofrimento ou dor, apesar de não ser
o paraíso. Qual o sensus iustus em
tais disposições? Justamente em não conhecer o Céu.
Sigamos com a explicação
tomista.
Só se deseja o que se
conhece. Se desconhecemos a existência de algo não sofremos sua falta. Se nunca
vimos, por exemplo, determinada pessoa, não sofremos por não tê-la ao nosso
lado. O mesmo pode-se dizer de uma criança pequena que não tenha diante de si
determinado objeto: ela só o desejaria e sofreria por não possuir se com ele tivesse
tido contato. Com o Limbo ocorre algo semelhante. Segundo S. Tomás, por
misericórdia – mas também por justiça – Deus não permite que esses pequenos
tomem conhecimento da existência do Céu, para que não o desejem e assim sofram
eternamente sua ausência. Acontece que devido ao Limbo ser isento de
sofrimentos ou dores, o que podemos deduzir se tratar de um local agradável e
feliz, para elas ali será o paraíso, o melhor lugar do mundo, não havendo assim
injustiça divina alguma. Por que então, se existe, não é citado nos relatos
referentes ao Juízo final? Isto se justificaria pelo fato de as almas do Limbo
também não participarem dele, dado que seremos julgados pelos nossos atos, o
que pressupõe inteligência e vontade suficientes para pecar. Sua ressurreição
(para a qual não há exceção, pois todos haveremos de ressuscitar), por isso, se
daria à parte, sem um juízo, pois nada haverá nelas (bons ou maus atos) para
ser julgado.
Por outro lado, entender
atualmente a doutrina do Limbo das Crianças também nos dá condições de melhor
entender a “cultura da morte” impregnada nas sociedades cada vez mais
paganizadas, (ir)responsáveis por um número crescente de abortos, passando por
cima das leis natural e divina ao legalizar o assassinato infantil, privando
milhões de crianças não só da vida, mas do batismo, porta de entrada para a
eterna visão de Deus. O problema maior não é a morte, mas as condições em que
se morre. Ao demônio, neste caso, não interessa tanto matar, mas fechar as
portas do paraíso. Por isso vem inspirando cada vez mais celeremente os homens
a criar leis desordenadas e falsas doutrinas que acarretarão, pela falta do
batismo, o impedimento de se chegar a Cristo um número significativo de “meninos”[4].
Deixo para o final o
maior argumento de muitas seitas para não conferir às crianças o batismo: Jesus
foi batizado aos 30 anos. Se o que desejam os protestantes é seguir o exemplo
de Cristo, esse será um péssimo atalho, pois aqui se encerram dois graves
enganos ou deturpações. Em primeiro lugar há de deixar claro uma vez por todas
que o batismo de São João Batista não
foi o batismo que Cristo próprio instituiu e mandou que se fizesse a tôdas as gentes (Mt XXVIII, 19). O
batismo no Jordão, como os Atos dos Apóstolos bem especifica[5],
foi um outro batismo, diferente e
distinto do instituído e ordenado por Cristo, sendo aquele
um batismo de penitência a fim de preparar o povo judeu para a vinda do
Messias, conferindo credibilidade à pessoa e missão do Batista. O que nos leva
à segunda deturpação das Escrituras: tais pessoas esquecem que o próprio Cristo
foi circuncidado (figura do batismo cristão, segundo o que a Igreja entende e
pratica) aos oito dias de nascimento,
exatamente como Deus havia ordenado a Abraão que se fizesse a todos os varões
do povo escolhido e os a ele associado, a partir desta idade. Este rito, a
exemplo do Matrimônio e da Ordem (Sacerdócio) foi elevado pelo Senhor na Nova
Aliança à categoria de Sacramento, adquirindo maior dimensão que a circuncisão
judaica. Por isso se tornará uma questão sine
qua non para se adquirir a visão beatífica ou divina na outra vida. Notemos
que isto já está claramente sinalizado na própria circuncisão
veterotestamentária, figura do Batismo: “Este meu pacto (será marcado) na vossa carne para (sinal de) aliança eterna. O indivíduo do sexo masculino, cuja carne não tiver sido circuncidada, será
excluído do seu povo, porque violou a minha aliança” (Gen XVII, 13s).
