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Tradução de Airton Vieira – É impressionante o avanço das seitas
que se inspiram em Satanás, que invocam em sua ajuda a Satanás, que se servem
de promessas e compromissos com Satanás, entregando-lhe sua alma.
Há muitos anos, o
exorcista falecido Padre Gabriel Amorth nos pôs de sobreaviso: «Cada vez
mais pessoas praticam o espiritismo ou entram em seitas satânicas, [o que] tem se
tornado quase uma moda. Às vezes o fazem com inconsciência sem saber o que lhes
espera, mas logo se veem obrigadas, não raro com terror, a sofrer as consequências,
porque o Demônio não é entidade impessoal».
Não, não é o nome
dado pelos psicanalistas ao mal abstrato que existe na sociedade, mas é uma pessoa
concreta e como diz São Pedro «rugindo como um leão, buscando a quem devorar»
(1 Pe 5, 8).
Por desgraça uma má
teologia tem difundido -ainda na Igreja Católica- uma concepção abstrata do Demônio,
que contrasta abertamente com o ensinamento do Evangelho. Se vemos o aumento do
número dos que praticam o esoterismo ou entram nas seitas satânicas, é também
porque a Igreja deixou de ensinar corretamente a doutrina sobre o Demônio, ensinada
pela Escritura e conservada pela Tradição.
I. Atuação do Diabo
São João assinala
como tarefa principal de Cristo o ter-se manifestado para desfazer as obras do diabo.
É «príncipe deste mundo», segundo Jesus e semeia o mal em seu campo.
Nosso Senhor Jesus
Cristo destaca a presença trágica do diabo ao que chama «ser mau», «espírito
contrário ao homem», «diabo».[1] Suas obras são: a possessão
diabólica, a doença e a morte. Satã luta continuamente com o homem, atacando-lhe
pela cobiça, pela cólera, soberba, maledicência, instrumentos utilizados para
arrastar o homem à perdição. São ensinamentos expressados por Jesus. Precisamente
a ação salvífica de Jesus se dirige no fundo contra o diabo.
«Tão iluminadora
sobre a guerra acirrada entre Jesus e Satanás, e o triunfo daquele sobre este, é
a resposta dada pelo Mestre à alegre exaltação dos setenta e dois discípulos
que correm para informá-lo dos maravilhosos logros obtidos por eles durante sua
missão; fizeram exorcismos que se revelaram sempre eficazes: «Senhor, até os
demônios se submetem ao teu nome. Ele lhes disse: “Eu vi Satanás cair do céu
como um raio”» (Lc 10, 17-18). O Mestre ponderou o poder dos discípulos
—que atuavam «em nome» de seu Senhor— e lhes deu a profunda explicação disso.
Os setenta e dois tinham mencionado a derrota dos demônios menores que haviam
se apoderado do corpo dos homens, mas Jesus fala de seu chefe supremo: Satanás;
pois este é o grande vencido. Se as legiões de demônios retrocedem e não podem
resistir, isso é porque seu próprio chefe foi afetado e perdeu sua autoridade. Há
simultaneidade e coincidência entre a visão de Cristo e a ação de seus
discípulos: enquanto vós caçáveis os demônios, enquanto expulsáveis seus
agentes, eu via seu príncipe cair».[2]
Para tornar
compreensível o poder do Demônio, Jesus realiza uma cura em circunstâncias que
provocam admiração nos presentes e da que Cristo se serve para anunciar uma profunda
verdade: a existência do Demônio e o poder temível que possui.
Lhe apresentam um endemoniado
mudo. Não era mudo por doença, mas pela ação do Demônio que não lhe permitia falar.
Praticamente era mudo e assim era conhecido pelos familiares que o apresentam. Jesus
lançou o Demônio da alma e do corpo do desgraçado que em seguida começou a falar.
Assim o diz São Mateus no capítulo XII[1].
Jesus deseja demonstrar que quando uma pessoa abriga o Demônio é como um boneco
que se move segundo as exigências de Satanás, neste caso impedindo o homem de
falar, porque evitava que praticasse sua confissão mediante a qual Jesus libere
o homem também de sua possessão diabólica.
Em presença da multidão
Jesus ordena o Demônio que abandone sua vítima, o Demônio sai em forma visível,
com o que os assistentes se dão conta de que não se trata de uma simples cura, mas
de uma derrota do Demônio pelo poder de Cristo.
O Evangelista
manifesta que se maravilharam as turbas dizendo: Jamais se viu tal
coisa em Israel.
