quarta-feira, 19 de abril de 2023

Matrimônio e divorcismo (O divórcio e a lei antiga, o evangelho e a Igreja)

 



O divórcio e a lei Antiga

 

Para o católico tudo é simples. Deus ordena: tem, pois, ser obedecido. Caso não houvesse lei natural e nem social que o obrigasse, bastaria a lei divina para orientar sua vida.

Pouco importam, dizia São João Crisóstomo, a lei do divórcio votadas pelos governos seculares, não são essas leis que nos julgarão, mas a Lei Divina”.

A Lei de Deus é positiva. Cria o homem à sua imagem e semelhança. Mandou um sono profundo a Adão, e criou-lhe uma companheira, indicando-lhe e fazendo-o promulgar ele mesmo a lei que deve presidir a união dos esposos: “O homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão dois numa só carne” (Gen 2, 24).

É a indissolubilidade do matrimônio solenemente afirmada, e pela mesma lei é o divórcio formalmente condenado. É condenado não por ser intrinsecamente mau, mas, extrinsecamente.

Deus proibiu, e eis por que ele é um mal. Se Deus retirasse a proibição, o divórcio deixaria de ser um mal perante a Deus.

No decurso do século da Lei antiga, devido a corrupção do paganismo, o Soberano legislador chegou a atenuar momentaneamente o rigor da sua lei. Tolerou o divórcio, durante algum tempo, embora com muitas reservas para limitá-los.