Lutero e outros
protestantes contemporâneos, mesmo errando em grande parte de suas doutrinas
manteram o Batismo conforme a visão da Igreja, prova disso é que ela o
reconhece em algumas seitas por cumprir a ordem de Nosso Senhor, isto é,
batizar com a intenção de apagar a mancha do pecado original e de todo e
qualquer pecado, transformando as criaturas em filhos adotivos e inserindo-as
na graça santificante que abre as portas do Reino de Deus, antes, a todos os
demais Sacramentos. Os que nestas seitas são batizados não necessitam de outro
batismo ao aportar ou retornar ao seio da Igreja.
Já com a maioria dos
protestantes uma nova e grave contradição se manifesta sem que muitos se deem
conta: inúmeras seitas obrigam os neófitos a se batizar ainda que tenham já
sido batizados em outra seita irmã, o que nos dá o direito à pergunta: onde
está a “unidade no fundamental”, sendo que na Bíblia lemos: “há um só batismo”? É justo dizer que
algumas aceitam o batismo de outras, mas isso não valerá para todas.
Em tudo, no entanto, as
piores consequências não estarão com as crianças, que apesar de não desfrutar
do Paraíso não experimentarão o Inferno, mas sim com quem, seja por qual motivo
for, salvo ignorância invencível, não as “vacinou”.
Em tempo: 1) A Igreja,
em sua extrema bondade e sabedoria nos aponta três possibilidades para se obter
o Batismo. E como recebeu do Fundador o poder de “ligar e desligar”, o que ela
determina como verdade de fé não pode conter erro. Estudando-se o Catecismo lá se encontrará as três possibilidades e
outras importantes informações sobre este assunto de extrema importância.
2) Com relação ao Limbo,
mui interessante é o relato de outra revelação de Jesus a Santa Brígida, que
corrobora a doutrina do Aquinate[6]. Tais revelações
chamadas “particulares” ou “privadas”, apesar de não ter a autoridade do dogma
e não obrigar ao fiel à sua aceitação, em alguns casos recebem o aval da
autoridade eclesiástica que atesta não haver erro teológico ou relativo à fé e
à moral, o que aqui é o caso; por isso me permito transcrever parte de uma
destas revelações, em que Cristo fala sobre o tema. Ela se encontra no livro 2,
capítulo 1 de As profecias de Santa Brígida: “Devido
ao meu grande amor, eu dou o reino dos
céus a todos os batizados que morrem
antes de atingirem a idade do discernimento. Como está escrito: É do agrado
do meu Pai conceder o Reino dos Céus a tais como estes. Devido ao meu terno
amor, Eu mostro misericórdia até mesmo às crianças dos pagãos [as não
batizadas]. Se qualquer um deles
morre antes de atingir a idade do discernimento, eles não podem me conhecer
face a face, e vão para um lugar que não é permitido que se saiba, mas onde
eles viverão sem sofrimento”.
3) Ao contrário do que
se acredita e é pregado por alguns até dentro da Igreja, o “dogma” do Limbo das
Crianças nunca foi abolido ou negado, simplesmente porque nunca chegou a se
tornar um dogma, que não pode ser abolido, negado ou mesmo modificado. Daí que
a questão continua aberta. E ao considerarmos o que disse Nosso Senhor a Santa
Brígida, ainda continuará até que o próprio Deus dê a conhecer o mistério e a
Igreja possa então decretá-lo uma verdade de fé, o que não impede de ver na
existência do Limbo algo coerente com a mesma fé e a justiça/misericórdia
divinas.
†
Apresentação do livro
Introdução do livro
[1] Como o veremos no capítulo
sobre Nossa Senhora mais à frente.
[2] Rom III, 23.
[3] Sl L, 7,
[4] A esse propósito ver o artigo
postado na rede Primeiro de três - O
Aborto e o Limbo ou Diante do Supremo Tribunal Celestial, em que faço
menção ao presente texto, publicado anteriormente no livro Evangélico, graças a Deus!(?) sob o pseudônimo de Frei Zaqueu.
[5] At XIX, 1-7.
[6] Por ser um testemunho real e
de nosso tempo, valerá também a pena conhecer a história de um dos maiores
aborteiros do século passado, e como Santo Tomás de Aquino (o Aquinate) o levou a tornar-se um dos
maiores pró-vida. Neste link a
podemos conferir: http://www.ofielcatolico.com.br/2006/12/medico-campeao-em-abortos-convertido.html
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