Todos os
circunstantes acreditavam na existência e no poder do Demônio, ao tempo que
admitiam que ninguém nem nada poderia vencer Satanás, e Jesus deu a lição de
que enquanto o Demônio se apodere de uma pessoa, seja pelo pecado que é
verdadeira opressão como pela permanência em seu corpo, a pessoa possuída perde
o domínio de si mesma, suas potências e sentidos, não pode dominá-los e
orientá-los, porque é só o Demônio quem tem potestade absoluta sobre ele.
Hoje sucede o mesmo,
o homem carrega voluntariamente o Demônio quando cometeu seu pecado, o elegeu
por seu rei, depositou em suas mãos todos seus sentidos, o Demônio pode torná-lo
mudo, enquanto se refere à manifestação de seus pecados, pode torná-lo surdo, para
que não escute as advertências salvíficas de Deus, pode convertê-lo em paralítico para
impedir-lhe que busque seu Salvador, pode transformá-lo em desesperado introjetando-lhe
sentimentos de inevitável condenação, pode enganá-lo sobre sua situação ao
conseguir que não tema esse [estado de] condenação em que já se lançou.
O Demônio a quem Jesus
chama inimigo do homem, adormece a alma para que esqueça sua
trágica situação, trata de fazê-la esquecer a Deus e a seu juízo particular que
há de sofrer, a convida a toda sorte de pecados, contra os que acaba por perder
todo temor, prende a pessoa em sua temível prisão inconsciente para que não
busque a Deus.
O Evangelho pontualiza
que apresentaram-lhe o mudo, não foi ele mesmo quem buscou a Jesus, já que o Demônio
o impedia, pois não queria perder um cliente.
O que
frequentemente sucede é que uma pessoa não dá importância à existência do diabo,
porque ela mesma se encontra possuída por Satanás. Quantos surdos, mudos e
paralíticos, transitam por nossas avenidas, tão cegos que não podem captar o
poder que Satanás exerce em suas almas já vencidas.
Como o muito piedoso
David que após cometer adultério e um assassinato fica tranquilo e sem culpa, até
que o profeta Natã o faz lembrar de seu estado de condenação[2].
Estava tão possuído de Satanás que este conseguiu que David seguisse dançando seus
impudicos salmos a Deus, enquanto em seu coração dominava totalmente seu inimigo
o demônio; por isso, após seu pecado de negação de Cristo nos escreveu Pedro o
Apóstolo: irmãos não duvideis que o demônio nosso inimigo, como um leão
rugidor, anda rondando, buscando o momento oportuno para devorá-los.
É o inimigo oculto
que semeia erros e desventuras… Podemos supor sua ação sinistra ali onde a negação
de Deus é radical, sutil e absurda, onde a mentira se afirma hipócrita e
potente contra a verdade evidente, onde a caridade se apagou por causa de um
egoísmo frio e cruel, onde o nome de Cristo é impugnado com ódio consciente e
rebelde. [3]
Examinando as violências,
as guerras, os assassinatos, os abortos, os atropelos de todo gênero, os roubos,
as tragédias provocadas pelo álcool e a droga, o narcoterrorismo, os movimentos
antissistema incluídos o lobby LGTBI, terminamos por dizer: o mundo
está nas mãos do diabo, contudo, há bastante gente que se empenha em
negar sua existência.
II. Satanismo atual
«Dali, deste inferno
em que se converte o homem quando renega a Cristo surge o fervilhar de
sociedades ocultistas, iniciativas esotéricas, teológicas e espiritistas em que
sob formas mais ou menos grosseiras e refinadas, se rende culto a Satã, pai da
mentira, do ódio e do crime, em que se tem convertido a sociedade em que vivemos…».[4]
Enquanto que o
ocultismo é uma adoração indireta do diabo, o satanismo é sem reparos sua
contraparte. Como assinalou o Sr. King, o ocultismo se mistura com
o poder do diabo muitas vezes sem sabê-lo. Os satanistas, por outra
parte, continua, o abraçam completa e abertamente.
O satanismo é tão
antigo como a Revolução de Lúcifer e seus anjos contra Deus. O antigo
portador da luz, como significa o nome de Lúcifer, enganou um terço das hostes celestiais
e liderou a primeira rebelião contra Deus. Há muitas variações do
satanismo segundo Alfred E. Waite, a autoridade mais autorizada sobre ocultismo
e satanismo. Em seu livro A adoração
do diabo na França, define o satanismo como o movimento de pessoas que
imitam os anjos caídos e declaram sua lealdade a Lúcifer como uma forma de
desafio a Deus.
