Caros Amigos e Benfeitores,
Dom Bernard Fellay - Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X |
Se a canonização de João XXIII e de João Paulo II se realizar no próximo dia 27 de abril trará um duplo problema à consciência dos católicos. Primeiramente, um problema da canonização enquanto tal: como seria possível dar a toda a Igreja como exemplo de santidade, por uma parte, o iniciador do Concílio Vaticano II e, por outra parte, o Papa de Assis e dos direitos do Homem? Mas também, e mais profundamente, um problema do que aparecerá como se fosse um reconhecimento de autenticidade católica sem precedentes: como seria possível garantir o selo de santidade aos ensinamentos de um Concílio que inspiraram todas as disposições de Karol Wojtyla e cujos frutos nefastos são o sinal inequívoco da autodestruição da Igreja? Esse segundo problema traz por si mesmo sua própria solução: os erros contidos nos documentos do Concílio Vaticano II e nas reformas que se seguiram, especialmente na reforma litúrgica, não podem ser obra do Espírito Santo, que é, simultaneamente, um Espírito de verdade e um Espírito de santidade. Eis porque nos parece necessário recordar quais são os principais erros e quais as razões fundamentais pelas quais não podemos assinar embaixo das novidades do Concílio e das reformas que derivaram dele, assim como das canonizações, que parecem pretender, de fato, “canonizar” o Vaticano II.
Essa é a razão pela qual queremos protestar com força essas canonizações, e ao mesmo tempo denunciar a obra que desnatura a Igreja desde o Concílio Vaticano II.Eis aqui os principais elementos: