O principal órgão do calvinismo, o Journal de Genève,
por ocasião da convenção do Grande Oriente da França em 1906, confirmava nestes
termos o que foi dito acima sobre a vontade da seita em aniquilar o cristianismo
na França: “A Franco-Maçonaria está concentrada neste momento em Paris, onde
quatrocentos delegados das diversas lojas do país deliberam. É um acontecimento
de grande importância. Não é preciso esconder, com efeito, que a
Franco-Maçonaria segura em suas mãos os destinos do país. Se bem que não conte
senão com vinte e seis mil aderentes, ela dirige a seu bel-prazer a política
francesa. Todas as leis de que o catolicismo se lamenta tão amargamente foram
inicialmente elaboradas nas suas convenções. Ela as impôs ao governo e às Câmaras.
Ela ditará todas as medidas destinadas a assegurar-lhes a aplicação.
Ninguém duvida disso, e nenhuma pessoa, nem mesmo as mais
independentes,
ousariam contrariar de frente sua vontade soberana.
Aquele que se permitisse apenas
desconhecê-la seria logo destruído. Desde que Roma dava
ordens aos reis e aos
príncipes jamais se viu semelhante poder.
“A vontade da Franco-Maçonaria, ninguém mais o ignora, é
destruir o catolicismo
na França. Ela não terá interrupção nem descanso enquanto
não o tiver posto abaixo.
Todos os seus esforços tendem unicamente para essa
finalidade”.
A Revolução já se dera por missão realizar esse desígnio.
Ela acreditou alcançá-lo com a constituição civil do
clero. Através dela, separava
a Igreja da França de Roma e bem sabia que, abandonada a
si mesma, a Igreja da
França não poderia subsistir muito tempo. O artigo IV do
Título I da Constituição
rezava: É proibido a toda igreja ou paróquia de França e
a todo cidadão francês
reconhecer, em qualquer caso e sob qualquer pretexto, a
autoridade de um bispo
ordinário ou metropolitano, cuja sede estiver
estabelecida sob o domínio de uma
potência estrangeira, nem a de seus delegados residentes
na França ou em outra
parte”.