A presença do
satanismo ao longo da história, não foi tão óbvia como a do ocultismo. A
Sagrada Escritura diz: Todos os deuses dos pagãos são demônios (Sal
96, 5). Não obstante, o satanismo, de per se, é a adoração aberta do diabo
e, como tal, se existiu como um movimento, no passado foi de maneira completamente
cerrada.
Nos Estados Unidos,
o censo de 2010 apontou que a bruxaria é a quarta maior religião.
Nesse país em especial, os satanistas estão exigindo reconhecimento social,
buscando distribuir livros sobre o culto satânico às crianças em idade escolar,
colocar um monumento público do diabo em Oklahoma, a tentativa de «recriar» uma
«missa negra» pública na Universidade de Harvard - que foi cancelada na última
hora pela ação do público -, a realização da primeira missa negra satânica
pública celebrada na história no Centro Cívico da cidade de Oklahoma, ou a
instalação recente de uma exibição satânica de «férias» ao lado de um presépio
na capital do estado da Flórida.
A razão de ser do povo
judeu é a destruição da Igreja. Isto que surge naturalmente, foi exposto por
São Paulo em palavras definitivas: Os judeus aqueles que deram morte ao
Senhor Jesus e aos profetas, e a nós nos perseguem, que não agradam a Deus e estão
contra todos os homens; que impedem que se fale aos gentios e se procure sua salvação.
Aqui está sintetizada a tarefa dos judeus através da história cristã. Inimigos
de Cristo e dos povos para que os povos não se convertam. E para isso realizarão
uma tarefa de dominação dos povos para fechá-los ao Evangelho.
Uma tarefa de degradação, porque sobre povos degradados podem facilmente exercer
sua dominação.[5]
O Padre Meinvielle
acerta quando lembra que seria um erro pensar hoje que a Bíblia é o livro dos judeus.
Seu livro é o Talmude, e a alma do Talmude é a Cabala, o grande
instrumento secreto dos judeus contra a Igreja e contra a civilização
cristã. A Cabala dá forma à maçonaria, que é uma instituição cabalística. A Cabala
é uma mistura de todas as velhas religiões pagãs. A maçonaria é também uma
mistura de todos os cultos pagãos, mas a Cabala é sobretudo a
divinização do homem, a divinização do homem judeu e a entronização de Satanás.
Hoje «a conspiração
cabalista está na crista da onda. Deus foi desterrado da vida pública. Os judeus
illuminati controlam os meios de comunicação e podem enganar e
degradar as massas. O entretenimento é uma orgia de pornografia, caos
apocalíptico, obscenidade, propaganda, engenharia social, programação preditiva,
violência e satanismo.
Os judeus e maçons
illuminati, por trás do feminismo são os responsáveis
pela libertinagem das mulheres ocidentais. Eles estão por trás da promoção
da homossexualidade e o transgenerismo desenhado para
destruir o matrimõnio e a família.
Estão na vanguarda
da liberação sexual, a pornografia e o aborto. O
cristianismo foi judaizado, preocupado da mudança social (a
agenda satanista) em lugar do desenvolvimento espiritual e a salvação.
Os illuminati estão
desestabilizando o Terceiro Mundo utilizando organizações filantrópicas
para empoderar as mulheres levando-as a rejeitar o matrimônio.
O código da NOM, é ser agente de mudança».[6]
Por que Deus
permite a atividade diabólica é um grande mistério, mas nós sabemos que em
todas as coisas Deus intervém para o bem dos que o amam.
Fonte: https://adelantelafe.com/la-ofensiva-satanica/
[1] Cf.:
Mt. 25, 41, Jn 12, 31; 14, 30; Col 1.
[2] SPICQ
OP, Fr CESLAS, La existencia del Diablo pertenece a la revelación del
Nuevo Testamento.
[3] Cf.:
MONDRONE, P. DOMÉNICO, Un exorcista entrevista al Diablo.
[4] MEINVIELLE,
P. JULIO, Prólogo ao livro de Federico Branch, El silencio es contra el
Verbo.
[5] MEINVIELLE,
P. JULIO, De la Cábala al progresismo.
[6] MAKOW
PhD., HENRY, El diablo y los judíos.
[1] De fato o trecho abaixo citado refere-se ao
capítulo IX. [ndt]
[2]
Interessante paralelo entre os nomes. Enquanto Satã, o “adversário-inimigo” de Deus, por natureza nos tira o maior
presente, que é o estado de graça, Natã,
o “dom-presente” de Deus os devolve. Novamente vemos aqui a importância dos
nomes e seus símbolos. [ndt]
Importante abordagem. Nos ajudo a entender o satanismo por trás das seitas, fenômeno evidente na contemporaneidade.
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